Rede estadual também segue parada
Professores prometem para hoje uma série de protestos em todas as regiões da cidade
Adriana Amorim
Adriana Amorim
Era evidente a decepção estampada nos rostos dos irmãos Janaína e Antônio Dantas, estudantes que vieram de Messias Targino para estudar em Natal, ao saber que a greve dos professores estaduais vai continuar. Eles foram ontem à Escola Estadual Winston Churchill, ao final na manhã, acompanhar o resultado da assembleia promovida pelo Sindicato dos Trabalhadores em Educação (Sinte) para decidir os rumos do ano letivo, que deveria ter sido iniciado no dia 1º deste mês, data em que começou a paralisação. "Entendemos o lado dos professores, mas estamos sendo prejudicados, ainda mais por este ser um ano de vestibular e Enem para nós", disse Janaína.
Decisão foi tomada pelos docentes em assembleia realizada ontem na Escola Estadual Winston Churchill Foto: Carlos Santos/DN/D.A Press |
"A proposta para a segunda parcela, a ser paga em setembro, não é a melhor, mas não podemos jogá-la no lixo", posicionou-se Fátima. Mas, para os professores, a greve está apenas no início e só agora começa a ganhar força. Durante a assembleia, a notícia de que 90% das escolas de Caicó aderiram ao movimento, por exemplo, soou como vitória.
Mobilizações
O Sinte apresentou seu plano visando mobilizar mais professores em Natal e deve propor ainda esta semana um calendário de atividades nos demais municípios. Para hoje, estão agendados atos públicos em todas as regiões da cidade, com concentrações às 7h: Zona Norte (Nordestão); Zona Sul (Escola Estadual Rêgulo Tinôco, próximo ao Machadão); Zona Oeste (E. E. Francisco Ivo Cavalcanti); Zona Leste (E. E. Isabel Gondim), Centro (sede do Sinte). Já amanhã, os profissionais farão um acampamento pela manhã na praça Gentil Ferreira, no Alecrim, partindo em passeata à tarde até o centro da cidade, provocanto o fechamento de diversas vias. Por fim, uma nova assembleia será realizada na sexta, no Winston Churchill, às 14h.
Além do piso de R$ 1.326 para nível médio e R$ 1.836 para superior, o Sinte anseia pela criação de plano de carreira também para funcionários, além da continuidade das promoções verticais aos professores. "Também propomos a realização de um novo concurso público com contratação de quatro mil professores e, assim, ser possível a liberação de 2,5 mil profissionais com direito a licenças-prêmio há muito tempo", apontou Fátima Cardoso, anunciando para o dia 15 deste mês uma audiência na 1ª Vara do Trabalho, quando o Sinte testemunhará contra o estado acerca da contratação de estagiários.
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