Enquanto as séries da alta temporada não chegam, outras, com menos capítulos, ganham espaço e, muitas vezes, também continuidade. Por Solange Noronha
Os seriados com mais episódios e mais audiência — ao menos nos EUA — estão de férias. Para cobrir o período, surgem na TV produções menores em tamanho — o que não significa, necessariamente, que sejam feitas com baixo padrão de qualidade — e, quando agradam por lá, garantem nova temporada.
Entre as estreias bem-sucedidas de 2011 estão algumas tramas estreladas pelos profissionais mais amados pelos criadores de séries: policiais e advogados. Neste último caso, faz sucesso no momento o estilo mais para o bem-humorado e com poucas cenas de tribunal — ou seja, nada que lembre “Law & order”.
Tanto “Suits” quanto “Franklin & Bash” apostam em duplas masculinas como protagonistas: na primeira, um mentor boa pinta e esperto (Gabriel Macht) e seu protegido, de prodigiosa memória (Patrick J. Abrams); na segunda, os amigos de longa data e grandes farristas vividos pelo baixinho simpático Breckin Meyer — dono do Garfield nos filmes do gato famoso — e o bonitinho Mark-Paul Gosselaar — com muitas séries no currículo. Quem gostou das duas novidades pode aguardar que, no ano que vem, tem mais.
Menos sorte teve a canadense “Shattered”, inicialmente anunciada pelo Universal com 18 episódios. Pouco antes da estreia, porém, o canal já havia trocado as chamadas, diminuindo a quantidade para 13 — número que consta no IMDb, mas não bate com o de outros sites especializados, em que aparecem apenas dez. Uma pena, pois o charmoso ator Callum Keith Rennie está muito bem na pele do detetive com sérios distúrbios de personalidade, que desconcerta sua doce parceira — uma Camille Sullivan bem diferente da que pode ser vista na segunda temporada de “Rookie Blue”, um seriado “tapa-buraco” que cresceu e apareceu com sua estratégia de mostrar a rotina de policiais recém-formados e atrair o público mais jovem.
Colcha de retalhos
Já o australiano “Underbelly” parece ter emplacado muito bem em seu país de origem. Aqui, porém, quem precisa de muita sorte para vê-lo é o assinante do Globosat HD, um canal que, no lugar da tradicional grade de programação, tem uma colcha de retalhos. Após alguma pesquisa, é possível saber que está sendo exibida aqui a segunda temporada, devido à presença no elenco de Matt Passmore — astro de “The Glades”, outra série pequena que começou como quem não quer nada e conseguiu sobreviver com tramas despretensiosas, algum drama romântico e personagens simpáticos.
Vai ser muito bom se o Globosat HD virar um canal de verdade — com perfil, programas e horários definidos — e passar integralmente “Underbelly”, que, originalmente, começa mostrando fatos ocorridos na Austrália de 1995 a 2004, envolvendo mafiosos, policiais corruptos, sexo, drogas e muita, muita violência. O episódio de estreia, pelo visto na internet, tem uma levada à la Guy Ritchie que empolga. E como a parte que está sendo exibida no Brasil é mais recente, mas refere-se a fatos anteriores (é ambientada entre 1976 e 1987), não tem problema se a primeira temporada for ao ar depois.
Quem gosta desse estilo de policial — à moda de “Os Sopranos” e, ainda por cima, com base em histórias da vida real — agradece e pede mais, pois “Underbelly” já vai para o quarto ano na terra dos coalas e cangurus e está ganhando “spin-off” (ou “filhote”) na Nova Zelândia. Além disso, como já foi comentado neste espaço, quem paga (caro) para ter uma televisão diversificada em casa merece respeito e qualidade.
Caro leitor,
Você é fã de histórias policiais?
E de tramas judiciais?
Qual é o seu estilo favorito em ambas? Prefere quando o tom é mais sério, mais cômico, ou tanto o drama quanto a comédia têm vez na sua programação?
Nenhum comentário:
Postar um comentário