Presidente e piloto do projeto Solar Impulse, Bertrand
Piccard, e o CEO e piloto, Andre Borschberg, em frente ao avião que
conta com 12 mil células solares. Em 2014, eles planejam uma viagem ao
redor do mundo
Fabíola Ortiz
Do UOL, no Rio de Janeiro
Do UOL, no Rio de Janeiro
Atualizado em: 04/06/2012 - 18h34
O suíço Bertrand Piccard recebeu o prêmio Campeões da Terra da ONU por
despertar a consciência global sobre as possibilidades de um transporte
movido à energia renovável. O cientista-explorador fez a primeira volta
ao mundo num balão sem paradas, em 1999, e é responsável pelo projeto
Solar Impulse, um avião movido a energia solar que fez sua primeira
viagem intercontinental no final de maio.
Piccard é Embaixador da Boa Vontade da ONU e foi premiado por combinar a
ciência e a aventura. Seu objetivo é demonstrar que o progresso é
possível usando tecnologias limpas.
Também foram premiados o brasileiro Fábio Barbosa, diretor executivo da
Editora Abril, o presidente da Mongólia, Tsakhira Elbegdorj, e o
cientista holandês Sander Van der Leeuw.
Lançado em 2005 pelo Programa das Nações Unidas para o Meio Ambiente
(Pnuma), o prêmio Campeões da Terra já reconheceu 51 indivíduos e
organizações por sua liderança em questões ambientais.
O presidente da Mongólia foi reconhecido por cumprir promessas que
colocam o meio ambiente como peça fundamental em políticas públicas. Já
pela visão empresarial voltada para a sustentabilidade e incentivo à
tecnologias verdes, foram premiados o CEO da editora e o Sultão Ahmed Al
Jaber dos Emirados Árabes.
O holandês Van der Leeuw destacou-se por sua pesquisa que busca
entender o motivo de a humanidade não encarar de frente o problema de
longo prazo das mudanças climáticas e ambientais.
O queniano Samson Parashina ganhou em categoria especial o prêmio
Campeões da Terra por tomar iniciativas populares e por liderar esforços
comunitários para conservar o ecossistema queniano. Parashina é de
origem da etnia Maasai e tem se comprometido com o desenvolvimento de
modelos sustentáveis na terra de propriedade coletiva de seu povo, o
Kuku Group Ranch.
Ele hoje preside o grupo de conservação da vida animal (Maasai
Wilderness Conservation Trust) como dos elefantes que são alvo de
caçadores em busca do marfim.
André
Borschberg, um dos fundadores do projeto, se prepara para voar no avião
experimental suíço Solar Impulse nesta quinta-feira (24) em Payerne,
oeste da Suíça. O avião solar fará um trajeto total de 2.000 km sem uma
gota de combustível Mais Laurent Gillieron/AP
O anúncio foi feito no Rio de Janeiro, nesta segunda (04), na Semana Mundial do Meio Ambiente na cidade que sedeará a Rio+20 e tem como objetivo laurear empresários, cientistas e lideranças políticas por suas ações pioneiras na área da sustentabilidade.
Entre os laureados de edições anteriores do prêmio estão o ex-vice
Presidente dos Estados Unidos e vencedor do Prêmio Nobel da Paz, Al
Gore; o Presidente do México, Felipe Calderón; a atriz e ativista
chinesa, Zhou Xun; e a lenda global da música, Angélique Kidjo.
Sustentabilidade no mundo dos negócios
O executivo brasileiro Fábio Barbosa foi reconhecido por integrar práticas sociais e ambientais ao sistema financeiro. Barbosa já presidiu o Conselho de Diretores do Banco Santander Brasil e também do Real /ABN Amro Bank por 12 anos.
O executivo brasileiro Fábio Barbosa foi reconhecido por integrar práticas sociais e ambientais ao sistema financeiro. Barbosa já presidiu o Conselho de Diretores do Banco Santander Brasil e também do Real /ABN Amro Bank por 12 anos.
Para o empresário, o Brasil tem uma liderança no processo de inserção
do tema da sustentabilidade no mundo dos negócios. “O mundo inteiro está
precisando trazer isso para o debate e para o seu dia a dia. O negócio
dos negócios são negócios sustentáveis. Incorporar isso é bom porque
abre portas para a inovação e para a eficiência. Não é uma restrição, é
uma inspiração para uma nova maneira de fazer negócios”, afirmou
Barbosa.
Como representante do setor empresarial brasileiro, Barbosa foi
reconhecido pelo PNUMA por incorporar no sistema financeiro a questão da
análise ambiental na avaliação de risco das empresas.
“Mas para que o setor empresarial contribua ainda mais, os consumidores
tem que cobrar e ser conscientes questionando as empresas sobre qual a
forma elas operam, como produzem e como empregam. Essa é a diferença, a
educação do público consumidor”, defendeu.
Escola de Sustentabilidade
Escola de Sustentabilidade
Já o premiado arqueólogo holandês Sander Van der Leeuw, reitor da
Escola de Sustentabilidade da Universidade do Arizona, foi reconhecido
por sua pesquisa que aplica lições aprendidas historicamente para
entender o motivo de a humanidade não encarar de frente o problema das
mudanças climáticas e ambientais.
Van der Leeuw é crítico ao que se diz sobre economia verde e defende a
necessidade de mudar primeiro a mente das pessoas e conectar as
inovações às necessidades de transformações.
“Vejo que muito se usa o termo verde e acho que temos que pensar em
como esta economia verde se conectar com a sociedade. O mais difícil é
mudar a mente de muitos economistas Tem a ver com a forma que aplicamos a
inovação e pensar como as invenções funcionam na sociedade”, discutiu.
Isso é louvável, pois, temos que nos preocupar com a NATUREZA, quando viemos ao mundo não existia tanta poluição como hoje, devemos deixar este mundo como o encontramos ou melhor, essa alternativa é válida; Continuem as pesquisas para um mundo harmonioso.
ResponderExcluirPaulo Cesar Sforcini