quarta-feira, fevereiro 29, 2012

HAJA ou HAJAM?

Leitora pergunta:: “Na frase ‘Na partida em que HAJAM jogadores convocados…’, o verbo HAVER é auxiliar para a formação da voz passiva (hajam sido/tenham sido) ou tem o sentido de ‘existir’, sendo, portanto, impessoal?”
A princípio, podemos interpretar a frase de duas maneiras:
1a) HAVER tem o sentido de “existir”. É verbo impessoal (=sem sujeito). Isso significa que só pode ser usado no SINGULAR: “Na partida em que HAJA (=existam) jogadores convocados…”
2a) É possível interpretarmos a frase na voz passiva (=com o verbo SER subentendido). Nesse caso, o termo JOGADORES seria o sujeito. O verbo HAVER seria auxiliar e deveria concordar no plural: “Na partida em que os jogadores HAJAM SIDO CONVOCADOS…”
Para saber qual das duas interpretações é a correta, é necessário conhecer o restante da frase.
O mais provável é a primeira interpretação: “…hajam jogadores convocados”.

Um ou dois VAI ou VÃO?

Leitor quer saber: “Ao usar UM OU DOIS, o verbo vai para o singular ou para o plural? Por exemplo, um ou dois problemas precisa (ou precisam) ser solucionado (ou solucionados)?”
Quando usamos a conjunção OU, com valor de “exclusão” ou de “dúvida”, o verbo deve concordar com o que está mais próximo:
“Ou eu ou você TERÁ de viajar a Brasília para resolver o problema.”
“Ou você ou eu TEREI de viajar…”
“Ladrão ou ladrões INVADIRAM a mansão do Morumbi”.
Portanto, a resposta é: “Um ou dois problemas  PRECISAM ser SOLUCIONADOS”.

Sal A GOSTO ou À GOSTO?


Crítica do leitor: “Em Chef de Botequim, temos ‘1 colher de sal a gosto’. Falta crase? Se definiu ‘1 colher’, pode-se utilizar ‘a gosto’?”
O nosso leitor tem razão em parte.
1o) Há uma incoerência: ou pomos “1 colher de sal” ou pomos “sal a gosto”.
2o) Quanto à ausência do acento da crase, não há erro. Realmente não há crase. A explicação é simples: GOSTO é uma palavra masculina.
Consequentemente não pode haver artigo definido feminino “a”. Temos apenas a preposição.

VALE A PENA ou À PENA?


Não há crase. O verbo VALER não pede preposição.
Se “vale o sacrifício”, é porque “VALE A PENA” (sem crase).

Ele corre risco de vida ou de morte?

Temos agora uma seleção de casos incoerentes ou absurdos. São situações semelhantes ao do famoso “correr atrás do prejuízo”. Só louco corre atrás do prejuízo. Do prejuízo eu fujo. Eu corro “atrás do lucro”.
Outro caso curioso é o “correr risco de vida”. Rigorosamente, nós corremos “risco de morte”. Nós não corremos “o risco de viver”, e sim “o risco de morrer”. Nós sempre corremos o risco de alguma coisa ruim. Ninguém “corre o risco de ser promovido”, mas corre o risco de ser demitido. Ninguém “corre o risco de ganhar na loteria”, mas corre o risco de perder todo o dinheiro no jogo, de ser roubado, de ir à falência…

Não é uma questão de certo ou errado. É apenas curioso. Trata-se de mais uma elipse. Eu sei que está subentendido: “correr o risco de perder a vida”. Portanto, as duas formas são corretas.

Parecidíssimo com o caso anterior é a tal da “crise do desemprego”. Ora, na verdade, quem está em crise é o EMPREGO. Infelizmente, o desemprego vai bem. Creio que hoje nós vivemos uma “crise de emprego”.

Também merece destaque a tal mania de “tirar a pressão”. Se eu “tirar a pressão”, morro. É melhor medir ou verificar a pressão.

O assunto é muito interessante e ainda haveria muitos outros casos para analisar. Vou deixar mais alguns para você “quebrar sua cabeça”:

“Dividiu o bolo em três metades”;

“O anexo segue em separado”;

“Eram dois homossexuais e uma lésbica”;

“Estou preso do lado de fora”;

“Por favor, me inclua fora disso”…

O alcoólatra e o alcoólico


A palavra álcool é de origem árabe e “latra” vem do grego. A raiz grega “latria” significa “adoração” (idolatria = adoração de ídolos; egolatria = adoração de si mesmo, do próprio “eu”). Assim sendo, alcoólatra é “quem adora álcool”, é o “viciado em bebidas alcoólicas”.
A Associação dos Alcoólicos Anônimos (AAA) deveria ser chamada de “Associação dos Alcoólatras Anônimos”. A troca de alcoólatra por alcoólico se deve, provavelmente, à carga negativa que a palavra alcoólatra apresenta: é como se fosse sinônimo de “doente irrecuperável, viciado sem salvação”. O uso de alcoólico por alcoólatra é praticamente um eufemismo, ou seja, uma forma mais suave de dizer a mesma coisa.

De eufemismos a nossa linguagem está cheia: “faltar com a verdade ou dizer inverdades” por mentir; “enriquecer por meios ilícitos” por roubar; “descansar, entregar a alma ao Criador e bater as botas” por morrer; “tumor maligno” por câncer; “portador do vírus da Aids” por aidético…

É interessante observar que o uso de eufemismos se dá por vários motivos: ironia, medo de ser grosseiro, atenuar o fato, ridicularizar o caso… O aspecto psicológico está sempre presente.

Alcoólico, na sua origem, é um adjetivo e significa “relativo ao álcool ou o que contém álcool”. Daí as bebidas alcoólicas, ou seja, bebidas que contêm álcool. Entretanto é importante observar que os dicionários Aurélio e Houaiss consideram alcoólico como sinônimo de alcoólatra também.

Portanto, no caso dos “Alcoólicos Anônimos”, a opção por alcoólico não está errada. É uma questão eufêmica, ou seja, a preferência por uma palavra de carga mais leve, mais suave.

Outra curiosidade é a palavra alcoolista, também registrada em nossos dicionários como uma forma menos usada. Seria uma alternativa para alcoólico, pois me parece que alcoolista não tem a carga negativa de alcoólatra.

Por fim, a ortografia. Em álcool, o acento agudo se deve ao fato de a palavra ser proparoxítona. Alcoólico e alcoólatra também são palavras proparoxítonas. O detalhe é o acento agudo no segundo “ó”.

Certa vez, ao entrar numa pequena cidade do interior de São Paulo, encontrei uma placa: “Aqui tem Alcóolicos Anônimos”. O acento agudo no primeiro “ó” indica a possibilidade de que o autor da placa estivesse de porre.

domingo, fevereiro 26, 2012

Quando empregar “anexo” e “em anexo”?

