quinta-feira, março 31, 2011

MEC pode fazer dois Enems ao ano

Ministério não vê tempo hábil para realizar exame em maio, mantendo apenas o que era previsto para outubro

Brasília A promessa do MEC (Ministério da Educação) de fazer um Exame Nacional do Ensino Médio (Enem) no meio do ano e outro no final foi adiada até pelo menos 2012.

Oficialmente, o MEC diz que o calendário do exame ainda está em estudo, mas internamente já há convicção de que não existe tempo hábil para a realização de um exame já em maio, como previsto, uma vez que nem sequer se abriram inscrições. Dessa forma, deverá haver só uma prova, em outubro.

A realização de mais de um exame anual, prometida em 2009, quando a reformulação do Enem foi anunciada, era vista como uma maneira de dar mais chances para os candidatos a uma vaga no ensino superior e de reduzir a pressão dada por uma seleção baseada em apenas um final de semana de testes. Além disso, o exame em maio seria usado para selecionar alunos para instituições que têm vestibulares nos dois semestres do ano.

No entanto, quando a prova de 2009 vazou e teve que ser adiada, o governo ficou mais cauteloso. A justificativa dada para não fazer um exame no meio do ano em 2010 foi a falta de tempo para formular um novo esquema de segurança.

A forma de elaboração das provas do Enem devem passar por mudanças, com a ampliação do banco de questões. As instituições públicas de ensino superior deverão participar da elaboração o banco de itens da prova. Esse banco de questões começará a ser formado ainda este ano.

Até a última prova do Enem, as questões foram elaboradas por professores e/ou especialistas que eram contratados especificamente para realizar a tarefa. Com a novidade é que o Ministério da Educação, juntamente com o Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais (Inep), pretende aplicar duas edições da prova ao ano. O Inep tem hoje cerca de 10 mil questões armazenadas no Banco Nacional de Itens (BNI) do Enem. O objetivo é que esse número aumente para 100 mil questões.

Diplomas estrangeiros
O ministro da Educação, Fernando Haddad, disse que solicitará aos reitores das universidades brasileiras maior agilidade no processo de revalidação de diplomas de cursos feitos em instituições estrangeiras. A declaração foi dada durante visita à Universidade de Coimbra, em Portugal, onde estudantes brasileiros fizeram a reivindicação à presidente Dilma Rousseff e ao próprio ministro da Educação.

Os estudantes afirmaram que após a conclusão de cursos de graduação, mestrado e doutorado no exterior os processos de reconhecimento no Brasil são demorados e muito burocráticos. O ministro Fernando Haddad explicou que o reconhecimento é realizado pelas universidades e concordou que a análise pode ser mais rápida.

terça-feira, março 29, 2011

Ex-vice-presidente José Alencar morre aos 79 anos

Nos últimos 13 anos, Alencar enfrentou batalha contra o câncer.
Ele passou por diversas cirurgias e buscou tratamento alternativo nos EUA.

Do G1
José Alencar (Foto: Futura Press) 
O ex-vice José Alencar (Foto: Futura Press)
 
O ex-vice-presidente da República José Alencar, 79 anos, morreu às 14h41 desta terça (29), no hospital Sírio-Libanês, em São Paulo, em razão de câncer e falência múltipla de órgãos, segundo informou o hospital.
Após conversar com Josué Alencar, filho do ex-vice, a presidente Dilma Rousseff afirmou em Portugal que o velório será no Palácio do Planalto, em Brasília, aberto à visitação pública e com previsão de início às 10h30.
"Foi uma grande honra ter convivido com ele. Vai deixar uma marca. Estamos muito emocionados", afirmou Dilma.
Na quinta (31), o corpo também será velado em Belo Horizonte, no Palácio da Liberdade.
Em Portugal, o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva chorou ao falar sobre a morte do ex-vice. "Conheço poucos seres humanos que tenham a alma de José Alencar, a bondade dele”, disse.
Primeiro ministro a se manifestar sobre o assunto nesta terça, Gilberto Carvalho, da Secretaria-Geral da Presidência, também se emocionou ao receber a notícia durante uma entrevista (saiba o que disseram outros políticos e personalidades).
A morte de Alencar também repercutiu no exterior. O presidente da República em exercício, Michel Temer, decretou luto oficial de sete dias.
Na UTI
Na última das várias internações, Alencar estava desde segunda (28) na Unidade de Terapia Intensiva (UTI) do hospital Sírio Libanês, em São Paulo, com quadro de suboclusão intestinal.
O ex-vice-presidente lutava contra o câncer havia 13 anos, mas nos últimos meses, a situação se complicou.
Após passar 33 dias internado – inclusive no Natal e no Ano Novo –, o ex-vice-presidente havia deixado o hospital no último dia 25 de janeiro para ser um dos homenageados no aniversário de São Paulo.

Curiosidades de um País de Loucos

Um motorista do Senado ganha mais para dirigir um automóvel do que um oficial da Marinha para pilotar uma fragata Um ascensorista da Câmara Federal ganha mais para servir os elevadores
da casa do que um POLICIAL FEDERAL responsável por, por exemplo, zelar pela fronteira desse país, muitas vezes em locais totalmente isolados e sem nenhuma infraestrutura.

Um diretor que é responsável pela garagem do Senado ganha mais que um oficial-general do Exército que comanda uma Região Militar ou uma grande fração do Exército.

Um diretor sem diretoria do Senado, cujo título é só para justificar o salário, ganha o  dobro do que ganha um professor universitário federal concursado, com mestrado, doutorado e prestígio internacional.

Um assessor de 3º nível de um deputado, que também tem esse título para justificar seus ganhos, mas que não passa de um "aspone" ou um mero estafeta de correspondências, ganha mais que um cientista-pesquisador da Fundação Instituto Oswaldo Cruz, com muitos anos de formado, que dedica o seu tempo buscando curas e vacinas para salvar vidas.

O SUS paga a um médico, por uma cirurgia cardíaca com abertura de peito, a importância de R$ 70,00, equivalente ao que uma diarista cobra para fazer a faxina num apartamento de dois quartos.

Precisamos urgentemente de um choque de moralidade nos três poderes da união, estados e municípios, acabando com os oportunismos e cabides de emprego.

Ronaldo F. Lamas

quarta-feira, março 23, 2011

Prêmio Jabuti altera regras para edição 2011

Agora, apenas os primeiros colocados em cada categoria poderão concorrer a livro do ano


