A OMS (Organização Mundial da Saúde) informou nesta quinta-feira aos países-membros a existência de uma pandemia (epidemia generalizada) de gripe suína --como é conhecida a gripe A (H1N1). O motivo foi a abrangência da doença, que já atingiu diversas regiões do mundo, e não a periculosidade do vírus.
A decisão de passar do nível 5 para o atual nível 6, o máximo na escala de alerta de pandemias, foi tomada depois que o número de casos aumentou nos Estados Unidos, na Europa, na América do Sul e em outras regiões.
De acordo com o mais recente balanço da OMS sobre o assunto, divulgado nesta quarta-feira (10), foram registrados, em apenas dois dias, 2.449 novos casos da gripe no mundo, sendo 1.283 no Chile, 173 na Austrália, 33 na Argentina e 331 no Canadá.
Hoje, Hong Kong, anunciou o fechamento por duas semanas de todas as suas creches e escolas primárias, após a confirmação de que 12 estudantes estão contaminados com o vírus. A ilha registrou 50 casos até agora.
Histórico
A pandemia de gripe suína é a primeira a ser declarada desde 1968, quando um surto de gripe causou a morte de mais de 1 milhão de pessoas em todo o mundo.
A transmissão intercomunitária do vírus, assim como a extensão geográfica dos novos casos, são os principais critérios analisados pela OMS para determinar a passagem da fase cinco para a fase seis, o nível máximo na escala de alerta de pandemias.
No último dia 5 de junho, após reunião do comitê de emergência, a OMS anunciou que também iria levar em consideração o grau de periculosidade do vírus.
Até o momento, a OMS contabiliza 27.737 casos de gripe A no mundo e 141 mortes. No Brasil, segundo o último balanço da Organização, foram registrados 36 casos --dados atualizados do Ministério da Saúde apontam 43 casos.
Sintomas
A gripe suína é uma doença respiratória causada pelo vírus influenza A, chamado de H1N1. Ele é transmitido de pessoa para pessoa e tem sintomas semelhantes aos da gripe comum, com febre superior a 38ºC, tosse, dor de cabeça intensa, dores musculares e articulações, irritação dos olhos e fluxo nasal.
Para diagnosticar a infecção, uma amostra respiratória precisa ser coletada nos quatro ou cinco primeiros dias da doença, quando a pessoa infectada espalha vírus, e examinadas em laboratório. Os antigripais Tamiflu e Relenza, já utilizados contra a gripe aviária, são eficazes contra o vírus H1N1, segundo testes laboratoriais, e parecem ter dado resultado prático, de acordo com o CDC (Centros de Controle de Doenças dos Estados Unidos).
Arte/Folha Online | ||
Com Reuters, Associated Press e France Presse
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