Seguindo as recomendações da União Internacional para Conservação
da Natureza (IUCN, na sigla em inglês), a UNESCO acrescentou seis locais
a sua lista de Patrimônio Mundial. Com a decisão feita em São
Petersburgo, na Rússia, ontem, o número de sítios naturais e mistos
(naturais e culturais) se tornou 217. Confira essas belezas naturais e
porque elas merecem estar na lista:
1 – Parque Trinacional de Sangha
O Parque Trinacional de Sangha é uma cadeia de parques nacionais
compartilhados entre os países de Camarões, República Centro-Africana e
República do Congo. Formando uma ampla rede de paisagens bem
conservadas, as florestas e rios do parque são o lar de uma diversidade
excepcional de plantas e animais. A área abriga as maiores populações de
elefantes da floresta e grandes primatas, incluindo espécies em perigo
como o gorila-da-planície ocidental e o chimpanzé.
“Sangha é parte de um ambiente intacto muito maior, com perspectivas
de conservação boas, e abrigando espécies ameaçadas de extinção”, disse
Tim Badman, Diretor de Patrimônio da IUCN. “Nós saudamos o fato de que
essa paisagem florestal globalmente significativa foi reconhecida pelo
Comitê do Patrimônio Mundial”.
2 – Lagos de Ounianga
Os lagos de Ounianga são uma série de 18 lagos em sua maioria de água
doce, que ficam no coração do deserto do Saara, no nordeste do país
africano Chade. Relíquias de um lago muito maior que ocupou a bacia
menos de 10.000 anos atrás, estes lagos são um exemplo excepcional de
águas permanentes em um deserto.
“Os lagos de Ounianga são uma joia do Saara, não só de beleza natural impressionante, mas um testemunho do equilíbrio frágil e único da vida na Terra”, disse Youssouph Diedhiou, do Programa Áreas Protegidas da IUCN na África Central e Ocidental.
“Os lagos de Ounianga são uma joia do Saara, não só de beleza natural impressionante, mas um testemunho do equilíbrio frágil e único da vida na Terra”, disse Youssouph Diedhiou, do Programa Áreas Protegidas da IUCN na África Central e Ocidental.
3 – Parque de Fósseis de Chengjiang
As rochas do sítio de fósseis Chengjiang, perto da cidade de Kunming,
na província Yuann, na China, são evidências do rápido aparecimento e
diversificação das espécies, ou seja, do desenvolvimento evolutivo, de
uma época conhecida como explosão cambriana, que aconteceu mais de 530
milhões de anos atrás. Os restos excepcionais das espécies registradas
em fósseis são fundamentais para compreender a evolução inicial da vida
na Terra.
“A inscrição do local na Lista do Patrimônio Mundial reconhece este
sítio icônico, que fornece evidências diretas da origem da diversidade
animal”, comentou Badman. “Sua preservação é de grande importância
científica para o futuro”.
4 – Parque Natural Pilares de Lena
Conhecido pelas espetaculares formações rochosas naturais ao longo do rio Lena,
essa aérea é o lar de uma vasta gama de plantas e animais raros,
incluindo o cervo-almiscarado siberiano, o veado vermelho, o esquilo
siberiano, e 99 espécies de pássaros. Localizada na região de Yakutia,
no Extremo Oriente russo, e situada apenas a 300 quilômetros do círculo
polar ártico, é uma área com um clima continental extremo com uma
amplitude térmica anual de quase 100 graus Celsius, variando entre cerca
de menos 60 graus Celsius no inverno para cerca de 40 graus Celsius no
verão.
5 – Gates Ocidentais
Gates Ocidentais é uma cordilheira no oeste da península Indiana, que
consiste em uma série de áreas protegidas da Índia. O governo indiano
fez uma campanha persistente na UNESCO para adicionar a região à lista
de Patrimônio Mundial, e foi atendido.
Montanhas, florestas, rios e cachoeiras fazem parte da área de
160.000 km², reconhecida como uma região de abundante biodiversidade
global. Os Gates Ocidentais são o lar de um número de mamíferos,
incluindo espécies em perigo como o endêmico macaco-cauda-de-leão, e o
elefante e o tigre asiáticos.
“Os Gates Ocidentais e os Pilares de Lena são certamente regiões que
detêm valores naturais espetaculares. Ficamos felizes com a adição
desses locais à Lista do Patrimônio Mundial, mas o desafio de
conservação que eles enfrentam terá acompanhamento adicional por parte
do Comitê do Patrimônio Mundial, para assegurar que esses sítios cumpram
os requisitos que acompanham a lista como exemplos emblemáticos para a
conservação global”, explicou Badman.
6 – Rock Islands
A República de Palau
é um pequeno país insular da Micronésia, no Oceano Pacífico. Seus
incríveis sítios marinhos foram incluídos pela primeira na lista de
Patrimônio Mundial da UNESCO. Palau consiste em oito ilhas principais e
mais de 250 ilhotas e atóis, localizadas a oeste dos Estados Federados
da Micronésia, ao norte do Mar das Filipinas e ao sul da Indonésia e
Nova Guiné.
As ilhas mais importantes são Angaur, Babeldaob, Koror e Peleliu,
todas rodeadas por uma barreira de corais. Mas as que viraram Patrimônio
são as desabitadas “Rock Islands” (Ilhas da Rocha), situadas a oeste do
grupo principal.
Bônus: Rio de Janeiro
Na mesma reunião, a cidade brasileira do Rio de Janeiro se tornou a
primeira a ser listada como Patrimônio Mundial da Humanidade. A terra de
uma das Sete Novas Maravilhas do Mundo recebeu também o selo de
Categoria Paisagem Cultural Urbana.
Para tanto, o Rio terá que garantir a manutenção de suas belezas
naturais, e os governos municipal, estadual e federal precisam traçar
ações conjuntas para manter a distinção da cidade, ou podem perdê-la.
Entre os pontos valorizados pela UNESCO estão a Baía de Guanabara, a
Enseada de Botafogo, o Pão de Açúcar, o Corcovado, a Floresta da Tijuca,
o Aterro e Parque do Flamengo, o Jardim Botânico, a Praia e Forte de
Copacabana, o Morro e Forte do Leme, o Arpoador e a Pedra da Gávea
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