Creio que você também esteja sabendo que alguns adjetivos mudam de classe gramatical e podem assumir formas que se enquadram na forma invariável, só porque podem ganhar algum acréscimo de preposição, por exemplo.
Esse é o caso de expressões como ANEXO  e EM ANEXO:
ANEXO é termo adjetivo, variável em gênero e número, e serve para caracterizar algo que esteja JUNTO de outro elemento, documento, apostila… seja o que for.
Ex.: O documento segue anexo.
Ex.: As certidões iam anexas a outros documentos.
Já a expressão EM ANEXO, é termo invariável, valor adverbial, e é natural que sejam revistas suas noções de concordância a fim de não flexionar o que é INFLEXIONÁVEL, O ADVÉRBIO.
Ex.: O documento segue EM ANEXO.
Ex.: As certidões iam em ANEXO A OUTROS ELEMENTOS.
VOCÊ CONSEGUIU entender essa diferença de aplicação entre os dois termos? Conseguiu!?

Bastante e bastantes: quando empregar?

Você deve ter ouvido falar que ADVÉRBIOS são INVARIÁVEIS quanto ao gênero e ao número, não é mesmo? Isso significa que, por exemplo, na frase: [Ele chegou cedo.] , mesmo que o sujeito “ELE” fosse trocado pelo sujeito “ELA”, o advérbio CEDO continuaria como estava; ou seja, não admitiria o termo “CEDA” [rsrsrs] e tampouco o plural “CEDOS ou CEDAS” se o sujeito fosse “ELES ou ELAS”.
Logo, quando a palavra BASTANTE tem valor de ADVÉRBIO [de intensidade], não admite plural: Ex.: Nós estamos BASTANTE felizes em aprender com o Gramaticando.
Mas, se tiver o valor de PRONOME ADJETIVO  indicando INDEFINIÇÃO QUANTITATIVA,  aí será VARIÁVEL quanto ao número, admitindo o PLURAL: BASTANTES=MUITOS/VÁRIOS/TANTOS…
Ex.: Todos têm BASTANTES motivos para aprender com o Gramaticando.
Bem, estou também BASTANTE feliz com meus leitores e espero trazer BASTANTES novidades a cada dia!
Observe que o primeiro modifica um adjetivo [felizes]; enquanto o segundo modifica um substantivo [novidades]. Tinha percebido esse detalhe? Legal, não?! É isso aí!
Fácil…EXTREMAMENTE FÁCIL!!!

MUITO é advérbio e MUITA é pronome!

Você deve saber que os advérbios não sofrem variação quanto ao gênero nem quanto ao número, ou seja, não variam para o feminino nem para o plural. Apesar disso, há casos em que ALGUNS TERMOS podem ser confundidos com advérbios, mas precisam passar por UMA ANÁLISE IMPORTANTE relativa à possibilidade de variação; se não variarem, SÃO ADVÉRBIOS.
É o que acontece com a palavra MUITO. Há situações em que ela NÃO PODE VARIAR. Ex.: Ela está MUITO bem. / Veja que não seria cabível dizer ou escrever “Ela está MUITA bem”!
Nesse caso, vê-se claramente que se trata do ADVÉRBIO DE INTENSIDADE: MUITO, que é INVARIÁVEL. Certinho?
Diferente disso, existe a expressão MUITA, termo feminino, variável quanto ao gênero e quanto ao número [MUITO/MUITOS/MUITAS]. Essa possibilidade de variação indica que essa palavra não pode ser um advérbio, mas sim um PRONOME INDEFINIDO, empregado para designar uma GRANDE quantidade ou volume de alguma coisa. Ex.: Tenho MUITAS novidades. /Não quero MUITA comida!/ Recebi MUITOS amigos.
Resumindo: MUITO sem poder variar é ADVÉRBIO DE INTENSIDADE; e MUITA, que é variável quanto ao gênero e quanto ao número, é PRONOME INDEFINIDO.

sábado, fevereiro 25, 2012

segunda-feira, fevereiro 20, 2012

Saiba como funcionam os sites maliciosos que atacam seu PC


Se você tem alguma dúvida sobre segurança da informação (antivírus, invasões, cibercrime, roubo de dados, etc), vá até o fim da reportagem e utilize a seção de comentários. A coluna responde perguntas deixadas por leitores todas as quartas-feiras.

Tela de login de configuração de um kit de ataque para infectar PCs pela web. (Foto: Reprodução/Kaspersky Lab)

