Será que é pedir muito aos nossos políticos e polícia que tenham a mesma pressa em investigar casos como o mensalão que tiveram na apuração do caso Carolina Dieckmann?
Esse episódio com a atriz Carolina Dieckmann mostrou mais uma vez como a coisa funciona em nosso país. Infelizmente.
É a coisa do está certo, mas ao mesmo tempo errado.
Tenho certeza que ela não foi a primeira. Mas ela é atriz da Globo,
famosa e coisa e tal. Queria assistir essa mesma mobilização da polícia
se as fotos que vazassem fossem as da Carolina Que Não é Dieckmann
Santos, como isso ia ser? Teríamos esse circo todo armado? Teríamos essa
correria, presteza e eficiência para que, em questão de horas, já
conseguirem identificar alguns dos culpados? Acredito que não.
Até a Câmara foi mobilizada e um projeto que tipifica os chamados
crimes cibernéticos foi incluído às pressas na pauta de votação e a
proposta foi aprovada em segundos.
Se os deputados tivessem essa pressa com outros assuntos também…
Quando o meu apartamento foi assaltado por menores de idade armados
de pistola, não vi nada noticiado no jornal, telejornais, ou assunto
comentado podendo concorrer para ser um dos “trending topics”
do Twitter. Mas quando as casas do Renato Aragão e do William Bonner
foram assaltadas (como a de outros famosos), virou noticia, virou
manchete e os assaltantes foram até presos. Os que visitaram o meu
apartamento, provavelmente assaltaram outros tantos e ficou tudo por
isso mesmo.
Eu só queira que a lei tratasse todos de forma igualitária. Aliás, a
nossa própria Constituição diz que todos são iguais perante a lei sem
distinção de qualquer natureza. Mas acho que faltou colocar, para ficar
sincero e bonito, um adendo de que isso só vale se você for político,
Global ou famoso. Ou ambos.
Será que é pedir muito? Ou quem sabe se eu contratar alguém famoso para dizer isso…
História do Brasil – revisada!
Podemos quase nos orgulhar se tudo se confirmar e termos mais um descobridor.
Estou começando a achar que quem descobriu Paris foi Sérgio Cabral,
primo de 6º grau de Pedro Alvares Cabral. Deve ser coisa de família. Tá
no sangue. Depois do silêncio, Sérgio resolveu falar pela primeira vez
depois de ter sido exposto como o politico brasileiro e carioca que mais
tirou foto com a Torre Eiffel nos últimos tempos.
Cabral disse que não se arrepende de todas as viagens que tem feito e
que através dessas viagens tirou o Rio do Janeiro do limbo, trazendo
investidores nacionais e internacionais. E disse ainda que seu governo é
transparente como o Rio Tietê, que apesar de ser de São Paulo, deve
servir de referência de uma coisa transparente.
Transparência, segundo o dicionário aqui de casa, tem outro significado. Mas vai ver é coisa da nova reforma ortográfica.
Procuro um prefeito para alugar como tio!
Se você tem um prefeito tio, ou um tio perfeito, não importa o grau
de parentesco que você tenha e que pode variar de primo, passando por
irmão, até chegar ao cunhado, você tá bem na fita. Em 41 dos 92
municípios do estado do Rio de Janeiro, há parentes de prefeitos e
vice-prefeitos no primeiro e no segundo escalões de governo.
Ou seja, a prática de nepotismo é ainda corriqueira.
Mas tio, eu tô até aceitando um cargo de terceiro escalão, tá?
Foco, por favor!
Nós como sociedade atenta às mazelas de nossos políticos, devemos
exigir mais foco por parte de quem quer respostas e coibir os que
parecem querer atrapalhar ainda mais a CPI do Cachoeira.
Essa história envolvendo agora o procurador-geral da República,
Roberto Gurgel, parece querer tirar as lentes do foco principal que é
Carlinhos Cachoeira, a Delta e o senador sem partido e vergonha-na-cara
Demóstenes Torres. E que pode também com isso querer dificultar ainda
mais a já arrastada questão do julgamento do mensalão.
Foco, galera! Foco!
Rio dois mil e quanto?
Quando será que o Rio de Janeiro vai sair do limbo na Saúde e na
Educação? Depois o ministro Alexandre Padilha vai ficar chateado. Mas
será que ele sabe que 67% das emergências do estado do Rio sofrem com
falta de equipamentos? Aliás, será que alguém, além dos que precisam e
sentem isso na pele, sabe disso?
E será que alguém consegue explicar a razão da sangria de dinheiro
público nos hospitais federais do Rio de Janeiro, que segundo a
Controladoria Geral da União chega a formar um prejuízo de R$ 96,5
milhões de reais? Nunca ninguém percebeu nada? Se isso já acontece nos
hospitais federais, o que será que acontece nos hospitais do município?
Quem é que está anestesiado e deixa isso chegar a esse ponto?
E podemos bater no peito com orgulho de ter a segunda maior taxa de
reprovação escolar do país, ficando somente atrás de Minas Gerais. Tá
bom pra você? Não para mim! E depois vem o governo dizer…
É o caos!
Salvem as baleias. Não joguem lixo no chão. Não fumem em ambiente fechado.
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