Entrevista sobre leitura de jornais e revistas em Jardim
Entrevistamos Antônio Carlos de Souza. Profissão: jardineiro (é jornaleiro nas horas vagas). Ele nos fala sobre a quase inexistência de um público leitor de jornais e revistas em nossa cidade.
1-Desde quando o senhor exerce a sua profissão?
Faz 13 anos que eu trabalho como entregador de jornal , e eu trabalho também como jardineiro.
2-Quantos assinantes de jornais e revistas existem em Jardim de Piranhas?
34 assinantes de jornais e 47 de revistas. No momento, houve uma defasagem devido as mudanças feitas no Diário de Natal, e o jornal também estava chegando com atraso; outro motivo foi a retirada do caderno sobre o Seridó. Isso diminuiu o número de assinaturas e outra coisa que derrubou bastante o jornal foi a Internet.
3- A população de Jardim de Piranhas lê pouco? Por quê?
Sim. Porque era para ter no mínimo umas 60 assinaturas. Deve ser pelo baixo nível de escolaridade. Eu gosto muito e ler, todos os dias, mesmo com pouco tempo, eu leio e também assisto o que passa na televisão, principalmente os jornais da rede Globo. Se eu não fosse entregador seria um assinante.
Meu pai gostava de literatura de Cordel e eu lia todos os livros que ele comprava Depois da saúde, o saber é a coisa mais importante na terra. Quem não tem saber vai trabalhar em empregos fracos. Mas quem tem, trabalhará em escritórios ou pelo menos em locais legais. Aqui em Jardim a maioria dos assinantes são professores e pessoas que têm mais condições, mas tem gente que tem condições mas não assina, talvez por falta de tempo ou interesse.
4-O que poderia ser feito para despertar as pessoas para a leitura?
O interesse dos jornais em melhorar o conteúdo. Por exemplo, voltar com o caderno do Seridó, pois os assinantes se interessam muito por notícias do Seridó. E por parte das pessoas, dando mais atenção para a leitura.
Nosso comentário: Para uma cidade com uma população girando ao redor dos 15 mil habitantes, com invejável poder aquisitivo, 34 assinaturas de jornal e 47 de revista é quase insignificante. Mostra que estamos distante de sermos considerada uma cidade onde as pessoas cultivam o hábito da leitura de jornais e revistas. As causas? Julguem os leitores.
Entrevistadores: Jonas, Valdecir e Danyel (2º ano A)
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