A empresa de segurança Blue Coat identificou um aumento de 240% no número de sites maliciosos. Números como esse são bastante difíceis de coletar e confirmar, mas a percepção geral não está errada: o meio mais comum de ataque hoje tem como base as páginas de internet que foram criadas ou modificadas para a finalidade de infectar seu PC. Veja como isso funciona – e o que fazer para se proteger – na coluna de hoje.
Quando você visita uma página de internet que vai atacar o seu PC, o navegador de internet baixa um código como parte da página. A diferença desse código em relação ao resto é que ele não está ali para criar um elemento da na página – como um conteúdo ou um menu. Em vez disso, o código vai tentar causar propositalmente um erro, colocando o navegador em um estado que vai permitir a instalação de um vírus.
Erros que permitem esse tipo de comportamento são chamados de “falhas de segurança”. Isso porque, no funcionamento normal do navegador, a única forma de uma página de internet infectar o PC seria por meio de um download devidamente autorizado e executado pelo internauta. Os sites maliciosos tentam usar diversas falhas diferentes para que a instalação ocorra sem qualquer aviso.
Além do próprio navegador, os códigos maliciosos são instruídos a usar falhas dos “plug-ins”. Um plug-in é um software adicional que funciona como parte da sua experiência de navegação da internet. O navegador confia no plug-in e carrega, muitas vezes de forma automática, os conteúdos que requerem o plug-in. Exemplos de plug-in são o Adobe Flash, o Java e os leitores de PDF, como o FoxIt e o Adobe Reader.
Para o criminoso, atacar os plug-ins é interessante porque eles são usados por todos os navegadores. Com isso, o navegador em uso torna-se algo secundário.
Esses ataques são realizados de forma muito simples por parte do criminoso. Existem os chamados “exploit kits” que trazem um pacote inteiro de códigos para explorar falhas de segurança. Os kits ainda fornecem estatísticas, informando quantos internautas acessaram as páginas infectadas, quantos foram infectados com sucesso e qual a falha que mais foi usada com sucesso.
Onde estão as páginas infectadas
O kit normalmente não é acessado diretamente. O criminoso faz uma pequena alteração em outras páginas para fazer com que elas carreguem os códigos maliciosos. Isso pode ser feito inclusive em sites legítimos, que você acessa todos os dias. Os golpistas tiram proveito de falhas na programação do site para alterá-lo e infectar os futuros visitantes.
Em alguns casos, essa modificação é feita em anúncios publicitários. O site do jornal “New York Times” está na lista dos que já veicularam uma propaganda infectada.
Outra fraude comum é a criação de páginas novas com conteúdos muito populares em sites de busca. O objetivo é conseguir, em alguns casos, colocar essa página maliciosa entre os primeiros resultados da pesquisa. Quem clicar poderá ser infectado.
Por esse motivo, não existe um conteúdo específico que traz as infecções ao PC. Não importa se um site divulga letras de músicas, notícias ou imagens pornográficas – qualquer um pode estar infectado.
Página de estatísticas do kit de ataque Black Hole. (Foto: Reprodução/Kaspersky Lab)
Como se proteger
O mais importante para se proteger desses ataques é manter o navegador de internet e os plug-ins atualizados. Com isso, as falhas de segurança que as páginas maliciosas tentam explorar são corrigidas, e o código não conseguirá infectar o computador.
Java vem configurado para verificar atualização só uma vez por mês. PC pode ficar vulnerável. (Foto: Reprodução)
  • Navegadores: os navegadores de internet têm uma configuração de atualização automática própria. O Internet Explorer é atualizado pelo “Atualizações Automáticas” do Windows, configurável no Painel de Controle.
  • Java: A atualização automática do Java pode ser configurada no Painel de Controle. Por padrão, o Java só verifica atualizações mensalmente. O ideal é que a verificação seja diária (Flash, Windows e os navegadores fazem a verificação diariamente). A maioria dos sites de internet não usa o Java dentro pelo navegador. Veja ainda como desativar o Java e por que desativar o Java.
  • PDF: Para arquivos em PDF, o Acrobat Reader X (versão 10) realiza atualizações automáticas e tem outros novos recursos de segurança. Se você ainda tem a versão do Reader 9, faça o download do Reader X. É gratuito.
  • Flash: o Adobe Flash é atualizado automaticamente somente ao reiniciar o computador. Preste muita atenção em uma janela do Flash que aparecer logo após fazer log-in no seu PC. Faça o download da versão mais nova do Flash, se estiver na dúvida.
A coluna observa que o navegador Chrome, do Google, se atualiza automaticamente – não é preciso autorizar nem configurar nada. Ele também atualiza o Flash, usa um leitor de PDF próprio e só executa Java após confirmação do usuário. Essas medidas do Chrome foram tomadas exatamente devido aos ataques que envolvem esses plug-ins. Por esses e outros motivos, o Chrome é o navegador recomendado pelo governo da Alemanha e o mais fácil de ser mantido seguro.
Qualquer navegador pode ser usado de forma segura, porém. Basta ficar atento às atualizações de segurança e instalá-las o quanto antes. O Firefox, em especial, possui uma série de extensões que também pode deixar sua navegação mais segura. Exemplos são o Web of Trust e o NoScript.
A coluna vai ficando por aqui. Se você tem dúvidas, comentários ou sugestões, use o formulário de comentários, logo abaixo. Para conferir outras dicas da coluna, siga o perfil @g1seguranca no Twitter.

Saiba o que a paixão faz com o seu cérebro

O frio é na barriga, o coração é que dispara – mas todas essas emoções saem de sua cabeça

Editora Globo
A paixão ativa a mesma área do cérebro que é acionada quando viciados entram em contato com drogas // Crédito: Shutterstock
Em busca da fonte de todos os sentimentos intensos e controversos que acompanham a paixão, cientistas analisaram o cérebro dos apaixonados. No estudo feito pela Universidade de Nova York em Stony Brook, voluntários que diziam estar profundamente enamorados deveriam olhar para algumas fotos enquanto passavam por uma ressonância magnética.

Quando uma imagem do amado aparecia, o cérebro dessas pessoas produzia uma reação na parte do órgão responsável pelo nosso senso de motivação e recompensa – a mesma área ativada quando um viciado entra em contato com uma droga.


Em outras palavras, você fica, literalmente, viciado em outra pessoa.


Também conhecido como “centro do prazer”, essa área do cérebro é responsável por reconhecer algo que é bom. E, segundo especialistas, o estímulo dessa região para que você encontre alguém que o faça sentir-se bem pode ser até mais poderoso do que o desejo sexual.
Mas assim que a fase da conquista e a empolgação inicial com a nova paixão passam, o cérebro para de agir desta forma? Não completamente. Em outro estudo da Universidade de Nova York, foram feitas ressonâncias magnéticas em casais que estavam juntos, em média, por 21 anos.

Quando viam fotos de seus companheiros, a região cerebral ativada não era o “centro do prazer”, mas sim uma região associada ao afeto e a uma ligação de contentamento com recompensas. Ou seja – existe, sim, um declínio na paixão, mas um enorme crescimento na área do cérebro ligada ao companheirismo. E, de acordo com os cientistas, é isso que faz com que humanos fiquem juntos por anos, criem filhos e tenham uma vida juntos, ao contrário de outros mamíferos.

Estudo mostra que a personalidade influencia o quanto uma pessoa pesa

por Vanessa Vieira

Editora Globo
Ao longo de 50 anos, pesquisadores do Instituto Nacional de Envelhecimento dos Estados Unidos analisaram dados de 1.988 pessoas. Eles relacionaram sua personalidade, índice de massa corporal e circunferência abdominal e chegaram a uma conclusão: o tipo de humor e personalidade das pessoas influencia diretamente seu peso. Os organizados chegam a ter 5 quilos a menos do que os caóticos, que não conseguem planejar um cardápio ou mesmo manter um horário regular para comer.

Mas é a impulsividade a característica que mais afeta as medidas corporais. Aqueles que não controlam as tentações, claro, ganham quilinhos facilmente. “Por isso os médicos devem levar em conta o perfil emocional de um paciente na hora de prescrever uma dieta ou sugerir um programa de reeducação alimentar”, afirma a neurocientista americana Angelina Sutin, coordenadora do estudo. Para os impulsivos, ela sugere programadores online para organizar o horário e o conteúdo das refeições, por exemplo. A seguir, entenda como a personalidade pode prejudicar ou favorecer sua dieta.


Editora Globo

Vodka melhora a sua oratória

Em busca de uma desculpa para beber no carnaval? Pesquisa mostra que o drink melhora sua habilidade de comunicação

por Redação Galileu
Editora Globo
Artistas e compositores podem realmente trabalhar melhor após alguns goles // Crédito: Shutterstock
Segundo um estudo da Universidade de Illinois, a vodka melhora sua criatividade verbal e sua capacidade de associar palavras.

Para chegar a essa conclusão, cientistas deram vodka para um grupo de voluntários até eles apresentarem 0,08% de álcool no sangue – o limite da intoxicação legal nos EUA. Outro grupo de participantes não bebeu nada.

As duas equipes deveriam resolver desafios envolvendo palavras e, em média, os voluntários “quase bêbados” deram respostas corretas 4 segundos mais rápido do que os sóbrios. Isso porque quando você bebe um pouco (mas não o suficiente para ficar bêbado), passa a usar mais a intuição na hora de falar, em vez de medir cuidadosamente suas palavras.

