Só número de acertos não definirá nota do novo Enem 2009
Demétrio WeberBRASÍLIA - As notas dos participantes no novo Exame Nacional do Ensino Médio (Enem) não serão definidas apenas com base no número de acertos, mas também no grau de dificuldade de cada questão e numa fórmula estatística que considera até a possibilidade de que o acerto tenha sido obtido ao acaso, ou por chute. Um software será usado para calcular os resultados, anunciou nesta quarta-feira o presidente do Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira (Inep), Reinaldo Fernandes.
O presidente do Inep apresentou um simulado com 40 questões modelo do novo Enem, sendo 10 para cada área avaliada: ciência da natureza, ciências humanas, linguagens e matemática. (Clique aqui e faça o simulado)
O modelo está também no site do Inep, em www.enem.inep.gov.br .
O simulado trará também um gabarito com as respostas. No entanto, segundo Reinaldo, não será possível saber a nota final com base no número de acertos. Ele ressaltou que o simulado permitirá que o estudante conheça o formato das provas e tenha uma ideia do nível de preparo.
Os resultados do novo Enem em 2009 serão comparáveis aos das próximas edições do exame - a ideia do MEC é realizar dois testes por ano, a partir de 2010. Para que isso seja possível, as provas seguirão a Teoria de Resposta ao Item (TRI), já utilizada em testes como a Prova Brasil, o Pisa (Programa Internacional de Avaliação de Alunos) e o Toefl (Test of English as a Foreign Language).
A TRI prevê questões com grau de dificuldade variado - fáceis, médias e difíceis -, capazes de discriminar quem sabe mais ou menos; e um mecanismo de "controle de acertos ao acaso", isto é, a capacidade de detectar chutes.
Fernandes explicou que o software Bilog, de origem americana, leva em conta se o participante errou as questões fáceis e acertou as difíceis. Nesse caso, o estudante perderia pontos. Mas o próprio presidente do Inep recomendou aos participantes que não deixem questões em branco. Ele afirmou que o software entende as questões em branco como erro.
O cálculo da nota do simulado não será possível por dois motivos. Primeiro, porque a prova que será aplicada em outubro terá 180 questões, o simulado tem apenas 40. Em segundo lugar, a nota final do Enem depende de uma série de cálculos estatísticos e não apenas do número de acertos.
- Uma correção clássica dá uma noção do desempenho. A tendência é que quem acerta mais itens vai melhor - disse Reinaldo.
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