Você fica ansioso quando vai fazer uma prova? E isso atrapalha seu desempenho? Infelizmente, nas situações mais importantes, a performance das pessoas acaba sendo mais baixa do que suas capacidades; é como se elas sofressem um bloqueio. Mas um estudo da Universidade de Chicago, publicado na Science do dia 14 de janeiro, deve ajudar a diminuir o nervoso na hora da prova. Os pesquisadores Ramirez e Sian Beilock mostraram que escrever um pouquinho sobre essa ansiedade minutos antes da prova contribui para diminuir a agonia dos alunos. Um breve texto feito 10 minutos antes do teste pode evitar bloqueios e melhorar a nota em até um ponto.
No exercício da escrita, os alunos descarregam suas ansiedades antes de fazer a prova e, portanto, liberam recursos intelectuais necessários para completá-la com sucesso – recursos normalmente tomados por preocupações em relação à própria prova.
Em uma pesquisa anterior, Beilock demonstrou que situações de pressão podem esgotar uma parte do cérebro conhecida como memória de trabalho. Essa memória é uma espécie de bloco de rascunho mental que permite que as pessoas "organizem" informações relevantes para a tarefa. Quando as preocupações são muitas, as pessoas normalmente usam a memória de trabalho para resolver os problemas e acabam por sobrecarregá-la. Assim, perdem parte da capacidade do cérebro para completar a tarefa – nesse caso, a prova.
No exercício da escrita, os alunos descarregam suas ansiedades antes de fazer a prova e, portanto, liberam recursos intelectuais necessários para completá-la com sucesso – recursos normalmente tomados por preocupações em relação à própria prova.
Em uma pesquisa anterior, Beilock demonstrou que situações de pressão podem esgotar uma parte do cérebro conhecida como memória de trabalho. Essa memória é uma espécie de bloco de rascunho mental que permite que as pessoas "organizem" informações relevantes para a tarefa. Quando as preocupações são muitas, as pessoas normalmente usam a memória de trabalho para resolver os problemas e acabam por sobrecarregá-la. Assim, perdem parte da capacidade do cérebro para completar a tarefa – nesse caso, a prova.
Experimentos
Para provar essas idéias, Ramirez e Beilock recrutaram 20 estudantes universitários e deram a eles dois testes de matemática curtos. No primeiro, os estudantes só precisavam dar o melhor de si. Antes do segundo, os cientistas criaram uma situação de estresse: disseram que os estudantes que tivessem um bom desempenho receberiam dinheiro e que todos dependiam da melhora do desempenho do grupo – como forma de criar pressão entre os colegas. Eles também foram informados de que seu trabalho seria filmado, e que os professores de matemática assistiriam depois. Metade dos alunos receberam 10 minutos para escrever sobre seus medos e angústias sobre a prova (grupo da escrita), e a outra metade deveria permanecer sentada e quieta (grupo controle).
Para provar essas idéias, Ramirez e Beilock recrutaram 20 estudantes universitários e deram a eles dois testes de matemática curtos. No primeiro, os estudantes só precisavam dar o melhor de si. Antes do segundo, os cientistas criaram uma situação de estresse: disseram que os estudantes que tivessem um bom desempenho receberiam dinheiro e que todos dependiam da melhora do desempenho do grupo – como forma de criar pressão entre os colegas. Eles também foram informados de que seu trabalho seria filmado, e que os professores de matemática assistiriam depois. Metade dos alunos receberam 10 minutos para escrever sobre seus medos e angústias sobre a prova (grupo da escrita), e a outra metade deveria permanecer sentada e quieta (grupo controle).
Sian Beilock em seu labortório na Universidade de Chicago
O grupo da escrita teve um desempenho significativamente melhor do que o grupo controle. "Os participantes que não escreveram tiveram uma queda de 12% do primeiro para o segundo teste, enquanto os alunos que expressaram seus pensamentos antes do teste de alta pressão tiveram uma melhora de 5%", escreveram os pesquisadores.
Em outro experimento, os pesquisadores mostraram que não era apenas o ato de escrever que ajudava os alunos. Na verdade, escrever sobre seus sentimentos em relação ao teste é que evitou que eles "travassem" na hora da prova.
Os pesquisadores também realizaram dois experimentos envolvendo estudantes de biologia no primeiro exame final de suas vidas no ensino médio. Pediram que eles escrevessem o texto seis semanas antes do exame final com o seguinte tema "Durante os testes, eu me pego pensando sobre as conseqüências do meu fracasso".
No outro experimento, minutos antes do exame final da biologia, alguns alunos deveriam escrever sobre seus sentimentos em relação à prova, e, outros, pensar sobre temas que não tinham a ver com ela. Quando os pesquisadores examinaram as notas dos alunos, descobriram que estudantes que não haviam escrito ficaram mais ansiosos e com nota menor, B-. Por outro lado, quem teve a oportunidade de escrever antes do exame teve uma performance tão boa quanto os colegas que normalmente não ficam ansiosos em testes – tiraram B+.
Mesmo que o professor não dê a chance aos alunos de escrever antes da prova, eles devem fazer isso de forma independente para melhorar seu desempenho. "Na verdade, achamos que esse tipo de escrita ajuda as pessoas a atingirem sua melhor performance em várias situações em que estão sob pressão: uma apresentação a um cliente, um discurso para uma platéia ou até mesmo uma entrevista de emprego", disse Beilock. "O bloqueio nos exames é um problema grave, uma vez que esse desempenho afeta futuras oportunidades acadêmicas", afirmou.
Em outro experimento, os pesquisadores mostraram que não era apenas o ato de escrever que ajudava os alunos. Na verdade, escrever sobre seus sentimentos em relação ao teste é que evitou que eles "travassem" na hora da prova.
Os pesquisadores também realizaram dois experimentos envolvendo estudantes de biologia no primeiro exame final de suas vidas no ensino médio. Pediram que eles escrevessem o texto seis semanas antes do exame final com o seguinte tema "Durante os testes, eu me pego pensando sobre as conseqüências do meu fracasso".
No outro experimento, minutos antes do exame final da biologia, alguns alunos deveriam escrever sobre seus sentimentos em relação à prova, e, outros, pensar sobre temas que não tinham a ver com ela. Quando os pesquisadores examinaram as notas dos alunos, descobriram que estudantes que não haviam escrito ficaram mais ansiosos e com nota menor, B-. Por outro lado, quem teve a oportunidade de escrever antes do exame teve uma performance tão boa quanto os colegas que normalmente não ficam ansiosos em testes – tiraram B+.
Mesmo que o professor não dê a chance aos alunos de escrever antes da prova, eles devem fazer isso de forma independente para melhorar seu desempenho. "Na verdade, achamos que esse tipo de escrita ajuda as pessoas a atingirem sua melhor performance em várias situações em que estão sob pressão: uma apresentação a um cliente, um discurso para uma platéia ou até mesmo uma entrevista de emprego", disse Beilock. "O bloqueio nos exames é um problema grave, uma vez que esse desempenho afeta futuras oportunidades acadêmicas", afirmou.