De acordo com os pesquisadores, o resultado mostra que, de fato, artistas e compositores podem trabalhar melhor quando inebriados, como reza a lenda.

Veja palavras mais usadas nos sambas das escolas do Rio do 1º dia

Nuvem de palavras reúne letras dos sambas-enredo de 2012.
'Samba' foi a palavra mais repetida pelos enredos na noite de domingo.

Do G1
A palavra "samba" foi a mais frequente nas letras dos enredos cantados nas escolas de samba que desfilaram na primeira noite do Rio de Janeiro. Foram dez menções cantadas nos enredos das sete escolas que abriram a disputa do Grupo Especial do Rio.
O resultado foi obtido por meio de uma nuvem de palavras produzida pelo G1 com base nas letras oficiais dos sambas. Renascer de Jacarepaguá, Portela, Imperatriz Leopoldinense, Mocidade, Porto da Pedra, Beija-Flor e Vila Isabel desfilaram.
Além de "samba", que foi a palavra mais frequente, o termo "Bahia" foi repetido nove vezes, especialmente por ser o estado mais homenageado da noite. "Amor" e "mar" apareceram oito vezes, cada, nos enredos da noite, e "tambor" foi repetido seis vezes.
nuvem de palavras dia 1 rio (Foto: Editoria de Arte/G1)

sexta-feira, fevereiro 10, 2012

Direção da Amaro Cavalcanti convoca alunos para realizarem suas matrículas

As matrículas da Escola Estadual Amaro Cavalcanti ainda estão abertas. No entanto, é preocupante o baixo número de alunos que procuram a escola para realizarem suas matrículas.
A direção da escola está convocando todos os retardatários para que não deixem para a última hora e dirijam-se à EEAC para regularizam suas matrículas.
 A escola não será responsável por vagas, caso o período seja encerrado. Quem não se matricular antes de iniciadas as aulas pode ficar sem estudar naquele estabelecimento.











 

História do Carnaval

Por Monique Cardoso


Das festas populares do Brasil, o Carnaval é, sem dúvidas, a mais grandiosa delas e uma das poucas manifestações folclóricas que ainda sobrevivem e conseguem envolver o grande público. A história do Carnaval começa há mais de 4 mil anos antes de Cristo, com festas promovidas no antigo Egito, como as festas de culto a Ísis. Eram principalmente eventos relacionadas a acontecimentos religiosos e rituais agrários, na época da colheita de grandes safras. Desde essa época as pessoas já pintavam os rostos, dançavam e bebiam. Há também indícios que o Carnaval tem origem em festas pagãs e rituais de orgia. Em Roma, as raízes deste acontecimento estão ligadas a danças em homenagem ao Deus Pã e Baco, eram as chamadas Lupercais e Bacanais ou Dionísicas.


Com o advento da Era Cristã, a Igreja começou a tentar conter os excessos do povo nestas festas pagãs. Uma solução foi a inclusão do período momesco no calendário religioso. Antecedendo a Quaresma, o Carnaval ficou sendo uma festa que termina em penitência na quarta feira de cinzas. Os cristãos costumavam iniciar as comemorações do Carnaval na época de Natal, Ano Novo e festa de Reis. Mas estas se acentuavam no período que antecedia a Terça-feira Gorda, chamada assim porque era o último dia em que os cristãos comiam carne antes do jejum da quaresma, no qual também havia, tradicionalmente, a abstinência de sexo e até mesmo das diversões, como circo, teatro ou festas.


No Corso, os carros abertos desfilavam nas principais ruas das grandes cidades
De acordo com o calendário gregoriano, utilizado oficialmente na maior parte do mundo, o Carnaval é uma festa móvel porque é indicado pelo domingo de Páscoa, também uma data comemorativa móvel para que não coincida com a páscoa dos judeus. Para saber em que dia cairá as duas festas, determina-se primeiro o equinócio da Primavera (no Brasil é Outono). Não se pode esquecer que o calendário segue as estações do ano de acordo com o hemisfério norte, onde foi criado. O primeiro domingo após a lua cheia posterior ao equinócio da primavera é o domingo de Páscoa. Face a essa regra, o domingo de carnaval cairá sempre no 7º domingo que antecede à Páscoa. A quaresma tem início na quarta feira de cinzas e como o próprio nome diz, tem duração de 40 dias.


Em 1938, as grandes sociedades, ainda famosas, desfilavam com carros alegóricos
Na Idade Média, predominavam nos festejos de Carnaval os jogos e disfarces. Em Roma havia corridas de cavalos, desfiles de carros alegóricos e divertimentos inocentes como a briga de confetes pelas ruas. O baile de máscaras foi introduzido pelo papa Paulo II, no século XV, mas ganhou força e tradição no século seguinte, por causa do sucesso da Commedia dell'Arte. As mais famosas máscaras são as confeccionadas em Veneza e Florença, muito utilizadas pelas damas da nobreza no século XVIII como símbolo máximo da sedução.


Ala de baianas numa primitiva escola de samba aguardando o desfile, em 1931
Datam dessa época três grandes personagens do Carnaval. A Colombina, o Pierrô e o Arlequim tem origem na Comédia Italiana, companhia de atores que se instalou na França pra difundir a Commedia dell'Arte. O Pierrô é uma figura ingênua, sentimental e romântica. É apaixonado pela Colombina, que era uma caricatura das antigas criadas de quarto, sedutoras e volúveis. Mas ela é a amante de Arlequim, rival do Pierrô, que representa o palhaço farsante e cômico.



