quinta-feira, junho 09, 2011

A trajetória literária de Frei Betto

O escritor e teólogo Frei Betto é o convidado deste mês do projeto "Ale Grandes Escritores", que ocorre hoje no auditório da Reitoria da UFRN logo mais às 20h. A palestra, gratuita e aberta ao público, também integra programação da 19ª Semana de Humanidades da Universidade Federal e as senhas para participar do evento serão distribuídas no local uma hora antes. A iniciativa trouxe, no mês de maio, o escritor mineiro Bartolomeu Campos de Queirós, e a intenção é aproximar o público natalense de grandes autores.

Frade Dominicano e escritor de obras como "Batismo de Sangue" (de 1982), com o qual ganhou o Prêmio Jabuti - o mais importante prêmio literário do Brasil - Frei Betto participará de bate-papo onde espectadores poderão tirar dúvidas sobre os livros e seu processo criativo, fazer comentários sobre um de seus 51 títulos publicados e descobrir um pouco mais sobre o universo literário do religioso.

Em cartaz desde 2010, o projeto "Ale Grandes Escritores" circula por 14 municípios: Betim, Belo Horizonte, Divinópolis, Juiz de Fora, Lavras, Montes Claros, Oliveira, Pouso Alegre, Tiradentes, Viçosa, Itabira, Pará de Minas e Sete Lagoas, todos município de Minas Gerais,  e Natal (RN).  Ao todo, cerca de duas mil pessoas compareceram às palestras.

Idealizado pelo presidente da ONG Humanizarte, Marcelo Andrade, o programa incentiva a leitura tanto de forma direta, no contato com o público, quanto a partir da criação de políticas públicas em parceria com os municípios. "Estimular novos leitores é o grande objetivo do programa, que vem sendo alcançado desde sua criação, cumprindo a missão de promover o encantamento do público por meio da fala do autor convidado e obras doadas às bibliotecas por onde ele passa", diz. Frei Betto é adepto da Teologia da Libertação e milita em movimentos pastorais e sociais. Professor e ex-coordenador do Fome Zero, programa implantado durante o Governo Lula, o religioso chegou a ser preso duas vezes durante a ditadura Militar, e sua experiência na prisão está relatada no livro "Cartas da Prisão" (Editora Agir), "Diário de Fernando - nos cárceres da ditadura militar".

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