Esse projeto é uma iniciativa da secretaria de saúde do município com um total apoio da prefeitura municipal, ele tem como objetivo principal atender os idosos que estão cadastrados no referido projeto.
Esse momento das fotos são atividades físicas, executado pelos idosos com a orientação do profissional graduado em educação física pela UERN o Sr: Rubens Gomes da Silva CREF 000419 G RN. Ele relata os benefícios da atividade física na terceira idade.
A prática de atividade física na terceira idade vem se tornando um fenômeno cada vez mais comum. Isto se deve ao simples fato que praticar qualquer tipo de atividade física já melhora e muito a qualidade de vida das pessoas com idade avançada. Segundo estudos, os maiores benefícios comprovados resumem-se basicamente ao aumento da resistência e força muscular.
De forma geral, a atividade física pode trazer resposta muscular rápida e eficiente. Tanto é verdade que centros especializados em reumatologia estão investindo em espaços destinados ao condicionamento físico na terceira idade. Porém os benefícios não param por aí, existem muitos outros atrelados a esta população.
Algumas mudanças são comuns com o envelhecimento: Aumento na quantidade de gordura no organismo, diminuição da força muscular (diminuição da massa muscular), osteoporose (diminuição da massa óssea), ligamentos e tendões mais fracos, diminuição dos reflexos de ação e reação, diminuição da coordenação, habilidade motora e da aptidão física.
De acordo com dados da Sociedade Brasileira de Geriatria e Gerontologia, aproximadamente 5% de quedas que acometem idosos levam a fraturas, sendo que as mulheres fraturam mais que os homens, mas estes morrem mais de fraturas. Quando não ocorre fratura, a dor e a redução dos movimentos podem causar isolamento pela diminuição da auto-estima, tanto pela queda quanto pelo aumento da dependência.
Através de exercícios, além de combater a obesidade, o que evita e retarda o surgimento de diabetes, e melhora a capacidade aeróbica também é possível reduzir-se a perda da massa óssea (osteoporose), e em alguns casos, recuperá-la. Junto a isso, músculos e ossos fortes diminuem os riscos de quedas e de fraturas de fêmur e de quadril, tão temidas após os sessenta anos. O que poucos sabem é que o fortalecimento muscular reduz dores já existentes provenientes de doenças como artrite, tendinite, bursite, artrose (bico de papagaio) e problemas de coluna, segundo Evelin Goldemberg, doutora em reumatologia da Escola Paulista de medicina em São Paulo (UNIFESP).
Há cada vez mais evidências científicas apontando o efeito benéfico de um estilo de vida ativo na manutenção da capacidade funcional e da autonomia física durante o processo de envelhecimento. Além dos benefícios já citados anteriormente podemos ainda acrescentar: melhoria da coordenação motora, ganho de equilíbrio, ganho de flexibilidade, ganho de velocidade ao andar, diminuição do risco de doenças cardiovasculares, controle de diabetes, diminuição geral de dores (endorfinas), e sensação de bem estar.
Estudos de Harvard que relacionam longevidade e atividade física têm demonstrado que os indivíduos fisicamente ativos apresentam menor deterioração da aptidão física. Cerca de 14.000 ex-alunos de Harvard, foram acompanhados por 22 anos, e observou-se que os indivíduos que começaram a praticar esportes experimentaram índice 21% menor de morte que aqueles habitualmente sedentários. Aqueles que se tornaram mais ativos experimentaram um índice 28% menor de morte e os que sempre se mantiveram ativos, um índice 37% menor que os que nunca fizeram exercícios vigorosos.
O aumento na expectativa de vida quando os mais ativos foram comparados aos poucos ativo foi em média de 2,51 anos para indivíduos de 35-39 anos de idade no início do estudo e de 0,42 anos nos indivíduos de 75-79 anos. Um dado também interessante foi o fato de que a porcentagem de indivíduos maiores de 80 anos foi maior entre indivíduos mais ativos (69,7%) do que nos menos ativos (59,8%). Evidências epidemiológicas mais recentes sustentam que o hábito de realizar atividades físicas leves ou moderadas reduz a taxa de mortalidade total e a de mortalidade por causa cardiovascular em homens de idade avançada.
Segundo dados científicos a participação em um programa de exercício leva à redução de 25% nos casos de doenças cardiovasculares, 10% nos casos de acidente vascular cerebral, doença respiratória crônica e distúrbios mentais. Talvez o mais importante seja o fato que reduz de 30% para 10% o número de indivíduos incapazes de cuidar de si mesmos, além de desempenhar papel fundamental para facilitar a adaptação à aposentadoria.
Este último parágrafo ressalta algo mais importante que a própria longevidade em si, que é a qualidade de vida na terceira idade. A prática de atividade física resgata características de saúde juvenil para população de idade avançada, isto tem um valor inestimável. Portanto, todo idoso deve procurar um programa de atividade física de acordo com suas características e restrições, se possível, acompanhado de um profissional gabaritado.
AGRADECIMENTOS: PROFESSOR: RUBENS GOMES DA SILVA
Fonte: Blog do Naquib