O Rancho Flor de Abacate, vencedor do carnaval carioca de 1932
Na Europa um dos principais rituais de Carnaval foi o Entrudo. A palavra vem do latim e significa início, começo, a abertura da Quaresma. Existe desde 590 d.C., quando o carnaval cristão foi oficializado. O povo comemorava comendo e bebendo para compensar o jejum. Mas, aos poucos, o ritual foi se tornando bruto e grosseiro e o máximo de sua violência e falta de respeito aconteceu em Portugal, nos séculos XVII e XVIII. Homens e mulheres atiravam água suja e ovos das janelas dos velhos sobrados e balcões. Nas ruas havia guerra de laranjas podres e restos de comida e se cometia todo tipo de abusos e atrocidades.
O Carnaval no Brasil
Por causa das atuais maneiras de se brincar o Carnaval. muita gente pensa que esta festa tem origem na cultura trazida pelos escravos. Mas, ao contrário disso, o carnaval brasileiro se origina no entrudo português e aqui chegou com as primeiras caravelas da colonização. Recebeu também muitas influências das mascaradas italianas e somente no século XX é que recebeu elementos africanos, considerados fundamentais para seu desenvolvimento. Com essa mistura de costumes e tradições tão diferentes, o Carnaval do Brasil é um dos mais famosos do mundo e, todos os anos, atrai milhares de turistas dos cinco continentes.
Mais precisamente, o entrudo desembarcou no Brasil em 1641, na cidade do Rio de Janeiro. Assim como em Portugal, era uma festa cheia de inconveniências da qual participavam tanto os escravos quanto as famílias brancas. Após insistentes intervenções e advertências da Igreja Católica, os banhos de água suja foram sendo substituídos por limões de cheiro, esferas de cera com água perfumada ou água de rosas e bisnagas cheias de vinho, vinagre ou groselha. Esses frascos deram origem ao lança-perfume, bisnaga ou vidro de éter perfumado de origem francesa. Criado em 1885, chegou ao Brasil nos primeiros anos do século XX. Também substituindo as grosserias, vieram então as batalhas de flores e os desfiles em carros alegóricos, de origem européia.
Uma das figuras mais marcantes da festa é a do Rei Momo, inspirada nos bufos, atores portugueses que costumavam representar comédias teatrais para divertir os nobres. Há também o Zé Pereira, tocador de bumbo que apareceu em 1846 e revolucionou o carnaval carioca. Tem origem portuguesa e, tendo sido esquecido no começo do século XX, deixou como sucessores os ritimistas que acompanhavam os blocos dos sujos tocando cuíca, pandeiro, reco-reco e outros instrumentos.
As máscaras e fantasias começaram a ser difundidas aqui ainda na primeira metade do século XIX. O primeiro baile de máscaras do Brasil foi realizado pelo Hotel Itália, no Largo do Rocio, RJ. A idéia logo virou um hábito e contagiou a cidade. Mas, apesar de ser uma maneira sadia e alegre de se brincar o carnaval, contribuiu para marcar as já gritantes diferenças sociais que aqui sempre existiram. O carnaval dos salões veio para agradar a elite e a classe emergente do país, o povo ficava do lado de fora, nas festas de rua ao ar livre. E mesmo com o grande sucesso dos bailes de salão, foi na esfera popular que o carnaval adquiriu formas genuinamente autênticas e brasileiras.
Um dos itens mais importantes do carnaval brasileiro também obedece à evolução histórica. Na falta de um gênero próprio de música carnavalesca, inicialmente as brincadeiras eram acompanhadas pela Polca. Depois o ritmo passou a ser ditado pelas quadrilhas, valsas, tangos, charleston e maxixe, sempre em versão instrumental. Somente em 1880 as versões cantadas - entoadas por coros - invadiram os bailes. A primeira música feita exclusivamente para o carnaval foi uma marchinha, "Ó abre alas", composta para o cordão Rosa de Ouro pela maestrina Chiquinha Gonzaga em 1899 e inspirada pela cadência rítmica dos ranchos e cordões. Desde então este gênero, que rapidamente caiu no gosto popular, passou a animar os carnavais cariocas. Elas sobreviveram por um longo tempo, mas foram substituídas pelo samba, que na década de 60 passou a ocupar definitivamente o lugar das velhas marchinhas populares de carnaval nas rádios, nas gravadoras de discos e na recente televisão.
A evolução do carnaval carioca
No carnaval Carioca os cortejos carnavalescos eram organizados pelas "sociedades", clubes ou agremiações que competiam entre si em desfiles de alegorias que geralmente satirizavam o governo. A primeira surgiu em 1855 e se chamava "Congresso das Sumidades Carnavalescas", tendo José de Alencar como um de seus fundadores. Depois vieram a União Veneziana e muitas outras que eram uma verdadeira coqueluche durante o Império. Uma das poucas que de fato se consolidaram foi a Democráticos. Outro importante movimento foi o dos Cordões, surgidos em 1885, que originaram os blocos e posteriormente as escolas de samba. Eram formados por negros, mulatos e pessoas humildes em geral, que saíam às ruas animando o povo ao som de instrumentos de percussão e músicas compostas especialmente para os desfiles comandados pelo apito do mestre que estava sempre à frente dos músicos. Cada Cordão era identificado por um estandarte. É a primeira manifestação de carnaval bastante influenciada pela cultura e religião africana. A religião, desta vez a católica, também deu origem ao Rancho, semelhante aos Cordões, que inicialmente desfilavam no Dia de Reis, quando as pessoas se fantasiavam de pastores e pastoras e saíam em procissão, simulando um rumo à Belém. E assim como os cordões, os ranchos tiveram de ceder espaço às escolas de samba.
O século XX chega com novidades também para o carnaval. Logo depois da inauguração da Av. Central surgiu o Corso, um desfile de caminhões e carros abertos, com ou sem decoração conduzindo famílias e grupos de foliões pelo centro da cidade. Era uma brincadeira animada entre as pessoas que estavam nos carros e as que acompanhavam a pé o cortejo, com direito à guerra de confete e serpentina. O Corso foi ficando para trás na medida em que o progresso e o trânsito iam para frente.
As famosas matinês tiveram início praticamente na mesma época do Corso, com a realização do primeiro baile infantil em 1907. Também se multiplicavam os bailes nas casas das famílias mais abastadas da cidade. Em 1909 surgiu o primeiro concurso num baile de carnaval. Somente os homens tinham direito à voto e os prêmios eram valiosas jóias. Premiava-se a melhor fantasia, a mais bela mulher e a mais criativa dança.
Surgimento das Escolas de Samba
Foi no bairro do Estácio que surgiu o ritmo que iria dar um novo tom ao Carnaval e viria, em pouco tempo, a se consagrar como uma das marcas registradas da música brasileira, o samba. Com notas mais longas e um andamento bem mais rápido que os ritmos amaxixados que o antecederam, o samba fora criado especialmente para arrebanhar as massas durantes os desfiles de um dos mais famosos blocos de carnaval, o Deixa Falar. A maior novidade estava por conta da evidente marcação que a música apresentava, graças a um novo instrumento, o surdo, criado por um dos bambas do Estácio, Alcebíades Barcelos, o Bide.
O surgimento de tantas novidades provocou uma verdadeira revolução, trazidas pelos compositores do Deixa Falar. Foi Ismael Silva o primeiro a atribuir ao bloco a expressão "escola de samba", e devido ao prestígio que gozavam, os sambistas eram chamados de professores. Há, porém, uma outra versão para o emprego da expressão "escola de samba". Bem próximo à sede do Deixa Falar, fundado em agosto de 1927, havia uma Escola Normal, formadora de professores. Como muitos sambistas de outros locais procuravam os compositores do Largo do Estácio para conhecerem as novidades do samba, estes também eram chamados "professores" e a sede do bloco, "escola de samba".
A Deixa falar foi então, a primeira escola a desfilar, no carnaval de 1929, ano em que surgiu a Estação Primeira, que até os dias de hoje reivindica para si o pioneirismo entre as escolas de samba. A primeira competição entre as escolas teve início em 1932, na Praça Onze, concurso promovido pelo jornal Mundo Sportivo, do jornalista Mário Filho. Devido à grande repercussão, o Jornal O Globo assumiu o concurso no ano seguinte. Somente em 1935 a Prefeitura do Rio tomou frente na organização do evento que é hoje, um dos maiores espetáculos do mundo.
O Carnaval da Bahia
Em Recife e Olinda o carnaval é dominado pelos imensos bonecos embalados pelo frevo
O Carnaval de Rua foi desaparecendo à medida que as Escolas de Samba ganhavam popularidade e apresentavam à público desfiles cada vez mais grandiosos. Na Bahia aconteceu exatamente o contrário. O carnaval de Salvador, a primeira capital do Brasil, evoluiu como no Rio de janeiro e em diversas outras partes do país. As iniciativas tomadas para conter os abusos do entrudo português fizeram surgir os bailes dos salões, com grande destaque para as festas à fantasia do teatro São João, o corso, os cordões e blocos diversos. O ano de 1884 é considerado um marco pelos baianos devido a organização apresentada pelas manifestações populares a partir deste ano.
No finalzinho do século XIX, por volta de 1894, 1895, surgiu o Afoxé, um tipo de grupo formado por negros que representavam casas de culto de herança africana e saíam às ruas cantando e recitando seqüências de músicas e letras. Os afoxés exibiam-se na Baixa dos Sapateiros, Taboão, Barroquinha e Pelourinho, enquanto os grandes clubes desfilavam em áreas mais nobres. O mais famoso afoxé é o "Filhos de Gandhy", criado em 1949 - ano do IV centenário da cidade - pelos estivadores do Porto de Salvador. O nome é uma homenagem ao pacifista indiano Mahatma Gandhy, assassinado um ano antes.
A maior inovação do Carnaval da Bahia porém, foi o Trio Elétrico de Dodô e Osmar, que surgiu em 1950 e representa a consagração do carnaval de rua. A primeira apresentação foi feita em cima de um Ford 1929, com guitarras elétricas e som amplificado por auto-falantes, às cinco da tarde do Domingo de carnaval. O desfile aconteceu no Centro da cidade arrastando uma verdadeira multidão. Na verdade, o nome "trio elétrico" só surgiu mesmo no ano seguinte, quando três músicos se apresentaram em cima do tal carro.
Nos anos 70 o carnaval presenciou o nascimento de grupos históricos, como os Novos Baianos e o bloco afro Ilê Aiyê, além do renascimento do Filhos de Gandhy. Era o começo do crescimento cultural do Carnaval de Salvador, que passou a enfatizar os conflitos e a protestar contra o racismo. Na década de 80, grupos como Camaleão, Eva e Olodum escreveram seus nomes na história da festa mais popular da Bahia.
Curiosidades do Carnaval no mundo
O carnaval de Veneza reúne, até hoje, os mais elegantes mascarados da Europa
A festa mais tradicional acontece, sem dúvida, na cidade de Veneza, na Itália, onde os foliões invadem as ruas e salões com luxuosas fantasias e as mais belas máscaras de carnaval. Mas em outros pontos da Europa e Américas há muito que comemorar. Com uma tradição de mais de 800 anos, o carnaval na cidade suíça da Basiléia ainda mantém as tradições seculares. Às quatro horas da madrugada da terça-feira gorda, chamados pelo sino da catedral e pelo rufar dos Schnitzelankler (tambores), os foliões mascarados invadem as ruas com lanternas coloridas cantando sátiras dos temas mais diversos, embalados pelo som de pífanos e flautas. Em Nice, na França, duzentas mil lâmpadas iluminam o desfile de carros alegóricos, liderado por aquele que leva o Rei do Carnaval. Os carros levam ainda enormes bonecos de papelão e moças ornamentadas de flores. Um tradição mantida é a queima do Rei do Carnaval em meio a um show de fogos de artifício na madrugada da quarta-feira de cinzas. Na capital, Paris, o carnaval se resume à terça-feira gorda, quando os estudantes espalham-se pelas ruas, praças e cafés. Além de cantar e dançar, eles promovem uma verdadeira guerra de ovos e farinhas, cujas maiores vítimas são os motoristas e ocupantes de automóveis, que não têm como escapar.
Na Alemanha, o carnaval mais animado acontece na cidade de Colônia. As tradições param nos desfiles de fantasias, pois a celebração maior é o encontro das pessoas nas ruas, quando os jovens tomam as cervejarias, adegas e salões de festa. Há também um cortejo de carros alegóricos onde os foliões fazem chover balas e bombons na multidão que acompanha a parada.

