quinta-feira, novembro 07, 2013

Mega-Sena de 80 milhões sai para apostador de São Paulo

Aposta de Mauá (SP) leva prêmio de R$ 80 milhões da Mega-Sena

Confira as dezenas sorteadas: 04 - 06 - 11 - 24 - 45 - 48.
Outras 680 apostas fizeram a Quina e cada uma vai levar R$ 13,8 mil.

Uma única aposta, feita em Mauá (SP), acertou as seis dezenas sorteadas no concurso 1.545 da Mega-Sena, realizado nesta quarta-feira (6), em Osasco (SP). O prêmio total é de R$ 80.499.108,16, de acordo com a Caixa Econômica Federal (CEF).
Veja as dezenas sorteadas: 04 - 06 - 11 - 24 - 45 - 48.
Outras 680 apostas acertaram a Quina e cada uma vai levar R$ 13.845,79. A Quadra foi feita por 45.410 apostas, que vão receber R$ 296,19.
O próximo concurso, previsto para ocorrer no sábado (9), tem prêmio estimado em R$ 2,8 milhões. As apostas podem ser eitas até as 19h do dia do sorteio.

domingo, novembro 03, 2013

Estudante implode bomba semiótica do Enem


Sem querer um estudante da USP que simulou ser um candidato atrasado do Enem, cujas fotos ocuparam primeiras páginas de jornais e portais de Internet, acabou abrindo uma perspectiva de contra-ataque na verdadeira guerrilha semiológica que toma conta da opinião pública brasileira: contra a manipulação midiática, a simulação; contra a mentira, o seu paroxismo: o simulacro! É a “bomba pós-moderna”, que ajudou não só a implodir como colocou a nu o processo de construção de bombas semióticas, como as que a mídia detona contra o Enem. A estratégia irônica do contra-ataque através da simulação como forma de desmoralizar a mídia segue a tática como a do agitador cultural Joey Skaggs (famoso nos EUA por "pegadinhas" contra a TV e jornais) e de manifestantes em Portugal contra as políticas de austeridade.


Nessa semana, uma pessoa fez mais estragos que dezenas de black blocks depredando fachadas de bancos e de lanchonetes multinacionais. Trata-se de um aluno do curso de Ciências Contábeis da USP, Flávio de Queiroz, que simulou diante de fotógrafos e jornalistas ser um candidato atrasado na prova do Enem realizado no último domingo. A foto dele dramaticamente tentando escalar as grades da Uninove, na Barra Funda, São Paulo, saiu em portais da Internet e primeira página do jornal Folha de São Paulo ao lado de uma sombria manchete: “Quase um terço dos candidatos não faz Enem”.


Ao lado da barrigada da rádio CBN em que uma ansiosa repórter confundiu um aviso de um curso de alemão na USP como um aviso cifrado da bandidagem sobre a chegada da polícia para apressadamente confirmar uma pauta estipulada pela reportagem (veja links abaixo), o episódio da simulação do aluno atrasado do Enem pôs a nu o processo de montagem da notícia com a finalidade de torná-la uma bomba semiótica.



Enem na mídia: sempre à beira da fraude com,jornalistas em busca de índices da sua ineficiência
Mas esse caso apresentou uma novidade: sem querer, o aluno da USP criou uma verdadeira contra-bomba nessa verdadeira guerrilha semiológica em que se tornou o contínuo midiático nacional. Sem saber, ele acabou criando uma “bomba pós-moderna”, cujo princípio tecnolinguístico pode ser sintetizado da seguinte maneira: contra a manipulação midiática, a simulação; contra a mentira, o seu paroxismo: o simulacro!

A bomba semiótica do Enem

Assim como a ansiosa repórter da rádio CBN que foi a campo cobrir a greve na FFLCH-USP com a missão de trazer evidências que confirmassem as convicções da chefia, da mesma forma os jornalistas da grande mídia vão cobrir cada Enem com uma pauta bem clara: registrar qualquer episódio, imagem, declaração que, ligadas metonimicamente na diagramação de primeira página ou nos planos das imagens televisivas, comprovem que o Enem é uma catástrofe sempre à beira da fraude.

E assim é todo ano: imagens de estudantes chegando atrasados lutando contra portões, fotos da prova postadas na Internet, tentativas de fraude e print screens de tweets da debochada série “Aprendi No Enem” onde se ridiculariza conteúdos e enunciados de questões. A missão dos jornalistas é, portanto, coletar o máximo que puder índices, fragmentos, indícios potenciais que ajudem a configurar para a opinião pública um clima generalizado de fraude.

