Governo do Estado vai implantar sistema de avaliação da Educação Básica semelhante ao IDEB

A Secretaria de Estado da Educação e da Cultura vai implantar o Sistema de Avaliação da Educação Básica do Rio Grande do Norte. O Sistema é semelhante ao Índice de Desenvolvimento da Educação Básica (IDEB) e vai permitir acompanhar o desempenho escolar dos alunos com base na mesma metodologia adotada pelo MEC/INEP e outros estados da Federação para avaliações em larga escala. A aplicação dos primeiros testes está prevista para o final de novembro e a divulgação das análises para o mês de dezembro.

Os resultados permitirão conhecer o perfil de cada uma das escolas da rede estadual e acompanhar sua progressão ao longo dos anos. A associação entre os resultados nas provas objetivas e as respostas aos questionários de contexto irão oferecer extenso material para análise dos fatores que influenciam o desempenho dos alunos nos aspectos ligados a origem social, as características das escolas e desempenho dos educadores para permitir a adoção de políticas que melhorem a qualidade da educação básica do Estado.

O modelo de elaboração das questões, montagem das provas, aplicação dos instrumentos de avaliação e de contexto, processamento dos dados e alimentação do banco de dados vai seguir orientações reconhecidas internacionalmente, que são referência nos sistemas estaduais e federais em operação no Brasil. Os instrumentos a serem utilizados são provas com itens de múltipla escolha e questionários a serem respondidos por alunos, professores e diretores.

O sistema compreenderá avaliações de Língua Portuguesa e de Matemática que serão aplicadas inicialmente por amostragem em turmas do 5º ano do ensino fundamental das escolas estaduais circunscritas a 1ª Dired, que compreende os municípios de Natal, Extremoz, Macaíba e São Gonçalo do Amarante, em um projeto piloto. Posteriormente a SEEC vai estender esse projeto para todo estado e incluir turmas do 9º ano do ensino fundamental a 3ª série do ensino médio.

O IDEB estadual também vai contar com a definição de uma matriz de referências, a partir da identificação dos conteúdos curriculares a serem abordados nas questões da prova, expressando as principais competências a serem desenvolvidas pelos alunos ao longo do processo de ensino-aprendizagem em cada nível de escolaridade.

As provas serão elaboradas por professores do ensino médio do estado, selecionados em processo de capacitação específico a partir dos critérios de metodologia adotada, que também prevê testes e seleção dos itens num processo que permita a garantia de criação de um banco de dados para análises estatísticas confiáveis, totalmente desenvolvido sob a supervisão de consultoria especializada.

Os indicadores obtidos, ao longo dos anos, serão comparados com a prática, ou seja, será feita uma relação do que está sendo executado nas escolas com os resultados obtidos. Segundo o secretário de Educação e Cultura do Estado, Otávio Augusto de Araújo Tavares, "a avaliação por si só não adianta é preciso utilizar os dados para avaliar os indicadores de qualidade na educação." Ele citou seis indicadores necessários para atingir melhores resultados: infraestrutura física, qualificação de docentes, proposta pedagógica, clima institucional, sistema de ingresso, permanência e sucesso e a valorização profissional.

"Dentro de cada eixo desses, a avaliação deve verificar a condição de indicadores e quais são os critérios que agente vai utilizar. Então, o índice pelo índice sozinho não adianta. O sistema tem que ser utilizado para atingir determinadas metas que são esses indicadores de qualidade", disse o secretário. Os indicadores citados por ele, são os indicadores de qualidade na educação publicados pelo MEC e pelo INEP no ano de 2006.