Foto: Agência Estado Ampliar
Karine Pansa, presidente da CBL

As regras do Jabuti, o mais tradicional prêmio da literatura brasileira, foram alteradas para a edição 2011. Este ano, apenas os vencedores da cada categoria poderão concorrer a livro do ano, tanto ficção quanto não ficção. Até o ano passado, os três primeiros colocados podiam entrar na disputa. Além disso, o número de categorias aumentou de 21 para 29.
A direção da Câmara Brasileira do Livro (CBL) nega, mas a alteração é resultado da polêmica causada pela escolha de "Leite Derramado", de Chico Buarque, como livro do ano em 2010. O volume foi vitorioso mesmo tendo sido terceiro colocado na categoria melhor romance.
A Record, uma das principais editoras do Brasil, havia ameçado não inscrever suas publicações no Jabuti deste ano, em protesto contra a vitória de "Leite Derramado". A companhia publicou "Se Eu Fechar os Olhos", de Edney Silvestre, escolhido o melhor romance, mas derrotado por Chico Buarque na disputa de livro do ano.
"O Jabuti precisa ser aperfeiçoado a cada ano. Todas as questões que servem para aprimorar o prêmio foram discutidas", explica a presidente da CBL, Karine Pansa. Segundo ela, os protestos da Record foram levados em conta, mas não foram os responsáveis pela alteração. "Nós enxergamos essa discussão como democrática e benéfica", diz.
O valor pago ao vencedor de cada uma das 29 categorias continua sendo de R$ 3 mil. Já o ganhador de livro do ano, tanto ficcção quanto não ficção, é de R$ 30 mil. É um volume bem menor, por exemplo, que os R$ 200 mil pagos pelo Prêmio São Paulo de Literatura. Mas, segundo o curador José Luiz Goldfarb, a estratégia do Jabuti "não é valor".
"O Jabuti tem tradição e é respeitado por sua história", afirma, lembrando que a premiação foi instuída em 1958 e, durante muitos anos, foi a única do país. "Além disso, é mais abrangente. Os demais concursos geralmente só premiam ficção".
É justamente em nome da abrangência que o Jabuti aumentou seu número de categorias este ano. Agora são 29, contra 21 do ano passado. Três novas foram criadas (ilustração, gastronomia e turismo e hotelaria) e outras quatro foram desmembradas.
As inscrições começam nesta quarta-feira (23), pelo site do Prêmio Jabuti, e vão até 31 de maio. Podem concorrer livros publicados no Brasil em 2010. Os dez finalistas de cada categoria serão anunciadas em 13 de setembro. Os vencedores serão conhecidos no dia 18 de outubro. Em 30 de novembro, o anúncio dos ganhadores de livro do ano (ficcção e não ficcção) acontecerá na Sala São Paulo.

terça-feira, março 22, 2011

Pegadinha Gramatical Dílson Catarino

"Ao persistirem os sintomas, procure orientação médica"

"Ao persistirem os sintomas, procure orientação médica."
Qual a inadequação gramatical acima?
Essa frase surge na televisão brasileira constantemente. Às vezes escrevem "Ao persistirem...", outras vezes "A persistirem...". Qual a maneira certa?
Para sabermos, temos de conhecer a sintaxe, parte da gramática que estuda a disposição das palavras na frase e a das frases no discurso, bem como a relação lógica das frases entre si.
As relações entre preposição e verbo no infinitivo - verbo terminado em ar, er, ir - são as seguintes:
  • Para + infinitivo = finalidade.
    Por exemplo: Estamos aqui para estudar = Estamos aqui a fim de estudar.

  • Por + infinitivo = causa.
    Por exemplo: Por ser contra os sócios, deixou a empresa = Deixou a empresa porque era contra os sócios.

  • A + infinitivo = condição quando puder substituir a por caso ou se.
    Por exemplo: A continuar como está, a revolução será inevitável = Caso continue como está, a revolução será inevitável = Se continuar como está, a revolução será inevitável.

  • Ao + infinitivo = tempo.
    Por exemplo: Ao soar o sinal, todos os alunos se levantaram = Quando o sinal soou, todos os alunos se levantaram.
A frase exposta na televisão indica condição, pois o enfermo deverá procurar orientação médica se os sintomas persistirem, e não quando os sintomas persistirem. A frase adequada aos padrões cultos da língua portuguesa, então, deve ser assim estruturada:
"A persistirem os sintomas, procure orientação médica".

Tempo e espaço: há ou a?

Por Thaís Nicoleti

Para marcar distanciamento no tempo ou no espaço, usa-se a preposição “a”, não a forma do verbo haver “há”. Esta indica o tempo decorrido, passado, e pode ser substituída pela forma “faz”.
É por isso que dizemos indiferentemente “Há dez anos que não se veem” ou “Faz dez anos que não se veem”.
Se não se tratar de tempo passado, o correto será usar a preposição “a”. É isso o que ocorre em construções como “A dois meses da eleição, o candidato sofreu um acidente” ou “Daqui a dois meses, haverá eleição”. Em ambos os casos, assinala-se não o tempo que já passou, mas um intervalo.
Uma construção como “a dois meses da eleição” exprime um momento anterior à eleição (esta ocorrerá dois meses depois desse momento). Ao dizermos “daqui a dois meses”, estamos estabelecendo um intervalo compreendido entre o ponto de partida e o ponto de chegada (de...a).
É comum haver confusão entre “há” e “a” quando o assunto é tempo. No caso expresso abaixo, porém, a confusão foi mais longe. Veja:
"Só que, nesse dia, por conta de um soluço geológico ocorrido milhares de quilômetros de distância..."
Aqui temos um caso claro de distância (espacial), em que só caberia usar a preposição. Se se tratasse de um “soluço geológico ocorrido há milhares de anos” (tempo), o verbo “haver” estaria corretamente empregado. A ideia, no entanto, era outra. Tratava-se de um “soluço geológico ocorrido a milhares de quilômetros”(espaço).
Veja, abaixo, a correção:
Só que, nesse dia, por conta de um soluço geológico ocorrido a milhares de quilômetros de distância...

segunda-feira, março 21, 2011

O que a vinda de Obama pode ensinar ao Rio

Estamos finalmente deixando lentamente a inércia e começando a mudar o cenário com um planejamento urbano mais democrático


A visita de Barack Obama ao Brasil parece ter tido seu momento mais dramático no Rio de Janeiro. Ou melhor, nos dias que anteciparam sua chegada. A expectativa natural que cercava a vinda do presidente norte-americano pouco a pouco foi perdendo lugar para as questões de logística e segurança implicadas na visita.

O discurso, que deveria acontecer na Cinelândia, foi transferido para o Teatro Municipal e transformou-se num evento fechado, restrito a convidados. A visita à Cidade de Deus seria um dos pontos altos da sua passagem no Brasil. Afinal, daria visibilidade - dessa vez de forma positiva - à comunidade, em consonância com a atual politica de pacificação em curso no Rio de Janeiro.
Mas em nome da segurança da comitiva americana, uma série de restrições foi imposta aos moradores de Cidade de Deus que se sentiram discriminados e pouco respeitados pela organização. No meio de tudo isso, a Central Única de Favelas (CUFA) rompeu com os responsáveis pelo evento, e outras lideranças comunitárias também manifestaram sua insatisfação, alegando que a visita estava maquiando o bairro e segregando os moradores.
Deixemos de lado (pelo menos por enquanto) a parte da estratégia de segurança creditada à Casa Branca – segundo consta, até ministros brasileiros foram revistados.
Por que Obama vai ao Rio e não a São Paulo, a Belo Horizonte ou a Salvador? Porque o Rio de Janeiro é lindo, porque o Rio de Janeiro é o cartão postal do Brasil. Mas também porque o Rio, assim como muitas cidades brasileiras, é um cenário repleto de contradições. O Rio tem Copacabana e tem Cidade de Deus e tal diversidade, ao mesmo tempo em que expressa profundas desigualdades sociais, faz parte da beleza carioca. Tais contradições não devem, portanto, ser varridas para baixo do tapete.
Não é de hoje que o Rio faz uso da segregação como estratégia de segurança. Os preparativos para os Jogos Panamericanos foram amplamente acusados de terem promovido uma verdeira limpeza social que incluiu a remoção de favelas e de moradores de rua para garantir a sensação de segurança.
As cidades brasileiras são extremamente desiguais. Em muitas delas, e o caso do Rio está incluído, parece que estamos finalmente deixando lentamente a inércia e começando a mudar esse cenário com um planejamento urbano mais democrático e capaz de promover segurança também como um direito à cidade.
Eventos como os Jogos Panamericanos, a visita de Obama, as Olimpíadas, a Copa do Mundo, não podem ser um retrocesso. Seu potencial de transformação e redução de desigualdade reside justamente no envolvimento das comunidades e não na sua segregação.

