Com questões relativamente simples, que exigem conceitos básicos para verificar o conhecimento dos estudantes sobre os assuntos, o exame cobra a compreensão de causas e consequências. “A polêmica nuclear iraniana deve aparecer questionando os conflitos que a envolvem, o posicionamento diplomático do Brasil – que tentou fazer um acordo com o Irã –, dos EUA, a postura do ONU (Organização das Nações Unidas), o significado do TNP (Tratado de não Proliferação Nuclear)”, afirma Alex José Derrone, professor de atualidades e geografia geral do cursinho pré-vestibular CPV, de São Paulo.
Os terremotos que atingiram o Haiti, em janeiro, e o Chile, em fevereiro, também podem ser temas do Enem, na avaliação de Derrone. “O aluno pode ter que responder uma questão sobre as causas do terremoto, sobre a dinâmica das placas tectônicas. No Haiti há a parte política e a questão de que o desastre só veio a acentuar uma crise humanitária que já existia”, destaca.
Derrone lembra que as atualidades são um complemento à prova de geografia (dentro da prova de Ciências Humanas e suas Tecnologias) e aparecem mescladas a conceitos de diferentes matérias. O vazamento de petróleo no Golfo do México deve cair relacionado a questões ambientais, geográficas e até químicas.
A importância da Copa do Mundo da África do Sul e as discrepâncias sociais e econômicas do país também podem aparecer nas questões. Entre os temas brasileiros, Derrone destaca a polêmica sobre a construção da usina hidrelétrica de Belo Monte, a disputa entre os Estados pelos royalties do pré-sal, o desmatamento da Amazônia e as catástrofes ambientais em Angra dos Reis, Paraty, Alagoas e Pernambuco – que envolvem mudanças climáticas e também a ocupação humana desordenada, sem planejamento ambiental.
Notícias
Para se preparar para a prova de atualidades, os estudantes devem acompanhar os jornais, revistas e sites noticiosos desde o começo do ano. O coordenador geral de vestibular do grupo Anglo de ensino, Alberto Francisco do Nascimento, lembra que é preciso ir além da simples leitura: “É preciso ler de maneira crítica, analisando os conflitos que estão ocorrendo e relacionando os conceitos. O Enem não cobra questões quantitativas, nem memorização de datas, nomes e locais. O aluno precisa situar e interpretar”.
Nascimento enfatiza a importância da leitura diária e sistemática de jornais e revistas. “O estudante precisa estar atualizado, não pode estar alheio. É inconcebível que um estudante do 3º ano do ensino médio não saiba o que é o pré-sal, por exemplo.”
Veja o levantamento de temas que podem cair no Enem:
- Atentados terroristas na Rússia
- Chuvas no Nordeste
- Copa do Mundo na África do Sul
- Desmatamento na Amazônia e no Brasil em geral
- El Niño
- Enriquecimento de urânio no Irã
- Fusões de empresas
- Pré-sal e distribuição dos royalties
- Presos políticos de Cuba libertados
- Questão palestina (assentamentos israelenses e tentativas de acordos de paz)
- Terremotos no Chile e no Haiti
- Usina de Belo Monte
- Vazamento de petróleo no Golfo do México
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