quinta-feira, agosto 25, 2011

Seriados - Policiais e advogados em pequenas doses e para todos os gostos

Enquanto as séries da alta temporada não chegam, outras, com menos capítulos, ganham espaço e, muitas vezes, também continuidade. Por Solange Noronha
 
Os seriados com mais episódios e mais audiência — ao menos nos EUA — estão de férias. Para cobrir o período, surgem na TV produções menores em tamanho — o que não significa, necessariamente, que sejam feitas com baixo padrão de qualidade — e, quando agradam por lá, garantem nova temporada.
Entre as estreias bem-sucedidas de 2011 estão algumas tramas estreladas pelos profissionais mais amados pelos criadores de séries: policiais e advogados. Neste último caso, faz sucesso no momento o estilo mais para o bem-humorado e com poucas cenas de tribunal — ou seja, nada que lembre “Law & order”. 

Tanto “Suits” quanto “Franklin & Bash” apostam em duplas masculinas como protagonistas: na primeira, um mentor boa pinta e esperto (Gabriel Macht) e seu protegido, de prodigiosa memória (Patrick J. Abrams); na segunda, os amigos de longa data e grandes farristas vividos pelo baixinho simpático Breckin Meyer — dono do Garfield nos filmes do gato famoso — e o bonitinho Mark-Paul Gosselaar — com muitas séries no currículo. Quem gostou das duas novidades pode aguardar que, no ano que vem, tem mais.
Franklin & Bash
Franklin & Bash

Menos sorte teve a canadense “Shattered”, inicialmente anunciada pelo Universal com 18 episódios. Pouco antes da estreia, porém, o canal já havia trocado as chamadas, diminuindo a quantidade para 13 — número que consta no IMDb, mas não bate com o de outros sites especializados, em que aparecem apenas dez. Uma pena, pois o charmoso ator Callum Keith Rennie está muito bem na pele do detetive com sérios distúrbios de personalidade, que desconcerta sua doce parceira — uma Camille Sullivan bem diferente da que pode ser vista na segunda temporada de “Rookie Blue”, um seriado “tapa-buraco” que cresceu e apareceu com sua estratégia de mostrar a rotina de policiais recém-formados e atrair o público mais jovem.

Colcha de retalhos

Já o australiano “Underbelly” parece ter emplacado muito bem em seu país de origem. Aqui, porém, quem precisa de muita sorte para vê-lo é o assinante do Globosat HD, um canal que, no lugar da tradicional grade de programação, tem uma colcha de retalhos. Após alguma pesquisa, é possível saber que está sendo exibida aqui a segunda temporada, devido à presença no elenco de Matt Passmore — astro de “The Glades”, outra série pequena que começou como quem não quer nada e conseguiu sobreviver com tramas despretensiosas, algum drama romântico e personagens simpáticos.
Elenco de Underbelly
Elenco de Underbelly

Vai ser muito bom se o Globosat HD virar um canal de verdade — com perfil, programas e horários definidos — e passar integralmente “Underbelly”, que, originalmente, começa mostrando fatos ocorridos na Austrália de 1995 a 2004, envolvendo mafiosos, policiais corruptos, sexo, drogas e muita, muita violência. O episódio de estreia, pelo visto na internet, tem uma levada à la Guy Ritchie que empolga. E como a parte que está sendo exibida no Brasil é mais recente, mas refere-se a fatos anteriores (é ambientada entre 1976 e 1987), não tem problema se a primeira temporada for ao ar depois.
Quem gosta desse estilo de policial — à moda de “Os Sopranos” e, ainda por cima, com base em histórias da vida real — agradece e pede mais, pois “Underbelly” já vai para o quarto ano na terra dos coalas e cangurus e está ganhando “spin-off” (ou “filhote”) na Nova Zelândia. Além disso, como já foi comentado neste espaço, quem paga (caro) para ter uma televisão diversificada em casa merece respeito e qualidade.

Caro leitor,
Você é fã de histórias policiais?
E de tramas judiciais?
Qual é o seu estilo favorito em ambas? Prefere quando o tom é mais sério, mais cômico, ou tanto o drama quanto a comédia têm vez na sua programação?

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