Dono de pizzaria tentou intermediar venda de prova do Enem
SÃO PAULO - O proprietário da Donna Pizzaria & Restaurante, Luciano Rodrigues, entrou em contato telefônico com a redação do jornal “Folha de S. Paulo” apresentando homens que dizia estarem de posse de um caderno de questões do Exame Nacional do Ensino Médio (Enem) a quatro dias da prova.
De acordo com o jornal, Luciano tentou intermediar a venda da prova. Um dos homens citado pelo dono da pizzaria chegou a entrar em contato com a redação por volta das 23h40 desta quinta-feira, marcando um encontro com a reportagem, mas não apareceu.
A indicação de vazamento da prova do Enem levou o Ministério da Educação a cancelar, na madrugada desta quinta-feira, a prova que seria aplicada no fim de semana para 4,5 milhões de candidatos em 1,8 mil cidades do País. O jornal "O Estado de S. Paulo", que divulgou primeiro a notícia sobre o vazamento da prova, informou que homens pediram R$ 500 mil pelo material. Em reportagem publicada nesta quinta, o jornal disse que não pagou pelo exame.
O ministro da Educação, Fernando Haddad, que diz nunca ter tido acesso ao conteúdo da prova, confirmou o vazamento ao consultar técnicos do Inep, órgão do ministério responsável pelo Enem. Uma nova versão da prova já está pronta e o exame deverá ser realizado no prazo de 45 dias.
Investigação
Segundo Haddad, um inquérito da Polícia Federal foi aberto nesta quinta para investigar o possível furto. A apuração terá foco em São Paulo.
A Plural Editora e Gráfica Ltda, empresa responsável pela impressão das provas do Enem (Exame Nacional do Ensino Médio) 2009, divulgou uma carta na qual afirma que entregará ao Ministério da Educação (MEC) e ao Consórcio Nacional de Avaliação e Seleção (Connasel) 122 DVDs com imagens da operação de produção das provas nas suas diversas fases.
A empresa assegura não ter tido qualquer responsabilidade no episódio de vazamento do conteúdo da prova. A Plural afirma, ainda, que não coube à empresa a separação, o transporte e a distribuição das provas.
Reunião
Representantes do MEC, do Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais (Inep) e do consórcio responsável por todas as etapas de realização do Enem - cuja empresa líder é a Consultec, da Bahia - reúnem-se nesta sexta-feira de manhã no MEC.
Os objetivos da reunião são tentar mapear onde pode ter ocorrido o vazamento da prova, estudar a melhor data para a aplicação dos testes em novembro e definir as próximas medidas a serem adotadas.
(*Com informações da Agência Brasil)
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