quinta-feira, maio 27, 2010

Estudo eleva salário em 13%, diz pesquisa da FGV

Quem investe em educação profissional ainda tem salário 12,94% mais alto, segundo o estudo

AE

A chance de um trabalhador com formação de tecnólogo, ensino médio técnico ou com qualificação profissional (especialização básica de curta duração) conseguir um emprego é 48,2% maior do que a de uma pessoa sem tais cursos.

Quem investe em educação profissional ainda tem salário 12,94% mais alto, além de uma possibilidade 38% maior de conseguir uma vaga formal. Os dados fazem parte do estudo feito pelo Centro de Estudos e Políticas Sociais da Fundação Getúlio Vargas (FGV) e pelo Instituto Votorantim apresentado ontem.

O coordenador do levantamento, o professor Marcelo Neri, chama a atenção para o apagão de mão de obra que o Brasil vive hoje. Segundo a pesquisa, dentro do cenário onde as empresas têm dificuldades em achar trabalhadores qualificados, a chamada educação profissional desempenha papel central.

Os cursos têm prazos mais curtos, oferecem mais flexibilidade entre trabalho e estudo, além de serem mais diretos às necessidades de diversos setores.

Outro dado apontado é que o número brasileiros entre 18 e 24 anos matriculados em alguma instituição de ensino formal caiu 7,3% entre 2006 e 2008, quando passou de 7,5 milhões para 6,5 milhões. A queda reflete o início da redução da população nessa faixa etária, sendo que muitos desses jovens acabam no mercado de trabalho sem escolarização.

O estudo também mostra que quanto mais alto o nível de qualificação, maior a porcentagem de pessoas que trabalham na mesma área do curso realizado: tecnólogo de nível superior (79,5%), técnico de nível médio (70,1%) e qualificação (60,8%).

Cenário promissor

O professor destaca que o número de empregos formais tem batido recordes e, assim, o jovem precisa se qualificar para aproveitar. Último levantamento do Ministério do Trabalho contabiliza 154.042 novos empregos nos quatro primeiros meses de 2010 na região metropolitana de São Paulo, o mais expressivo primeiro quadrimestre desde a série histórica iniciada em 2000. "Não basta ter apenas escolas de qualidade. O jovem precisa ser conquistado. É preciso dar informação, mostrar que a educação formal é a base e convencê-lo a frequentar a escola", destaca o professor Neri.

Uma das formas do jovem se informar sobre como seu potencial de inserção no mercado de trabalho varia de acordo com escolhas relativas à educação formal e profissional é acessar o simulador da pesquisa na internet por este site. No endereço eletrônico é possível conferir, por exemplo, a renda média de um perfil de acordo com os anos de estudo.

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