sexta-feira, janeiro 29, 2010

Choro forçado, fuga de clube e gafe marcam transferências polêmicas de Robinho
Em busca de dinheiro e título de melhor do mundo, atacante coleciona histórias de embate após três trocas de clube em menos de cinco anos

iG São Paulo

Desde que estourou no Santos, em 2002, Robinho teve todas as oportunidades que um jogador de futebol pode sonhar. Aos 21 anos, chegou ao Real Madrid com status de astro, atuou ao lado de alguns dos melhores jogadores do mundo, foi comandado por um treinador brasileiro em quem podia confiar e ganhou muito dinheiro.

Depois, ganhou mais dinheiro ao transferir-se para o badalado futebol inglês, para jogar num clube emergente onde seria a grande estrela. Nesse intervalo de tempo, o atacante não realizou o sonho de tornar-se o melhor do mundo. Pelo contrário, colecionou histórias que envolvem choro forçado, fuga e pressão para mudar de clube.


Robinho fala sobre sequestro da mãe, drama que, segundo ele, virou uma razão para deixar o Brasil


Confronto com o Santos

O garoto de pernas finas e dribles rápidos arrasou as defesas adversárias no Brasil e comandou o Santos na conquista do Campeonato Brasileiro de 2002, título que voltou a vencer dois anos depois.“Robinho resolveu todos os problemas do clube. Dentro e fora de campo”, diz Emerson Leão, então técnico daquele time de garotos. O treinador nem foi o primeiro a trabalhar com o rei das pedaladas nos profissionais: Celso Roth já havia escalado o garoto, então com 18 anos. Mas foi com o ex-goleiro que ele estourou.

Com Robinho, o clube tinha voltado a vencer títulos, mas faltava uma coisa: lucrar. O presidente santista sabia que a sua jóia mais preciosa seria negociada — e queria isso. No mundo ideal de Marcelo Teixeira, a venda ocorreria apenas após o Mundial da Alemanha, em 2006. Mas, um ano antes disso, o atacante já não pensava em seguir na Vila Belmiro.

O seqüestro de sua mãe — Marina Lima de Souza ficou 41 dias em cativeiro —, além de uma proposta milionária e a chance de realizar o sonho de jogar no Real Madrid eram motivos suficientes para deixar o clube. “Naquele momento, Robinho não se sentia seguro no Brasil. Ele precisava sair e deixamos isso claro para o Santos”, conta Wagner Ribeiro, que na época administrava a carreira do jogador.

Formou-se o impasse, e a estratégia do agente era de embate: “O time ia se apresentar em Santos? Sem problemas, mandávamos Robinho para Angra dos Reis e ele não aparecia no clube”. Segundo Ribeiro, que desde de 2007 não trabalha mais com o jogador, a tática de confronto deu certo. Robinho foi vendido por US$ 30 milhões. Porém, empresário e jogador tiveram que abrir mão dos 40% que tinham direito no valor da venda — aproximadamente US$ 12 milhões.


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