Na Bélgica, os foliões mantém a tradição e vestem-se de Gilles, os bufões da Idade Média
Em Nova Orleans, nos Estados Unidos, a tradição do carnaval, que começa na segunda feira, é mantida com o desfile de barcos enfeitados no Rio Mississipi. Há um tradicional baile de máscaras e fantasias no Spanish Plaza, aberto pelo rei da festa, chamado de Rex. Na terça-feira a multidão sai em massa nas ruas para assistir às parades - desfiles de carros alegóricos - organizadas pelas sociedades carnavalescas. Na América do Sul, além do Brasil, a Bolívia tem um carnaval bastante pitoresco. É nesta época do ano que acontece a Diablada, um desfile onde é encenada uma dramática batalha entre o Bem e o Mal, na cidade de Oruro, centro da mineração boliviana. Os homens se fantasiam com máscaras demoníacas, ornamentadas com serpentes aladas e dragões de três cabeças, representando os espíritos malignos que assombravam os primeiros operários, que temiam o trabalharem nas minas de estanho e prata por causa do perigo de passarem longo período de tempo debaixo da terra. Já o Bem é caracterizado pela figura da Virgem de Socavón, a virgem do túnel da mina para onde convergem os "diabos" no fim do desfile, já com suas máscaras na mão. Eles se ajoelham dentro da igreja e pedem proteção à Santa. Na saída, passam por um túnel prateado, que simboliza a saída da mina, e são banhados por água benta pelos padres da cidade, consumando o ritual do exorcismo. Em qualquer lugar do mundo, o carnaval sempre é uma festa única que, para estar completa, não deixa de reunir o sagrado e o profano.
Fontes: Carnaval, de Hiram Araújo e sites oficiais da Liesa - Liga Independente das Escolas de Samba, Prefeitura Municipal de Salvador, Estação Primeira de Mangueira e Mocidade Independente de Padre Miguel.

Nove internos da Fundação Casa são aprovados para vagas em faculdades

Número é recorde nas unidades que atendem cerca de 8.000 adolescentes.
Para frequentar aulas, é necessário autorização judicial.

Nove adolescentes que cumprem medidas socioeducativas em unidades da Fundação Casa em todo o Estado de São Paulo vão começar o ano letivo de 2012 no ensino superior. O número é recorde na Fundação que hoje atende cerca de 8.000 jovens infratores, em regime de internação e semi-liberdade, em 140 unidades.
Dos nove jovens, seis conseguiram vaga pelo Programa Universidade para Todos (Prouni) e os outros três prestaram o vestibular próprio da instituição. Não houve selecionados pelo Sistema de Seleção Unificado (Sisu). Somente dois adolescentes não conseguiram bolsa integral, eles não entraram pelo Prouni e obtiveram desconto de 50% junto às universidades. As mensalidades serão pagas pela família.