quinta-feira, março 17, 2011

Almoço para Obama terá Baião de Dois e sorvete de graviola

Tradicional corte brasileiro, a picanha também está no menu, acompanhada de vinhos tintos nacionais


O Itamaraty fechou o cardápio do almoço presidencial que será oferecido por Dilma Rousseff a Barack Obama. Logo após uma leve salada verde, o americano será brindado com o tradicional Baião de Dois, manteiga de garrafa e com o corte bovino mais apreciado no país: a picanha. No menu constam ainda vinhos tintos, brancos e espumantes nacionais, sorvete de graviola e bolo de rolo pernambucano como sobremesa.
O almoço para Obama será servido sábado, no Itamaraty, logo após o encerramento do Fórum de CEO’s, que reunirá a partir de sexta-feira dirigentes de grandes empresas americanas e brasileiras.
O buffet está a cargo da empresa Porto Vittoria, que venceu a licitação para servir os almoços do Itamaraty. Os vinhos e espumantes são da Casa Valduga, também fornecedora licitada pela ministério e uma das vinícolas brasileiras mais premiada em concursos internacionais.
Formalidades
Ao contrário do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, que apreciava um clima informal em suas recepções no Itamaraty, optando pelo sistema de “self-service” no buffet, e levando convidados como o ex-presidente George Bush para comer churrasco na Granja do Torto, Dilma pretende dar um ar mais formal ao encontro.
A presidente escolheu o serviço à francesa, onde cada um dos comensais fica sentado à sua cadeira e vai recebendo os pratos, um a um, na ordem em que devem ser consumidos.
Jantar
O governo brasileiro e a delegação americana estudam a possibilidade de Obama se encontrar com Dilma na residência oficial da presidente, o Palácio da Alvorada. O encontro se daria na noite de sábado, onde um jantar ou coquetel seria servido e os chefes de Estado teriam mais tempo para conversar.
Se o evento for confirmado, Obama pode partir para o Rio de Janeiro somente na manhã de domingo, e não na tarde de sábado, como está programado até o momento. Na capital fluminense, o americano fará seu principal discurso à nação brasileira.

Escolas de Natal apresentam sérios problemas

Goteiras, infiltrações nas paredes, sumidouro estourado, banheiros interditados, vazamentos em caixa d’água e até parede dando choque. Estes são apenas alguns dos problemas que a força tarefa, montada pela Secretaria Municipal de Educação, está identificando nas escolas públicas municipais. Na educação infantil, o gargalo maior está em 18 CMEI’s, que estão sendo vistoriados desde a terça-feira, 15/03, por engenheiros do município.


emanuel amaralEquipe de engenharia da Secretaria de Educação visitam as primeiras escolas até o próximo sábadoEquipe de engenharia da Secretaria de Educação visitam as primeiras escolas até o próximo sábado
A expectativa do secretário municipal de Educação, Walter Fonseca, é de que até sábado, os reparos nessas 18 unidades estejam concluídos. “Estamos solucionando os problemas mais urgentes, para que, na volta as aulas, esses CMEI’s estejam em condições de funcionamento”, afirmou o secretário.

A vistoria está sendo realizada pelo chefe do Departamento de Engenharia da SME, Raimundo Moisés Leite, com apoio do engenheiro Carlos Davi e da arquiteta Jussara Albuquerque, ambos da Secretaria Municipal de Obras Públicas e Infraestrutura. Segundo explicou o secretário, à medida que as vistorias são feitas, a equipe emite as ordens de serviço para que a empresa ARCO execute os reparos indicados.

A ARCO venceu licitação em outubro/2010 para realizar os serviços de manutenção nos prédios da rede pública de educação, num contrato anual de, aproximadamente, R$ 400 mil. “Á medida que a empresa vai realizando os serviços, nós vamos conferindo os valores executados e deduzindo do montante global aprovado”, explicou Raimundo Moisés.

Segundo ele, as ordens de serviço ainda não tinham sido emitidas porque há dificuldades de pessoal para realizar as vistorias. Atualmente, o Departamento está funcionando apenas com dois profissionais, um engenheiro (o próprio chefe do setor) e uma arquiteta (a chefe do Departamento de Arquitetura).

Nas Quintas, o CMEI’s Bom Samaritano foi vistoriado ontem no final da manha e, sem os reparos que começariam a ser realizados ontem, na parte da tarde, não teria como funcionar. O prédio tem infiltrações, goteiras nas salas de aula, problemas na rede elétrica e os dois banheiros estão interditados, por causa de entupimento nas caixas de esgoto. Esse problema ocorre desde junho do ano passado.

“Por várias vezes, nós comunicamos à secretaria, mas não houve solução. Ano passado eu paguei do meu bolso para consertar a caixa, mas o problema volta pouco tempo depois”, relatou a diretora. Além disso, esse CMEI's tem déficit de seis funcionários, segundo a diretora Luciene de Souza Oliveira.  O quadro de professores está completo.

Ontem, a equipe da “força tarefa” vistoriou, além do Bom Samaritano, outros quatro CMEI's. Foram vistoriados: o Stela Lopes (Nova Natal); o Vulpiano Cavalcanti (Parque dos Coqueiros); o Paulina Engrácia (Santa Catarina) e o Santa Mônica (Pajuçara).   Este último foi o primeiro a ser visitado, com a presença do secretário de Educação. No dia anterior, a equipe vistoriou os CMEI1s Rosalba Dias (Potengi); Santa Cecília (pajuçara) e Elizabeth Teotônio (Jardim das Flores).

SME começa visita nas creches do Meios

Seis, das nove creches do Meios que serão liberadas para funcionamento, este ano, também estavam na lista de prioridades da força tarefa.

Até o final do dia de hoje, serão vistoriadas as unidades Pirangi III; João Perestello (Mãe Luiza); Severino Davi (Rocas), Bom Pastor, Wilma Maia (Pirangi) e Vovô Francisca. Segundo informação da assessoria de Imprensa da SME outras três já estão liberadas para funcionamento: a Nossa Senhora da Esperança (Cidade da Esperança), que irá receber os alunos do CMEI Nossa Senhora Auxiliadora; a unidade da Cidade Nova; e a Terezinha de Jesus (Pajuçara).

Para as demais unidades não há previsão de abertura, porque necessitam de reformas e adaptações das estruturas físicas, recursos humanos e equipamentos, situação que foi mostrada em reportagem na edição de ontem  da Tribuna do Norte.

Sem vagas - Creches do Meios que permanecem fechadas:

Beira Rio – no bairro Igapó

Beatriz Aranha – no bairro

Dix-Sept Rosado (vai receber

os alunos do CMEI Francisca Anastácia)

Nossa Senhora de Fátima – no bairro Felipe Camarão

Bem Me Quer – bairro Quintas

Vanice Alves – bairro Guarapes

Vida Nova – KM 6 (proposta de uma Central de Abastecimento)

Vila de Ponta Negra – bairro Ponta Negra (Prédio foi devolvido. Era alugado)

Sindicato fez vistoria em 78 unidades

Em negociação com a SME, o Sindicato dos Trabalhadores da Educação (Sinte-RN) já avisou que os problemas estruturais são muito maiores. Diretores do sindicato visitaram, nos últimos dois meses, 78 prédios que sediam escolas e centros educacionais do município de Natal e encontrou problemas estruturais graves em, pelo menos, a metade delas.

