quinta-feira, julho 01, 2010

A partir das quartas de final, que começam amanhã, poderemos ter encontros pra lá de especiais nesta Copa do Mundo. Após uma passada de olhos nos cruzamentos, dá pra imaginar o que poderá vir pela frente com uma visão histórica do que passou -- e do que virá.

De um lado da chave, temos Brasil x Holanda e Uruguai x Gana. O confronto entre brasileiros e holandeses já é, pode-se dizer, um acerto de contas. Lógico que pela ótica dos alaranjados, que foram batidos pelos brasileiros nas quartas de final na Copa de 1994 e nas semifinais na Copa de 1998. Do outro lado, vamos ver Argentina x Alemanha e Paraguai x Espanha. O duelo entre argentinos e alemães é um tira-teima. Em 86, los hermanos foram campeões, vencendo por 3 a 2. Em 90, os alemães deram o troco, ganharam por 1 a 0 e ficaram com o título. Lembro-me da imagem de Maradona chorando. O jogo de sábado não é uma final, mas é mais de meio caminho andado até ela.

Nas semifinais, as perspectivas aumentam. Imagine o que poderá ser um Brasil x Uruguai. Falar da Copa de 50 já virou lugar-comum. Prefiro avançar no tempo: Copa de 70, na qual os brasileiros bateram nossos grandes rivais por 3 a 1 também numa semifinal antes do tri. Uruguai x Holanda não terá o mesmo charme, mas para os uruguaios seria uma oportunidade de ajuste de contas: na Copa de 74, levaram um baile do Carrossel de 4 a 0. Chocolate histórico, um dos maiores dos Mundiais. S

eja qual for o cruzamento na outra semifinal não deixará de ser marcante. Mesmo um improvável Argentina x Paraguai. Desde a final da primeira Copa, em 30, entre argentinos e uruguaios, nunca houve cruzamentos entre sul-americanos em fases decisivas de Copas sem a presença de brasileiros. Argentina x Espanha ou Alemanha x Espanha, mesmo sem antecedentes marcantes em Copas, seriam jogos de tirar o fôlego. A final, então, nem se fala. Se o Carrossel avançar, poderemos ver a reedição da final da Copa de 74, contra os alemães; ou a da Copa de 78, contra a Argentina.

Se o Brasil gramado do Soccer City eno dia 11, o peso histórico não será menos impressionante. Além de uma inédita decisão entre brasileiros e espanhóis (alguém vai lembrar "As touradas de Madri" na goleada de 6 a 1 em 50), poderemos ter um Brasil x Alemanha, reeditando a final da Copa de 2002; e o melhor de todos os confrontos: Brasil x Argentina, o maior clássico entre seleções do mundo. Seria a final dos sonhos -- ou dos pesadelos.

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