Dan Brown destaca a Maçonaria em "O Símbolo Perdido"
Agência Estado
SÃO PAULO – "O segredo é saber como morrer." Com essa afirmação, Dan Brown começa seu novo romance, "O Símbolo Perdido", nas livrarias desde sábado, e assim segura o leitor pelas próximas 489 páginas descrevendo ritos e supostos códigos secretos da Maçonaria.
Temas tão diversos e complicados como ciência noética (que estuda a mistura de ciência com o poder da mente), teoria das supercordas (sobre o universo) e grandes obras de arte são descritos no livro com a mesma facilidade com que o autor fala de assassinatos, religião e conspirações internacionais. Novamente, o autor explora o interesse do leitor pela mistura de ficção com fatos históricos (reais) e explicações sobre obras de arte e pontos turísticos que quase ninguém percebe.
Os segredos, supostamente revelados por Brown sobre a Maçonaria, não são tão secretos assim, mas certamente são capazes de impressionar quem não conhece a irmandade. Diferente dos outros romances, em que Brown exagera ao falar da Opus Dei ou dos Illuminati, neste, ele pega leve com a Maçonaria, chegando até ser favorável à irmandade. O poder de fogo para criar polêmicas, um dos grandes trunfos de marketing de suas histórias, não deverá ser o mesmo de antes. Até porque os maçons não têm a política de reagir às críticas.
A previsão era de que o livro fosse lançado nacionalmente hoje, mas a demanda foi tão grande que a editora Sextante antecipou a distribuição. Com previsão de tiragem de 400 mil cópias (a mesma de "Harry Potter e as Relíquias da Morte"), o número foi dobrado para 800 mil com a justificativa de que a obra não poderia faltar nas estantes durante o Natal - e também como uma estratégia de marketing, afinal, se falta livro, ele não figura na lista dos mais vendidos. Lançado em 14 de setembro nos Estados Unidos, Canadá e Reino Unido, com tiragem inicial de 5 milhões de cópias, "O Símbolo Perdido" teve, somente no primeiro dia de vendas, 1 milhão de exemplares vendidos.
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