“A maioria das escolas precisam de reforma urgente”, afirma Fátima Cardoso, coordenadora do Sinte-RN. O diagnóstico do Sinte mostra a situação geral de 52 escolas de ensino fundamental e de 26 CMEI’S. “Encontramos problemas estruturais graves, como rede elétrica exposta; banheiros entupidos e salas sem qualquer ventilação e, por outro lado, há escolas que, até agora, não receberam material pedagógico”, diz a coordenadora do Sinte-RN.

Há menos de uma semana no cargo, o secretário Walter Fonseca, disse que, nesse primeiro momento, está empenhado em resolver os gargalos estruturais que comprometem o ano letivo, mas que a SME vai vistoriar todas as escolas. “Num segundo momento, vamos sim partir para resolver os problemas das demais escolas, que são menores e não impedem o início das aulas”, afirma.

Ainda na tarde de ontem, o secretário tinha reunião com a equipe financeira da Secretaria para analisar a situação da falta de merenda, do repasse financeiro das escolas e do pagamento dos aluguéis dos prédios alugados para funcionamento de alguns CMEI’s. O prédio onde funciona o CMEI Bom Samaritano é alugado e, segundo a proprietária, Francisca Fracineide, o pagamento está atrasado há sete meses, o que totaliza R$ 3.500,00.

O secretário Walter Fonseca disse que, somente na próxima semana, pode dar previsão quanto ao pagamento dos aluguéis em atraso. A assessoria da SME informou que não tem como dizer o montante e o número de alugueis em atraso.

A Promotora de Justiça de Defesa do Direito à Educação de Natal, Zenilde Alves, disse que a ação do município acena para a resolução dos problemas apontados no relatório que entregou ontem ao novo secretário municipal de Educação. “O secretário se mostrou bastante preocupado e se comprometeu em encontrar soluções para as situações mais críticas. Estamos confiantes de que os problemas serão resolvidos”.

A promotora adiantou que está elaborando, em conjunto, com o promotor de Justiça do Patrimônio Público, Eldo Rodrigues Leite, um termo para ajustamento quanto ao processos de contratação de professores temporários e a convocação de educadores infantis, aprovados no último concurso realizado e 2008. Este ano, a SME já convocou 64 concursados.

quarta-feira, março 16, 2011

Terremotos continuam com poder destrutivo

Foto: AFP
Cidade de Kesennuma foi destruída pelo terremoto seguido de tsunami (12/03)




Especialistas dizem: mundo não está acabando, só está superlotado

Poder destrutivo de desastres naturais nos últimos anos está relacionado à alta densidade demográfica em áreas de risco



Os desastres naturais estão mais frequentes ou seu efeito e percepção sobre as pessoas é que aumentou? De acordo com especialistas ouvidos pelo iG, a trinca de terremotos destruidores nos últimos dois anos está dentro das estatísticas de abalos sísmicos ocorridos no mundo. Lucas Vieira Barros, chefe do Observatório Sismológico da Universidade de Brasília (UnB) afirma que a média anual é de até dois terremotos acima de oito graus na escala Richter, como foi o caso do terremoto no Japão, de 9 graus, ocorrido na sexta-feira (11) e o do Chile, de 8,8 graus, em fevereiro de 2010. O sismo que devastou o Haiti, em janeiro de 2010, teve sete graus de magnitude e matou mais de 222 mil pessoas. “As estatísticas mostram que o número de 18 tremores acima de sete graus em um ano está dentro do esperado,” afirmou Barros.
Mas o poder destruidor dos terremotos atualmente está muito ligado ao aumento da população mundial, que hoje está chegando aos sete bilhões. Para o professor do Instituto de Geofísica da USP Afonso Vasconcelos Lopes, se a ocorrência dos terremotos for analisada ao longo da década, a série de eventos não está fora do comum, “mas em curto prazo e com este poder destruidor, ela é fora do comum”.
O problema é que mais pessoas estão morrendo a cada tremor. Somando os terremotos do Chile e Haiti, foram mais de 223 mil mortos – até agora, estima-se que o desastre no Japão adicionará mais 3,3 mil a esta conta. Houve ainda o de Sumatra, em 2004, com 9.1 graus de magnitude e seguido por um tsunami, que vitimou cerca de 1228 mil pessoas. Em 2005, outro terremoto, de 8.6 graus, atingiu novamente Sumatra, juntamente com Indonésia, deixando outros mil mortos. Ainda nesta década, ocorreram outros dois grandes: na China (7.9 graus), em 2008, e no Paquistão (7.6) em 2005.
“Estes terremotos foram em áreas de alta densidade populacional, o que faz com que eles sejam tão destrutivos”, disse o professor do Instituto de Geociência da Unesp de Rio Claro, João Carlos Dourado.

Entenda como acontecem os terremotos
Círculo de Fogo do Pacífico é área com mais terremotos no mundo

Alta tecnologia faz prédios resistentes a terremotos

O cientista lembra que terremotos acima de nove graus, ainda mais devastadores que o do Japão, tendem a acontecer a cada 40 anos. “No meio do século passado ocorreram três desta magnitude em 12 anos, só que dois deles foram no Alasca, onde havia poucos habitantes”, disse. O terceiro foi no Chile, o maior da história com 9,5 graus, que atingiu as cidades de Temuco e Valdivia em maio de 1960, matando 1.655 pessoas.

De acordo com as estatísticas do Serviço Geológico dos Estados Unidos (US Geological Survey) é esperada a ocorrência de milhares de terremotos menores a cada ano. Estima-se que aconteçam 13 mil tremores entre 4 e 4.9 graus de magnitude e 130 mil entre 3 e 3.9 graus todos os anos. Barros explica que para tremores menores não é preciso tanto tempo de acúmulo de energia. “Em terremotos de baixa magnitude, a área de ruptura é pequena, a energia liberada é pequena. Já para um terremoto maior ser gerado é preciso muitos anos”, disse.

O chefe do Observatório Sismológico da UnB afirma que o importante não é o número de terremotos, mas a sua intensidade. “Terremotos de magnitude três só são percebidos se a pessoa estiver próxima a seu epicentro, coisa de 50 metros, e eles podem ocorrer em área inabitadas, ou no mar e não serem notados”, disse.
Veja na tabela abaixo a frequência de terremos no mundo:

Magnitude do terremoto Ocorrência anual
8 ou mais forte 1
7 - 7.9 15
6 - 6.9 134
5 - 5.9 1319
4 - 4.9 13.000 (estimado)
3 - 3.9 130.000 (estimado)
2 - 2.9 1.300.000 (estimado)
Fonte: Serviço Geológico dos Estados Unidos (US Geological Survey)


Imagens na rede
As imagens do terremoto seguido de tsunami no Japão correram o mundo. Junto com os sismos no Haiti e no Chile - ainda frescos na memória -, deram a sensação, manifestada principalmente nas redes sociais, de que tais eventos estão cada vez mais frequentes. “Não tem muito a ver com memória. A gente recebe muito mais informação e ela também chega muito mais rápido do que uma década atrás”, disse Daniela Bertocchi, pesquisadora de comunicação digital da USP. 
Para a pesquisadora, a questão está ligada ao fato de estar todo o mundo falando ao mesmo tempo sobre determinado evento, seja nas redes sociais, na televisão ou pela internet, com vídeos, fotos e comentários postados por vítimas em tempo real. Segundo Daniela, essa avalanche de informação gera ansiedade e expectativa mesmo em eventos ocorridos do outro lado do mundo. “Hoje temos um terremoto seguido de tsunami. Mês passado foi a enchente. Em 2010, foram dois outros terremotos, tudo num espaço de tempo pequeno. Isto passa a impressão de que estão ocorrendo com maior freqüência, embora as estatísticas digam o contrário”, disse.
De acordo com a pesquisadora, outro fato interessante da atualidade é que mesmo é que com a velocidade da informação, boatos são noticiados e repercutidos mesmo que não sejam verdade. “O alerta de segundo tsunami que no fim não aconteceu foi noticiado ao vivo, e todo mundo começou a comentar na hora. Esta explosão de informação não volta. O problema aumenta de tamanho”, disse.

