segunda-feira, junho 28, 2010

Brasil vê Dunga entrar em seu habitat na Copa do Mundo

iG

Dunga não joga conversa fora quando o assunto é disputar mata-mata de Copa do Mundo. Goste-se ou não da importância do ex-jogador e hoje técnico na história da seleção brasileira, sua carreira internacional é pontuada com êxitos marcantes em jogos eliminatórios rumo à final do Mundial.

Com Dunga gritando do lado do Brasil, caíram anfitriões, time-candidato a novo Carrossel Holandês, Dinamáquinas, ferrolhos e inclusive o Chile, adversário desta segunda-feira, às 15h30 (horário de Brasília). O jogo acontece no Ellis Park, em Joanesburgo, e terá acompanhamento do iG em Tempo Real.

"Sem dúvida a eletricidade agora é diferente. Quando o jogo é eliminatório tudo muda. Não há mais chance de recuperação, tem que jogar no limite. Daqui para frente, cada jogo é final de campeonato", afirmou o técnico sobre a série que esperar iniciar nesta segunda.

Das nove partidas de Dunga como jogador na fase eliminatória do Mundial, sete foram vitoriosas. A questão é que, para azar do treinador, as duas quedas nas quais esteve presente estão entre os mais emblemáticos do Brasil na história das Copas. Um deles, inclusive, é o pivô da animosidade da relação entre Dunga e jornalistas brasileiros nos últimos 20 anos.

O ex-volante ficou na fila de marcadores deixada para trás por Maradona no lance do gol de Caniggia que eliminou o Brasil nas oitavas da Copa de 90 e batizou de era Dunga a gestão de Sebastião Lazaroni como técnico. A outra derrota foi justamente no jogo que poderia fazer de Dunga o primeiro -e único - capitão de uma seleção a erguer a Copa do Mundo em duas oportunidades.

Após xingar a tudo e todos quando ergueu a taça em 1994, Dunga teve que amargar pelo Brasil um dos placares mais elásticos em finais de Mundial – 3 a 0. Na França, em 1998, não houve grito ou cara feia do então capitão que fizesse Zidane e Cia. pararem diante de um Brasil apático e que havia entrado em campo sob discordância do aproveitamento de Ronaldo na partida - o atacante sofrera uma crise nervosa horas antes do jogo.

Dunga liderava um grupo que era contrário à escalação do atacante, enquanto Leonardo puxava outra corrente. Diante do apelo do "Fenômeno" e do aval do médico Lídio Toledo, o então técnico Zagallo mandou Ronaldo a campo.

Novas histórias
Em seu duelo eliminatório como jogador contra o Chile, na mesma Copa de 1998, Dunga viu Ronaldo e César Sampaio inspirados na goleada por 4 a 1. A tônica de sucessos contra os chilenos foi mantida no trabalho como técnico. Em cinco jogos nos últimos quatro anos, foram cinco vitórias, com 20 gols marcados e apenas três sofridos. "História faz parte do passado, temos que jogar sempre a próxima. O que importa é amanhã", afirmou Dunga.

Para manter o ritmo nesse próximo jogo, o técnico contará com os retornos de Elano, Kaká e Robinho ao time titular. Os três não participaram do empate sem gols contra Portugal. O jogador do Real cumpriu suspensão pela expulsão no jogo contra a Costa do Marfim. Já os ex-santistas foram poupados.

Felipe Melo deve começar jogando. O volante sofreu uma entorse no tornozelo esquerdo e foi substituído ainda no primeiro tempo do jogo contra Portugal. Na ocasião, Josué foi o substituto, mas Ramires também concorre à vaga caso o camisa 8 seja o poupado da vez.

Já o técnico do Chile, Marcelo Bielsa, não confirmou a escalação que enfrenta nesta segunda-feira o Brasil, mas treinou cobranças de pênaltis. Os jornalistas que acompanharam o trabalho não tiveram acesso aos arremates, mas mostra que o treinador já planeja um empate em 120 minutos (tempo normal, mais a prorrogação) e quer ser eficiente em uma eventual disputa de penais.

O vencedor do duelo enfrenta quem avançar do confronto entre Holanda e Eslováquia, que jogam a partir das 11h (horário de Brasília). A partida será disputada em Durban.

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