quinta-feira, outubro 01, 2009

Prova do Enem foi furtada. Prejuízo de pelo menos R$ 20 milhões


Redação - Ig

A expectativa do ministério é realizar o exame em 45 dias, mas ainda não há data definida

SÃO PAULO - O ministro da Educação, Fernando Haddad, disse na manhã desta quinta-feira, em entrevista à rádio "CBN", que o prejuízo com o cancelamento das provas do Enem deve ser de R$ 20 milhões a R$ 30 milhões. O exame, que seria realizado no próximo fim de semana, foi suspenso após indícios de que a prova tenha sido furtada.

O jornal "O Estado de S. Paulo" informou a Haddad que teria sido procurado nesta quarta-feira por um homem que disse, ao telefone, ter as duas provas que entregaria em troca de R$ 500 mil. De acordo com o ministro, "a jornalista [que informou o ministério da ocorrência] fez uma descrição de alguns elementos constitutivos da prova".

Depois de ter sido alertado, o ministro reuniu a equipe do Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais (Inep), que constatou "fortes evidências" de que a prova teria sido furtada. "Diante disso, só nos resta cancelar", disse ele.

O ministro afirmou ainda que acredita que o roubo tenha ocorrido no transporte dos exames. "A elaboração [da prova] é muito restrita, cada equipe faz uma. Não foram os itens da prova, foi a prova impressa. Não existe prova impressa no ministério. A prova impressa só existe a partir da gráfica. Eu acredito que tenha sido no transporte".

Ainda segundo Haddad, a Polícia Federal será acionada para investigar o roubo dos exames.

Novo exame

Segundo o ministro, uma outra versão da prova está pronta e a impressão e distribuição do material para os locais de exame devem levar cerca de três semanas. Ainda não foi definida uma nova data para a realização do Enem. A expectativa do ministério é realizar o exame em 45 dias.

Em entrevista à "Globo News", Haddad tentou tranquilizar os estudantes. "Quem fez a inscrição, a inscrição continua valendo. Aproveitem o tempo a mais que vocês têm para estudar", disse.

(*Com informações do jornal "O Estado de S. Paulo")

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