Uma adolescente da unidade de Guarulhos vai estudar musicoterapia; um jovem da unidade de Sorocaba vai cursar comércio exterior; um de Mogi Mirim, educação física. Em Franco da Rocha, dois jovens conseguiram vagas pelo Prouni em logística e produção cênica. Dois internos da unidade localizada na Rodovia Raposo Tavares entraram no curso de educação física. Em Iaras, no interior de São Paulo, dois adolescentes vão estudar em uma universidade de Avaré, um deles vai cursar educação física e o outro pedagogia.
Para frequentar as aulas, os estudantes precisam ter autorização judicial. Em alguns casos, solicita-se a extinção da medida ou a mudança para o regime de internação para, por exemplo, semi-liberdade (o adolescente volta para dormir na unidade) ou liberdade assistida (há um acompanhamento quinzenal, porém o jovem fica livre). Em última hipótese, quando não há liberação da Justiça, o adolescente vai às aulas acompanhado por um agente. “Neste caso há toda a cautela, para que o jovem não fique estigmatizado”, afirma Berenice Giannella, presidente da Fundação Casa, em entrevista ao G1.

Mulher que interrogou assassino do Presidente Kennedy diz à Globonews que Lee Oswald apertou o gatilho porque queria entrar para a História


Fonte:  Geneton Moraes Neto |
A Globonews exibe neste sábado, às 21:05, no DOSSIÊ GLOBONEWS, uma entrevista exclusiva com a mulher que teve a chance de interrogar longamente aquele que, pouco tempo depois, se tornaria um dos mais célebres assassinos da História: Lee Harvey Oswald, o homem que matou o Presidente John Kennedy.
Uma busca rápida na Amazon – a maior livraria virtual do planeta – indica que há 5.351 livros sobre o assassinato do presidente Kennedy. É uma obsessão americana.
Alguém já disse que é fácil explicar a existência de tantas e tantas teorias conspiratórias sobre o crime : é difícil imaginar que um homem fracassado, anônimo, desimportante e confuso possa, sozinho, tirar a vida de um Presidente jovem, bem-sucedido, carismático e popular. Mas pode. E foi o que aconteceu. Como a desimportância do assassino não combina com a dimensão da tragédia, os chamados “conspiracionistas” produzem, até hoje, todo tipo de teoria para dar um toque de grandeza à trama.
O novo livro de Stephen King, fabricante habitual de best-sellers, chama-se….”22/11/1963″.  Aos que nasceram ontem: sexta-feira, 22 de novembro de 1963, foi a data em que o um ex-fuzileiro naval chamado Lee Oswald disparou três tiros contra a comitiva do Presidente Kennedy numa praça em Dallas, no Texas.
 
 
 
 
 
22/11/1963: o Presidente Kennedy desembarca em Dallas com Jaqueline. Meia hora depois, seria atingido pelas balas de Lee Oswald