Mudanças climáticas
Barros, da UnB, afirma que é importante não incluir terremotos nas questões relacionadas às mudanças climáticas. “Os terremotos são fenômenos geológicos que estão dentro da terra, o fato de o clima mudar não afeta em nada a sua ocorrência. A variação de um ou dois graus na temperatura atmosférica não interfere na movimentação da crosta terrestre”, disse Barros.
Para a climatologista do Instituto de Geociências da Unicamp, Luci Hidalgo Nunes, de fato, desastres naturais como secas e enchentes estão mais frequentes, mas estão impressionando mais por atingirem mais gente. Luci argumenta que de acordo com dados de 1948, mais de 250 pessoas morreram em uma enchente na região de Além Paraíba (MG), provocada por uma chuva concentrada e de forte intensidade. Em 2011, o mesmo tipo de chuva resultou em mais de 800 mortos na tragédia da serra fluminense. “Eu não tenho dúvida de que as mudanças climáticas estão ocorrendo, mas é preciso levar em conta que também há mais gente em áreas de risco como encostas em áreas onde podem ocorrer chuvas intensas”, disse.

segunda-feira, março 14, 2011

Microsoft libera Internet Explorer 9 na terça; navegador terá funções de aplicativo

Do UOL Tecnologia 

Após seis meses do lançamento da versão de testes (apresentada em setembro de 2010), a Microsoft vai liberar nesta terça-feira (15) a versão oficial do navegador Internet Explorer 9 em português. Para bater a concorrência, a empresa priorizou, basicamente, dois aspectos: a possibilidade de programação de páginas para que elas se tornem um “aplicativo” e o aumento da área de navegação. O navegador da Microsoft estará disponível no site www.internetexplorer9.com.br no período da manhã. 

As informações foram passadas pela Microsoft Brasil nesta segunda-feira (14). No entanto, o evento SXSW (South by Southwest), realizado na cidade de Austin nos Estados Unidos, será o palco do lançamento mundial do Internet Explorer. A empresa vai liberar o download do programa durante a madrugada. 

Ainda utilizado em poucos sites brasileiros, o recurso de transformar uma página em um aplicativo consiste em trazê-lo para a barra de ícones do Windows. Ao clicar sobre o ícone com o botão direito, ele mostrará atalhos para seções do site, caso a página tenha programação adequada. No Facebook, por exemplo, são exibidas algumas opções como acessar a área de mensagens ou o feed de notícias do perfil. Já o blog americano “Huffington Post” exibe atalhos para algumas editorias do site.

Resumo das novidades

Só funciona em máquinas com Windows Vista e Windows 7
Alguns sites funcionam como aplicativos
Área de visualização de páginas está maior
Tem gerenciador de download
Permite proteção antirrastreamento
Navegador utiliza recurso de aceleração de hardware
Compatível com HTML 5
Segundo a Microsoft, o blog “Huffington Post” teve um crescimento de 11% no número de páginas visualizadas com a implementação do recurso. Até o momento, no mundo, há mil páginas que podem se transformar em aplicativos.
Os dois principais concorrentes da Microsoft têm recursos parecidos. Porém, para isso, é necessário instalar um complemento que mostre sessões ou funcionalidades específicas de um site.
Outra grande diferença que os usuários antigos do Internet Explorer vão notar é o aumento da área de visualização das páginas abertas pelo navegador. “O foco do usuário em uma página é a navegação, e o browser não pode atrapalhar isso. Nós percebemos é que o usuário quer cada vez mais uma navegação mais limpa”, explicou Osvaldo Oliveira, diretor geral da área de consumo da Microsoft, sobre a mudança do programa em relação às versões anteriores.
Este último recurso é tendência entre os navegadores. O Google Chrome, desde sua estreia (há dois anos), já reserva um grande espaço para a exibição da página. A versão beta do Mozilla Firefox 4 indica que quando o browser estiver completamente pronto, fará o mesmo.
Complementos
Ponto forte dos concorrentes (Google Chrome e Mozilla Firefox), a Microsoft não deu sinais de que vai incentivar que haja uma loja de aplicativos vasta para o Internet Explorer 9. A empresa disponibiliza recursos para desenvolvedores fazerem aplicações, mas a política da empresa é que quanto menos tiver esses recursos, melhor para o internauta. “Não queremos estragar a experiência do usuário. Achamos que o navegador deve ter interferência mínima”, disse Osvaldo Oliveira.
Caso o usuário queira instalar os complementos disponíveis para o Internet Explorer, o gerenciador de complementos avisa que o uso da funcionalidade pode deixar o navegador mais lento.
No que diz respeito à velocidade, o Internet Explorer 9 usa o poder da GPU do computador (Unidade de processamento gráfico) para fazer com que as páginas abram rapidamente. Além disso, o browser tem melhorias na execução de scripts java.
Segurança e outros recursos
Quanto à segurança, a Microsoft traz duas novas funcionalidades. A primeira é a “Tracking protection” (Proteção contra rastreamento, em tradução livre). Ao usar esse recurso, o usuário poderá, por exemplo, baixar listas de sites como o Adblock,  para evitar que sites gravem o conteúdo digitado pelo internauta.
A segunda é uma ferramenta que dá a opção de bloquear controles Active X – componentes de software que, geralmente, têm acesso a várias partes do sistema operacional.  Usuários mal-intencionados podem utilizar isso para infectar computadores.
Para facilitar a visualização dos programas baixados, o novo Internet Explorer 9 traz ainda um gerenciador de downloads (o usuário, inclusive, pode pausar o processo e retomá-lo mais tarde), busca instantânea (ao digitar na barra de endereços, o navegador sugere resultados) e tem suporte à tecnologia HTML 5 (linguagem web que dispensa a atualização de plug-ins para visualização de conteúdo multimídia).

