domingo, junho 28, 2009

Governo confirma primeira morte por "gripe suína" no País

28/06/2009 - 14:37 , atualizada às 15:42 28/06 - Severino Motta, repórter em Brasília

RIO GRANDE DO SUL - O governo confirmou, neste domingo, que um caminhoneiro de Erechim, interior do Estado do Rio Grande do Sul, morreu em razão de "gripe suína" (rebatizada de gripe A H1N1). Esta foi a primeira morte confirmada no País pela doença, que até agora já infectou 627 pessoas.

Reuters
Brasil já registra 627 casos da gripe
O resultado do exame que confirmou a infecção foi dado pela unidade gaúcha da Fundação Osvaldo Cruz (Fiocruz). A Secretaria de Saúde do Rio Grande do Sul não divulgou a identidade da vítima.

Segundo o ministro José Gomes Temporão, o homem havia voltado de uma viagem de sete dias à Argentina quando começou a apresentar os sintomas.

Conforme Temporão, "mesmo devidamente assistido", o paciente veio a falecer na manhã deste domingo.

"É um momento difícil, claro, estamos comunicando o primeiro óbito, mas reafirmo que isso não muda em nada a nossa estratégia. Quero reiterar que o Ministério da Saúde tem feito tudo que é necessário para conter a doença e evitar que outros óbitos ocorram", disse.

Segundo ele, o aumento do número de países infectados pela doença também fez com que ela aumentasse no Brasil. "Hoje, temos 112 países com a gripe confirmada, elevando o alerta para o nível seis", afirmou.

O número de infectados aumentou no Brasil porque também houve aumento dos viajantes para os Estados Unidos, México, Canadá e Chile, locais com grande concentração da doença. "Por isso, o Ministério da Saúde recomendou que pessoas mais vulneráveis adiassem viagem para estes países", esclareceu.

O ministro José Gomes Temporão ressaltou ainda que as medidas adotadas pelo Brasil na vigilância de fronteiras e epidemiológica tem surtido resultados positivos, bem como a identificação e tratamento de casos suspeitos e confirmados.

De acordo com ele, apesar dos 627 casos, o vírus não circula no País. “Até agora conseguimos impedir que ele circule”, disse, reforçando que 75% dos casos são contraídos no exterior.

Baixa letalidade

Temporão afirmou também que a letalidade da "gripe suína" está em queda. Na semana passa, a Organização Mundial da Saúde (OMS) informou que não há evidência de que o vírus da Influenza A esteja se misturando a outros. No começo, a doença tinha 2% de taxa de letalidade, depois, caiu para 0,5. Agora, está em torno de 0,4%.

Vacina

Temporão também falou sobre a expectativa de fabricação de uma vacina para a o vírus H1N1, mas não deu prazo para que isso aconteça. Ele disse apenas que o instituto Butantã faz parte do esforço internacional para a produção do medicamento.

Outro caso suspeito no Rio Grande do Sul

O americano Michael Glenn Brannan, de 58 anos, morreu no município de Montenegro, no Rio Grande do Sul, com sintomas da doença.

A Secretaria Estadual de Saúde do Rio Grande do Sul informou, por meio de nota, que exames preliminares não revelaram evidências de que a causa da morte foi a "gripe suína".

O secretário de Saúde do Rio Grande do Sul, Osmar Terra, afirmou que foram feitos todos os exames necessários, como aspiração naso faríngeo e análise do tecido dos pulmões. "Tudo indica um problema bacteriano e não viral, o que descartaria a Influenza A", afirmou. No entanto, os exames oficiais só devem ser divulgados neste domingo e o Ministério da Saúde monitora o caso.

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