Marinha confirma que três embarcações já chegaram ao local onde estão destroços
BRASÍLIA – A Marinha confirmou nesta terça-feira que três navios mercantes chegaram no final desta manhã ao local em que foram visualizados destroços de aeronaves no oceano Atlântico, a cerca de 650 km a nordeste de Fernando de Noronha. No entanto, segundo informou a Marinha, ainda não há como saber se os destroços são do Airbus A330 da Air France, que desapareceu na madrugada de segunda-feira.
As embarcações particulares (duas de bandeira holandesa e uma francesa) estão autorizadas a prestar auxílio nas buscas.
De acordo com a assessoria, os navios oficiais da Marinha deverão começar a chegar partir de amanhã. O navio patrulha “Grajaú” tem previsão de chegada à área de buscas no dia 3, às 12h (horário de Brasília); o Corveta “Caboclo” com previsão de chegada no dia 4, às 15h (horário de Brasília); já o Fragata “Constituição” tem previsão de chegada no dia 6, às 5h (horário de Brasília). Outros dois navios deverão chegar ao local no sábado.
Durante toda a madrugada desta terça foram feitas buscas com equipamentos de infravermelho e medição de calor.
Mais cedo, a Aeronáutica confirmou que o avião identificou, por volta da 1h, retornos no radar que indicavam materiais metálicos e não metálicos flutuando no oceano.
Por volta das 5h25, a aeronave localizou uma poltrona de avião, pequenos pedaços brancos de destroços, uma boia laranja, um tambor e vestígios de óleo e querosene no mar. "Nós não podemos confirmar que os destroços são da aeronave da Air France, porque é necessário retirar alguma peça do oceano para confirmar, via número de série, que a peça é da empresa", disse o vice-chefe do Centro de Comunicação da Aeronáutica, coronel Jorge Amaral.
As imagens dos destroços da aeronave, feitas pelo avião Hércules, já estão na Aeronáutica e devem ser divulgadas ainda nesta terça.
Buscas
Na tarde desta terça-feira, a FAB informou que está utilizando 10 aeronaves brasileiras e cerca de 100 pessoas, além de helicópteros, navios e ajudas internacionais na busca pelo Airbus.
O ministro francês dos Transportes, Jean-Louis Borloo, declarou que a prioridade absoluta das autoridades francesas é encontrar as caixas-pretas. Ele disse ainda que a zona onde provavelmente aconteceu a catástrofe aérea está "praticamente delimitada".
"A busca prosseguirá pelo tempo que for necessário. Mobilizamos os meios na zona e colocaremos à disposição tudo o que for necessário", declarou o ministro francês da Defensa, Hervé Morin.
AFP |
Modelo do avião que desapareceu dos radares na madrugada desta segunda |
Pane elétrica
A hipótese mais provável para o desaparecimento do radar do Airbus A330 é que o avião tenha sofrido uma pane elétrica, após ser atingido por um raio, afirmou Francois Brousse, diretor de Comunicação da companhia aérea francesa. Porém, segundo especialista, não é comum que acidentes com aviões de grande porte sejam causados por raios. "Eu não sei de nenhum acidente que o avião tenha sido derrubado após ser atingido por um raio", disse Valtécio Alencar, especialista em avião civil.
De acordo com informações da Aeronáutica, o último contato feito pela aeronave com o Centro de Controle de Área Atlântico (Cindacta III) foi às 22h33 de domingo. Nele, o comandante informou que ingressaria no espaço aéreo Dacar-Senegal, às 23h20. De acordo com a companhia, porém, às 23h14, minutos antes do controle aéreo perder o contato com o voo, a aeronave emitiu uma mensagem automática de pane elétrica.
"Já tinha passado por (Fernando de) Noronha às 22h33. Uma hora depois o avião teria que fazer contato por rádio novamente e nesse momento não fez esse contato", disse a assessoria da Força Aérea Brasileira (FAB).
Do ig.
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