Reconstrução levará Japão a novo ciclo de crescimento

Próximos 2 anos serão de retomada da produção; em seguida, país deixará para trás a estagnação que dura 20 anos, dizem economistas

A economia japonesa, depois de cerca de 20 anos de estagnação, deverá engatar a marcha do crescimento. A tragédia natural que destruiu parte do país na última semana traz perdas humanas imensuráveis. O perigo nuclear traz preocupação. Mas, quando a situação japonesa é avaliada apenas do ponto de vista macroeconômico, o país terá uma oportunidade de crescimento, segundo economistas. Eles acreditam que passado um momento inicial de retomada de atividade produtiva, que deve durar de um a dois anos, a economia japonesa deverá ter um avanço expressivo.
“Em menor proporção, o Japão deverá ter um revival do avanço que aconteceu no país após a 2ª Guerra Mundial”, diz Reinaldo Gonçalves, professor titular de Economia Internacional do Instituto de Economia da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ). Nas décadas de 1950 e 1960, a economia do país deslanchou. No ano de 1968, por exemplo, cresceu mais de 12%.
No entanto, nas duas décadas seguintes, os japoneses avançaram 4,5%, em média. A partir de 1990, foram raras as vezes que superaram 3% de avanço anual. “O país está estagnado há 20 anos, desde 1991, quando terminou o fluxo de investimentos para lá. Agora, poderá voltar a crescer.”

Após dois anos difíceis, de reconstrução, economistas dizem que a economia japonesa deverá apresentar um crescimento forte
Mas o mesmo não aconteceria em outros países, segundo os especialistas, pois poucas economias têm a mesma capacidade de recuperação da japonesa. “O Japão tem um colchão de segurança”, diz Lia Valls Pereira, coordenadora do Centro de Comércio Exterior do Instituto Brasileiro de Economia (IBRE), da Fundação Getulio Vargas. O país asiático possui grandes reservas de capitais e a população tem como característica cultural a formação de poupança.

“A situação é totalmente diferente do que houve no Haiti, que é um país carente. O Japão tem uma economia estabilizada e, apesar de perder uns anos se reconstruindo, tem todas as condições de se recuperar”, afirma Daniel Motta, professor de Economia do Insper. Assim, da mesma forma que conseguiu se levantar após o terremoto de Kobe, em 1995, desta vez o país não deverá ter problemas para financiar sua reconstrução e retomar o consumo.
A estimativa de perdas nas regiões afetadas pelo terremoto e pelo tsunami é de cerca de 15 trilhões de ienes (aproximadamente R$ 284,5 bilhões a R$ 305 bilhões), diz o Credit Suisse em relatório. Mas o Japão possui reservas sete vezes superiores a este valor, de aproximadamente US$ 1,3 trilhão (cerca de R$ 2,2 trilhões), lembra Gonçalves. “Só em ouro, os japoneses têm US$ 35 bilhões (R$ 58 bilhões), que é exatamente o montante estimado para os prejuízos das seguradoras com a tragédia”, diz o professor da UFRJ. "Com esses recursos, o Japão vai tirar de letra a reconstrução", diz Gonçalves.
Reconstrução
Na opinião dos economistas, serão necessários dois anos, no máximo, para a economia japonesa entrar em uma trajetória de crescimento. Neste período, pode ser que os japoneses percam o posto de terceira maior economia do mundo para a Alemanha, depois de já terem sido ultrapassados pelos chineses no ano passado. Mas a aposta é que devem recuperar a posição nos anos seguintes.
“O PIB deverá ter sofrer impactos no curto prazo, sobretudo em função dos efeitos negativos da catástrofe natural sobre o setor de alta tecnologia. Mas acredito que os japoneses levarão dois anos para se recompor”, afirma Celso Grisi, professor de Economia da Universidade de São Paulo (USP) e diretor do instituto de pesquisas Fractal.
Neste primeiro ano, o Japão será palco de dois movimentos: investimentos fortes em infraestrutura e aumento do consumo das famílias. "Não será um ano de crescimento econômico, mas sim de “retomada de atividade”, diz Motta, do Insper.
Os setores de telecomunicações, de portos, industrial e comercial, que foram destruídos, receberão uma injeção de recursos para serem refeitos. Também serão destinados capitais para a compra de máquinas e equipamentos. Ao mesmo tempo, os japoneses que perderam suas casas e carros vão colocar a mão na poupança e voltar a comprar esses ativos.

sábado, março 12, 2011

Autora fica milionária lançando livro independente

Amanda Hocking.Guarde esse nome porque em breve você ouvirá falar dele em jornais e revistas.
Amanda tem 26 anos e recentemente atingiu a marca de 1 milhão de livros vendidos.
Até aí, apenas uma história de sucesso literário.
Mas tem mais.
A história na verdade começa com um episódio de rejeição.
Depois de ter manuscritos recusados por inúmeras editoras nos Estados Unidos, Amanda decidiu que lançaria seus livros por conta própria para plataformas como as do Kindle e do Nook.
E, por cada um, cobraria 99 centávos de dólar (aproximadamente R$ 1,60).
Em um mês, vendeu 100 mil livros eletrônicos.
Em menos de um ano foi capaz de largar um emprego formal e passou a viver da venda de seus livros.
Mês que vem, comprará sua primeira casa, e pagará em dinheiro, segundo ela.
A verdade é que Amanda está milionária.
Seus livros, romances juvenis que exploram a paranormalidade (ela já lançou inclusive uma trilogia – Switched, Torn e Ascend), continuam vendendo aos milhares, e apenas eletronicamente.
E agora ela está famosa.
Em abril, será destaque na edição americana da revista Elle.
Amanda é hoje, provavelmente, a autora indie de e-books mais bem sucedida do mundo.
 (IG)

Kerouac faria 89 anos hoje



O autor de On The Road  nasceu no dia 12 de março de 1922 e morreu em outubro 1969, aos 47 anos. Faria, portanto, 89 anos hoje.
Kerouac é um dos pais da geração beat, escritores que surgiram depois da Segunda Guerra Mundial e que popularizaram um estilo de escrever completamente novo (dinâmico, apressado, coloquial), além de carregar com eles a necessidade da experimentação (seja sexual ou com drogas) e um profundo inconformismo com o sistema, com o estado das coisas estabelecidas.
On The Road é considerado por muitos como a bíblia hippie, e, nesse cenário, o pisciano Kerouac, que morreu cedo demais, é o messias de toda uma geração.
Tenho por ele o respeito que tenho por aqueles que, com arte, desafiam opiniões consagradas, a admiração que nutro por gente que teima em indicar novos caminhos, novas ideias e uma forma diferente de ver o mundo, a despeito de críticas e de julgamentos sempre tão amplamente promovidos pelo status-quo.
Como homenagem, Kerouac em algumas aspas, e aquela que é para mim a melhor matéria já escrita a respeito dele e de On The Road, em uma edição da Vanity Fair de 2007:
“Minha falha não é a paixão que tenho pelas coisas, mas sim a falta de controle sobre ela”
“Talvez a vida seja isso; um piscar de olhos e estrelas piscantes”
“Todo o ser humano é também um ser de sonhos. Sonhar é o que une toda a humanidade”
“Não tenho nada a oferecer a não ser minha própria confusão”
“Espero que seja verdade que um homem pode morrer e não apenas viver em outros, mas também dar vida a eles, e não apenas vida, mas um enorme entendimento da vida”
(IG)

Aí, galerinha, nosso primeiro post. E a turminha que assume o blog começa com alto astral. Nada de velharias. O blog vai ser cultural (literatura, música, arte, notícias da EEAC e da cidade...)

quinta-feira, março 10, 2011

Integrante do Restart fala mal do Amazonas

Quando voltar ao trabalho é motivo de doença

Ambiente hostil, conflitos não resolvidos e falta de civilidade na empresa causam até doenças e reações físicas nos funcionários

