segunda-feira, março 08, 2010

Problema de Adriano é bebida, diz dirigente

Imperador, que ainda não treinou no Flamengo desde que serviu à seleção, estaria em depressão por causa de briga com a namorada


AUSÊNCIA CONSTANTE - Nos últimos 10 dias, Adriano não treinou no Fla e participou de apenas um rachão e um jogo, ambos pela seleção

O mais novo adversário do atacante Adriano, do Flamengo, é a bebida alcoólica, que ele estaria consumindo sem controle há alguns dias. Foi essa a revelação do vice-presidente de futebol do clube, Marcos Braz, depois de ter de explicar várias vezes os motivos que levaram o Flamengo a liberar Adriano de dois jogos: no fim de semana, com o Resende, e o de quarta-feira, contra o Caracas, pela Taça Libertadores.

Adriano foi o pivô de um escândalo na madrugada de sexta-feira, na Favela da Chatuba, zona norte do Rio, onde estava com outros atletas do Flamengo. Ele discutiu asperamente com sua namorada, Joana Machado, que chegou ao local de surpresa. A confusão se acirrou quando a modelo quebrou o carro de Adriano e danificou outros três automóveis, dos jogadores Vagner Love, Dênis Marques e Álvaro. "Ele procurou novamente a bebida", declarou Braz, preocupado com o futuro do Imperador.

De 26 de fevereiro a ontem, Adriano só participou de um treino - um recreativo, conhecido como rachão, na véspera de Brasil x Irlanda. No jogo, atuou até o início do segundo tempo. Desde que chegou ao Rio, na quinta-feira, não fez atividade nenhuma no Flamengo. Hoje, é esperado na sede do clube para um treinamento especial.

Escândalos à parte, Adriano pode ter sua presença ameaçada na Copa se ficar sem jogar pelo Flamengo por causa de problemas particulares. O incidente de sexta-feira irritou o técnico da seleção, Dunga. A tendência, porém, é que Adriano continue com a vaga na equipe, desde que atue normalmente pelo time da Gávea nas próximas rodadas do Campeonato Carioca e da Libertadores.

Dunga já fez vista grossa para outras atitudes de Adriano que ganharam publicidade, antes mesmo de o atleta abandonar a Inter de Milão e vir para o Rio com o discurso de que deixaria o futebol. Desta vez, o técnico não vai fazer nenhum comentário público. Mas pode, mais tarde, usar argumento idêntico ao que utilizou para preterir Ronaldo Fenômeno - desde 2006 está fora da seleção: é preciso ter sequência de jogos para ser convocado. Portanto, se Adriano se esquivar dos próximos compromissos do clube, estará correndo sério risco de ver a Copa pela tevê.

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