Jonathan Demme, diretor do filme “Silêncio dos Inocentes”, não perdeu tempo: já comprou os direitos para filmar o livro. O enredo não chega a ser original, mas deve garantir um bom filme de suspense:  alguém descobre que uma universidade americana desenvolve secretamente uma experiência de viagem no tempo. Resultado: volta ao dia 22 de novembro. Tenta influir no chamado “curso dos acontecimentos”.
Já se perdeu a conta de quantas e quantas teorias conspiratórias foram arquitetadas para tentar explicar a morte de Kennedy. Autores sérios – como o advogado Gerald Posner, autor do excelente “Case Closed” – confirmam: todas as análises feitas até hoje comprovam, sem sombra de dúvida, que as balas que mataram Kennedy só podem ter vindo de um lugar, com exclusão de todos os outros - a janela do sexto andar do Depósito de Livros Escolares do Texas. É uma questão de balística. Todo o resto é hipótese sem comprovação prática.
As balas só podem ter saído de uma arma: justamente, o rifle que foi encontrado na janela. As ranhuras encontradas nas balas que atingiram o Presidente casam perfeitamente com o rifle. E o rifle pertencia a uma pessoa, sem qualquer dúvida : Lee Harvey Oswald. A história se fecha assim.
O promotor Vincent Bugliosi publicou há pouco um livraço de mil e tantas páginas chamado “Reclaiming History: The Assassination of President Kennedy”. Passou vinte anos pesquisando as circunstâncias do assassinato. Queria publicar o livro definitivo sobre o caso. Tive a curiosidade de ler os principais trechos. Bugliosi não deixa margem a dúvidas: Oswald foi o único atirador. Os que acreditam em teorias conspiratórias podem continuar imaginando todas as conexões possíveis, mas os fatos são indesmentíveis: Oswald disparou três tiros contra o carro do Presidente. Acertou dois. Ponto final.
A BBC de Londres produziu um documentário chamado “Kennedy Assassination : Beyond Conspiracy”, encontrável, aliás, no You Tube, como quase tudo que se produz no planeta…O documentário prova - com tecnologia de hoje - que Oswald foi o único atirador. 
O fato de Oswald ter sido assassinado dois dias depois, diante das câmeras de TV, por Jack Ruby, dono de boate revoltado com a morte do Presidente, só serviu para alimentar a torrente de teorias. De novo: jamais alguém conseguiu provar consistentemente a existência de vínculos entre Jack Ruby e a Máfia, por exemplo.
Justiça se faça: há teorias conspiratórias que fazem todo sentido. O problema é que pesquisadores sérios não podem ( nem devem ) se deixar levar pelas tentações da imaginação. Um exemplo: uma das mais recorrentes teorias diz que Kennedy planejava promover, no final de 1963, uma redução do número de tropas americanas deslocadas para o Vietnam. A intenção de Kennedy foi descrita num documento. O chamado “complexo industrial-militar” não teria gostado nada da ideia porque perderia bilhões de dólares. Indústria armamentista vive de guerra. Resultado: a mão invisível do tal “complexo industrial militar” teria tramado o assassinado do Presidente. Faz sentido ? Faz. Mas, uma voz impertinente pergunta, para silêncio geral: cadê as provas ? 
O diretor Oliver Stone assume esta teoria conspiratória, no filme JFK. É um bom filme de “suspense”. Em alguns momentos, é arrebatador, como na cena do assassinato. Não por acaso, ganhou o Oscar de melhor montagem. Mas não se segura como documento histórico, porque apresenta como verdade consumada aquilo que é, na melhor das hipóteses, uma teoria discutível.
O irmão de Lee Oswald, Robert Oswald, resolveu parar de falar sobre o caso. Incomodei-o por telefone. O homem poderia ter desligado na hora por ter sido importunado pela enésima vez. Mas foi razoavelmente atencioso. Deu-se ao trabalho de dizer que - de uns anos para cá – resolvera guardar silêncio sobre o irmão . Já dissera e repetira que não tinha dúvidas de que Oswald agira sozinho. Numa gravação para a TV americana, disse que “se houve alguma conspiração, foi dentro da cebaça de Lee” . Ainda assim, Robert Oswald pediu que eu escrevesse dizendo o que eu queria. A mensagem – um pedido de entrevista - ficou sem resposta.
2013 vai marcar os cinquenta anos da morte de Kennedy. Vem aí uma torrente de livros, além do filme de Jonathan Demme. A obsessão continua. Mas tudo que tinha de ser investigado já foi. Não há crime que tenha sido tão esmiuçado. Cada metro quadrado da Dealey Plaza foi vasculhado. Cada frame de cada filme foi dissecado. E nada: ninguém nunca conseguiu provar que houve outro atirador, além do solitário Oswald, escondido na janela do sexto andar.
Gravei em Boston uma entrevista com Priscilla Johnson McMillan, a mulher que teve a chance de interrogar longamente Lee Oswald, em Moscou, na época em que ele tentava conseguir uma cidadania soviética. Tempos depois, ele se tornaria um dos mais célebres assassinos da História. Resultado:  Priscilla virou fonte importante de consulta sobre Lee Oswald. Porque pode dar um depoimento pessoal sobre ele. Priscilla foi ouvida pela comissão que investigou o assassinato do presidente. Terminou escrevendo um livro, hoje esgotado, objeto de desejo de colecionadores : “Marina & Lee” . Priscilla Johnson ficou amiga íntima da viúva de Lee Oswald, uma russa chamada Marina, fonte fundamental para o livro.
Por uma grande coincidência, ela tinha trabalhado com o então senador John Kennedy. É a única pessoa que conheceu tanto o Presidente quanto o assassino. Historiadora e jornalista, Priscilla já publicou livros sobre outros temas, como o ex-líder soviético Nikita Kruschev. Mas nada ocupa tanto suas atenções quanto a história daquele ex-fuzileiro que subiu ao sexto andar do Depósito de Livros, com um rifle camuflado, disposto a sair de uma vez por todas do anonimato.
 Trechos da entrevista de Priscilla Johnson McMillan para a Globonews, em que ela dá pistas sobre o homem Lee Harvey Oswald :
“Marina – com quem conversei por vários meses  - me contou  que ela e o marido falavam muito sobre os Kennedy. Falavam sobre os filhos e as ideias de Kennedy. Oswald parava para ouvir quando Kennedy falava no rádio. Os Oswald não tinham televisão em casa. Marina me contou que tivera em Minsk, na Rússia, um namorado que se parecia com Kennedy. E ela mantinha na mesa da sala de estar, nos EUA, uma foto de Kennedy, tirada da revista “Life”, para se lembrar do namorado. Logo no início de 1963, ela escreveu ao ex-namorado dizendo: ”Eu me arrependo de ter casado com Lee Oswald. Queria ter casado com você.” Mas Oswald interceptou a carta… Depois de visitar Oswald na prisão, quando ele foi preso por matar o policial Tippit e, possivelmente, por matar o presidente, Marina viu que ele parecia muito arrependido. Ela me disse: “Eu vi a culpa em seus olhos”.  A irmã do presidente Kennedy, Eunice, uma vez me perguntou: ”Por que Oswald odiava tanto meu irmão a ponto de matá-lo”?  Tive que responder: “Oswald gostava do seu irmão. Gostava de Jacqueline Kennedy.”  Mas havia vários aspectos de Kennedy que faziam com que Oswald quisesse se parecer com ele. Kennedy era um escritor com livros publicados. Oswald queria ser escritor. Kennedy era um oficial da marinha que lutara na Segunda Guerra Mundial. Oswald fora fuzileiro naval, mas fora rebaixado duas vezes do posto de cabo para o de marinheiro. Kennedy era um grande herói. Oswald gostaria de ser um. Como o presidente, Oswald era casado e tinha dois filhos. Havia semelhanças. Oswald lia bastante sobre Kennedy. Discordava de algumas de suas políticas, mas concordava, principalmente, com a dos direitos civis. Havia,então, esse apreço. É preciso se importar e gostar de uma pessoa antes de odiá-la a ponto de querer matá-la”. 
 
 
 
 
 
 
Lee Oswald: cem por cento dos estudos sérios o apontam como único atirador

“O maior motivo pelo qual Oswald matou Kennedy foi entrar para a História. Depois que Oswald saiu da minha sala, - já era tarde da noite -, sentei à minha escrivaninha e escrevi um artigo sobre ele. Eu levei a história no dia seguinte ao Telégrafo Central de Moscou, onde a imprensa ocidental submetia seus artigos ao censor. Entreguei meu artigo, mas o censor não cortou nada. Perguntei a Oswald que vida ele levaria se ele tivesse que voltar aos EUA. Oswald me disse: “Minha mãe trabalhou a vida toda. É um bom exemplo do que acontece com trabalhadores nos EUA.”  Oswald achava que se tornaria apenas um trabalhador comum e teria uma vida horrível, como ele achava que a mãe tinha nos EUA”. 
“Marina me contou que Oswald não teria cumprido ordens, não teria participado de uma conspiração. Se alguém lhe dissesse para atirar em outra pessoa, ele se recusaria pelo simples fato de que alguém mandou que o fizesse. Oswald resistia tanto a receber ordens que não teria atirado em ninguém se alguém o mandasse fazer algo assim. Teria feito o contrário”

quinta-feira, fevereiro 09, 2012

Cursinho da AJAP começa a funcionar em março



Uma boa notícia para os alunos da Escola Estadual Amaro Cavalcanti: o Cursinho da AJAP estará em funcionamento a partir de março deste ano.

O cursinho, que é uma parceria da AJAP (Associação Amigos de Jardim de Piranhas) e Escola Amaro Cavalcanti, vem preencher uma lacuna,  no que diz respeito à preparação dos alunos carentes na difícil disputa por uma vaga na universidade.

A comissão organizadora  comunica que esse cursinho é exclusivo para o alunado carente, especialmente aquele matriculado no 3º ano daquela escola, e funcionará na sede da AJAP,  contando com professores já experimentados em cursinhos da cidade de Caicó.

Serão 60 vagas, que serão preenchidas por alunos dos turnos matutino e vespertino. Caso haja vagas ociosas, serão ocupadas por uma lista de espera formada por alunos que concluíram o nível médio em 2011 e anos anteriores.

Aos sábados, funcionará o INTENSIVÃO DA AJAP, apenas para os alunos que estudam à noite naquela escola. O intensivão será um curso eminentemente prático, destinado àqueles que precisam de uma atualização rápida sobre o que se tem exigido nos últimos vestibulares.

Mais informações, procurar a secretaria da Escola Estadual Amaro Cavalcanti.