Danielle Nordi, iG São Paulo 

Foto: Alexandre Carvalho/ Fotoarena Ampliar
A advogada Alaíde Boschilia, que por oito meses passava mal todas as manhãs quando tinha que ir para um emprego hostil
“O trabalho enobrece o homem” é apenas o mais conhecido aforismo dos muitos sobre a importância do trabalho no nosso bem-estar. Muitas vezes, além da remuneração e da independência financeira que ela proporciona, um emprego é também a oportunidade perfeita de ser reconhecido por seu talento, fazer novos amigos e estar inserido em um processo de aprendizado contínuo. Muitas vezes. Mas nem sempre.
Teste: Você está na profissão certa?
Para muita gente, voltar para o trabalho depois do feriado do Carnaval não tem apenas aquele gostinho amargo de fim de festa: é motivo de dor, sofrimento e até doença. Problemas, cobranças, relações complicadas, a culpa por não gostar do emprego quando muita gente gostaria de estar lá e, ainda, a impossibilidade de abandonar o ganha-pão, somados, tornam-se uma arma contra a saúde emocional e física de todos que estão inseridos nestes ambientes de trabalho hostis e prejudiciais. E os conflitos não ficam restritos a estes locais. Eles ultrapassam a barreira da vida profissional e afetam o dia a dia das pessoas, chegando a prejudicar relacionamentos amorosos, com a família e amigos.
Leia também: O que fazer quando você odeia seu emprego
“Muitas pessoas adoecem pelo sofrimento a que são submetidas no emprego. Entretanto, é preciso saber que o trabalho pode ser fonte de prazer. Hoje em dia nossa identidade está muito relacionada com a nossa profissão. Muitas pessoas se sentem orgulhosas do que fazem pelo que representam na sociedade, e com razão. Ser produtivo é algo muito positivo que traz um ganho significante de autoestima” explica Duílio Antero de Camargo, psiquiatra e médico do trabalho do Instituto de Psiquiatria do Hospital das Clínicas da FMUSP e membro da Comissão Técnica de Saúde Mental e Trabalho da Associação Nacional de Medicina do Trabalho.
Vômitos e tontura
Alguns anos atrás, a advogada trabalhista Alaíde Boschilia, 48, passou por uma experiência traumática. “Eu vomitava todos os dias antes de ir para o escritório. Sentia muita tontura e passava mal o dia inteiro. Procurei diversos médicos porque achava que era algum problema de estômago, mas descobri que não tinha nada de errado. Eu enfrentava um ambiente de trabalho terrível, mas custei até descobrir que era aquilo estava me deixando doente”.
A psicóloga clínica autora do livro “Motivação – Os Desafios da Gestão de Recursos Humanos na Atualidade (Ed. Juruá) Thalita Lacerda Nobre diz que, em geral, é possível detectar que algo está errado com alguém no ambiente de trabalho. “Dá para perceber que a pessoa tem mudanças de humor e comportamento. Passa a ficar mais irritada, dá sinais de um cansaço excessivo e adoece constantemente”.
Leia também: Mulheres se estressam mais com interferências do trabalho em casa
Ironicamente, o emprego era uma das indicações para que advogada se recuperasse de uma depressão. “A minha médica me disse que eu precisava me manter ocupada porque facilitaria muita a minha recuperação. Então, eu decidi volta a trabalhar”, diz. Ela estava afastada do mercado há sete anos, porque morava fora do país. “Ir para aquele escritório foi a única oportunidade que tive naquele momento. Eu encontrei no trabalho uma razão para viver. Mesmo com todas as humilhações que eu sofria lá, tinha mais medo de ficar ociosa e enfrentar a depressão novamente”, desabafa.
Alaíde conta que ela não era um problema isolado. “Era comum ver pessoas chorando pelos cantos. Tínhamos um chefe arrogante que não aceitava opiniões diversas das suas. Ele era agressivo com todos que trabalhavam lá. Eu me achava um lixo. Ele fazia questão de deixar claro que eu não sabia fazer nada sozinha, que dependia dele para tudo”, revela.
Sua vida mudou quando recebeu outra proposta de trabalho e resolveu pedir demissão. “Até mesmo quando fui comunicar meu desligamento fui maltratada. Expliquei que ficaria um mês para que outra pessoa pudesse ocupar a minha vaga, mas ele mandou que eu me retirasse imediatamente. Depois daquilo, tudo foi diferente. No meu novo emprego eu era valorizada. Hoje, sou uma pessoa realizada, forte e segura”.
Hematomas e enxaqueca
Mas porque alguém se sujeita a uma situação como esta? A resposta, muitas vezes, é simples: a pessoa precisa do salário. Uma paulistana que prefere não revelar seu nome conta que este é o seu caso. “Atualmente, eu trabalho em um local que detesto e que me deixa doente. Tive hematomas na pele, enxaquecas recorrentes e desenvolvi uma gastrite nervosa. Sempre soube que é o trabalho que me causa tudo isto. Não tenho como pedir para sair porque preciso do dinheiro. Não compartilho dos mesmos valores da empresa e dos meus colegas de trabalho. Os conflitos não são resolvidos e todo mundo acaba se estressando”.
Ao contrário dela, nem sempre a pessoa consegue detectar que sua insatisfação com o emprego está causando prejuízos em sua vida pessoal. “Muitas vezes um médico do trabalho consegue estudar o problema e encontrar o seu foco com mais eficiência do que quem está nesta situação. O distanciamento do conflito é importante para se conseguir um diagnóstico e um tratamento adequado”, ressalta Duílio, que vai relançar o livro “Psiquiatria Ocupacional” (Ed. Atheneu).
A paulistana conta que até pouco tempo atrás estava estagnada e completamente desanimada. Presa a uma empresa que não dá valor ao seu trabalho, começou a se sentir “descartável”. A frustração acumulada acabou interferindo no seu relacionamento amoroso. “Chegou um dia que meu marido me disse que não aguentava mais ouvir minhas lamentações e meu negativismo. Ele me fez enxergar que, se eu não tomasse uma atitude, iríamos ter problemas em nossa relação”, revela. Depois disso, resolveu mudar de emprego. Ainda está procurando algo em sua área, mas já visualiza uma solução.
“Eu aceito até mesmo um salário um pouco mais baixo. Eu preciso respirar um ar novo. Não posso continuar nesta situação de adoecer por causa do trabalho. Quero me sentir útil e contribuir com a função que desempenho”, diz.
A empresa tem prejuízo
Se muita gente sofre e põe sua saúde em risco pelo emprego, por outro lado, essa dor também não é um bom negócio para o empregador. “Um funcionário desmotivado e desinteressado é ruim em vários aspectos. Ele gera custos médicos importantes com faltas e licenças. A empresa que investe em qualidade de vida no ambiente de trabalho tem ganhos financeiros significativos”, explica Thalita.
Mesmo quem não falta, não dá lucro. “Ao contrário do ‘absenteísmo’, quando a pessoa não comparece ao trabalho, existe o ‘presenteísmo’ que é estar presente, mas com sintomas leves de alguma doença ou distúrbio. Os mais comuns são dores nas articulações, dor de cabeça, alergias, asma e problemas emocionais. Muitos estudos mostram que o ‘presenteísmo’ causa um grande prejuízo”, aponta o psiquiatra.
Por tudo isto é muito importante que os gestores das empresas estejam sempre de olho nas mudanças de comportamento de seus funcionários. “A figura do líder influencia muito na motivação diária. Às vezes é difícil, mas o chefe precisa encontrar tempo para ouvir mais o que sua equipe deseja para o futuro, bem como resolver os conflitos existentes”, destaca a psicóloga.
“Na nossa realidade, é difícil escolher um emprego. São raros os casos em que a pessoa pode esperar por algo que realmente a motive. Mesmo assim, ninguém pode desistir de ter um trabalho prazeroso. O ser humano precisa sempre melhorar. Enquanto não há uma solução definitiva, procure conviver diariamente com pessoas que se importem com seu bem-estar e assim amenizar um pouco o sofrimento”, completa Thalita.

quinta-feira, março 03, 2011

Mensagens, recados e gifs  para Orkut

Feliz carnaval para todos, com muita paz, saúde e tranquilidade!
Estaremos de volta após o recesso do período momesco.
Divirtam-se, mas se forem beber, bebam com moderação. 
Que Deus proteja todos nós!

História do Carnaval


Festas carnavalescas, carnaval, escolas de samba, história do carnaval, origens, escolas de
samba vencedoras dos últimos carnavais no Rio de Janeiro e em São Paulo, 
carnaval
Foto do Desfile de Escola de Samba no Rio de Janeiro
   
O que é 
O carnaval é considerado uma das festas populares mais animadas e representativas do mundo. Tem sua origem no entrudo português, onde, no passado, as pessoas jogavam uma nas outras, água, ovos e farinha. O entrudo acontecia num período anterior a quaresma e, portanto, tinha um significado ligado à liberdade. Este sentido permanece até os dias de hoje no Carnaval.

História do Carnaval 
O entrudo chegou ao Brasil por volta do século XVII e foi influenciado pelas festas carnavalescas que aconteciam na Europa. Em países como Itália e França, o carnaval ocorria em formas de desfiles urbanos, onde os carnavalescos usavam máscaras e fantasias. Personagens como a colombina, o pierrô e o Rei Momo também foram incorporados ao carnaval brasileiro, embora sejam de origem européia.
No Brasil, no final do século XIX, começam a aparecer os primeiros blocos carnavalescos, cordões e os famosos "corsos". Estes últimos, tornaram-se mais populares no começo dos séculos XX. As pessoas se fantasiavam, decoravam seus carros e, em grupos, desfilavam pelas ruas das cidades. Está ai a origem dos carros alegóricos, típicos das escolas de samba atuais.
No século XX, o carnaval foi crescendo e tornando-se cada vez mais uma festa popular. Esse crescimento ocorreu com a ajuda das marchinhas carnavalescas. As músicas deixavam o carnaval cada vez mais animado.
A primeira escola de samba surgiu no Rio de Janeiro e chamava-se Deixa Falar. Foi criada pelo sambista carioca chamado Ismael Silva. Anos mais tarde a Deixa Falar transformou-se na escola de samba Estácio de Sá. A partir dai o carnaval de rua começa a ganhar um novo formato. Começam a surgir novas escolas de samba no Rio de Janeiro e em São Paulo. Organizadas em Ligas de Escolas de Samba, começam os primeiros campeonatos para verificar qual escola de samba era mais bonita e animada.
Carnaval de Recife - Bonecos Gigantes Bonecos gigantes em Recife
O carnaval de rua manteve suas tradições originais na região Nordeste do Brasil. Em cidades como Recife e Olinda, as pessoas saem as ruas durante o carnaval no ritmo do frevo e do maracatu. 
Os desfiles de bonecos gigantes, em Recife, são uma das principais atrações desta cidade durante o carnaval.
Na cidade de Salvador, existem os trios elétricos, embalados por músicas dançantes de cantores e grupos típicos da região. Na cidade destacam-se também os blocos negros como o Olodum e o Ileyaê, além dos blocos de rua e do Afoxé Filhos de Gandhi.
Escolas de Samba Vencedoras nos Últimos Carnavais no Rio de Janeiro :
1998 - Mangueira e Beija-Flor
1999 - Imperatriz Leopoldinese
2000 - Imperatriz Leopoldinese
2001 - Imperatriz Leopoldinese
2002 - Mangueira
2003 - Beija-Flor
2004 - Beija Flor
2005 - Beija-Flor
2006 - Unidos de Vila Isabel
2007 - Beija-Flor
2008 - Beija-Flor
2009 - Acadêmicos do Salgueiro
2010 - Unidos da Tijuca
Escolas de Samba Vencedoras nos Últimos Carnavais em São Paulo:
1998 - Vai-Vai
1999 - Vai-Vai, Gaviões da Fiel
2000 - Vai-Vai, X-9 Paulistana
2001 - Vai-Vai, Nenê de Vila Matilde
2002 - Gaviões da Fiel
2003 - Gaviões da Fiel
2004 - Mocidade Alegre
2005 - Império de Casa Verde
2006 - Império de Casa Verde
2007 - Mocidade Alegre
2008 - Vai-Vai
2009 - Mocidade Alegre
2010 - Rosas de Ouro

quarta-feira, março 02, 2011

Os personagens da série "Chaves", 40 anos depois

Estrela no México, parte dos integrantes do elenco ainda continua na ativa

Quarenta anos após a estreia de "Chaves" na televisão do México, a BBC Mundo entrevistou os atores principais da série para descobrir o paradeiro de Chiquinha, Quico, Seu Madruga e companhia.
O sucesso da série acabou transformando Roberto Gómez Bolaños, o Chaves, em um símbolo da TV mexicana. Aos 82 anos, ele continua trabalhando, escrevendo artigos e adaptando roteiros, goza de boa saúde apesar de ter uma certa dificuldade para caminhar, segundo seu filho, Roberto Gómez Fernández.

Foto: BBC Mundo
Aos 60 anos, a atriz María Antonieta de las Nieves segue se apresentando como Chiquinha
Bolaños vive na Cidade do México com sua esposa, Florinda Meza – a Dona Florinda, também personagem da famosa série. Ele também está supervisionando a criação de um desenho em 3D sobre o Chapolin Colorado, outro de seus personagens de sucesso, que deve estrear em 2012.

María Antonieta de las Nieves, de 60 anos, continua interpretando Chiquinha, em seu próprio show, que apresenta em cidades pela América Latina e Estados Unidos. Ela também participou de algumas novelas no México e em outros países, além de ter gravado 17 álbuns infantis como Chiquinha.

Comentarista esportivo 

Assim como Chiquinha, Carlos Vilagrán, de 67 anos, vem se apresentando como Quico em países como Peru, Colômbia e Argentina. Ele também trabalha como comentarista esportivo na imprensa mexicana. Há anos ele trava uma disputa com Bolaños para interpretar o personagem no México, já que ele tem os direitos autorais da série no país.

A atriz Florinda Meza, de 63 anos, - a Dona Florinda - tem trabalhos como diretora e produtora de peças de teatro e novelas. Ela se casou com Bolaños em 2004 e juntos protagonizaram a peça 11 y 12, que foi apresentada em vários países da América Latina.

Durante a entrevista à BBC, o ator Edgar Vivar, o seu Barriga, contou que perdeu peso e que tem dificuldade a convencer o público de que ele consegue interpretar outros personagens. Já atuou em filmes e novelas e, atualmente, está estudando português para um projeto no Brasil.

O ator Rubén Aguirre que interpretava o professor Girafales está fora da vida pública desde 2007, quando sofreu um acidente de carro.

Um dos personagens mais queridos da série, Ramón Valdés – o seu Madruga –, morreu em 1988. A atriz espanhola Angelines Fernández – a Bruxa do 71 – faleceu em 1994, aos 71 anos.