Mas dessa vez uma contra-estratégia irônica interveio em pleno momento de coleta de material para a montagem das habituais bombas semióticas: um aluno da USP, Flávio de Queiroz Segundo, aluno de Ciências Contábeis, simulou ser mais um desses índices que os repórteres desesperadamente buscam para garantir seus empregos e carreiras no jornalismo atual da grande mídia. Apareceu em primeiras páginas sem sequer ser entrevistado e, quando foi, serviu a mais requintada matéria-prima para ansiosos repórteres: colocou a culpa pelo seu atraso no transporte, no trem, enfim, no poder público. O Jornal Folha de São Paulo foi ainda mais sinistro, ao aproximar sua foto a uma manchete sobre o crescimento de abstenções no exame.

E ainda para piorar, uma matéria do portal IG foi mais dramática e carregou no tom ao relatar que o candidato estava “de mãos trêmulas” ao descer das grades do portão da Universidade.



Portal iG: "ele estava de mãos trêmulas"

Pouco depois, o desmentido do aluno: “foi apenas uma brincadeira com alunos de uma faculdade rival. Pretendia divulgar o vídeo na Internet”. Espontaneamente, nas entrevistas com os repórteres ia falando o que dava na telha: “meus pais vão ficar bravos...”, “levei duas horas para chegar...” etc., atendendo a todo oscript padrão de respostas que jornalistas esperam nesse momento.

Ao saber da “barriga”, a reposta da grande mídia foi ironizar o estudante, falando que conseguira os seus “quinze minutos de fama”. Porém, nenhum veículo da grande mídia publicou o deboche e ironias do estudante da USP: “a imprensa é muito ingênua”, “nem dei entrevista e saí na primeira página”, “Eu disse que queria fazer ciências econômicas na UFSCar. Só que nem existe esse curso...”, sugerindo a ausência de apuração nas reportagens.

A bomba pós-moderna

Era 1995. No último bloco o telejornal Bom Dia Brasil da TV Globo apresentou uma notícia que o terapeuta internacionalmente famoso chamado Baba Wa Simba, queniano e filho de missionários norte-americanos, estava desembarcando em Londres. Nas imagens uma demonstração que ele fez em pleno saguão do aeroporto de um método que inventara para que homens e mulheres desenvolvessem “seu lado animal” e liberassem “instintos reprimidos”. Diversos pacientes de quatro no chão urrando, grunhindo e devorando um pedaço de carne crua que Bamba Simba jogava. Tudo diante de uma patuleia de jornalistas e fotógrafos, ávidos por sensacionalismo para preencher blocos de notícias diversas dos telejornais.


Baba Simba: a simulação ganhou espaço nas mídias


Depois, o choque. Tudo era uma simulação na qual os repórteres prontamente caíram, sem sequer apurarem minimamente quem era “Baba Simba”. O terapeuta, na verdade, era o artista plástico Joey Skaags, famoso nos Estados Unidos pelas “pegadinhas” que apronta contra TV e jornais com um objetivo estético (ter a sua “arte” captada pela mídia) e outro ideológico-político: desmoralizar a própria mídia.

O episódio involuntariamente criado pelo estudante da USP se enquadra nessa estratégia de enfrentar amanipulação midiática com a simulação. Para entendermos a eficácia dessa bomba pós-moderna é necessário estabelecermos a diferença entre a manipulação e a simulação.

A manipulação, técnica de montagem da bomba semiótica, está no campo dos signos. Todo signo é uma representação de um referente – evento, objeto, ideia, imagem mental etc. Os signos podem tanto apresentar como mascarar a realidade, ou seja, manipular: dizer que algo não existe quando na verdade você o esconde.

A bomba semiótica é uma manipulação de um tipo especial: esconde mostrando, por meio de técnicas metonímicas de justaposição de imagens e áudios. Obriga repórteres a serem meros coletores de índices (sem apuração ou crítica) para se tornarem depois símbolos ideologicamente direcionados nas edições e montagens nas ilhas de edição e reuniões nos “aquários” das redações.

Pensando no diagrama do processo da comunicação, a manipulação ocorre no canal e na mensagem.

Ao contrário, a simulação ocorre na própria fonte, pois aparenta ser um evento autêntico, simula ser um índice que docilmente se oferece aos jornalistas para ser encaixado aos seus scripts e pautas pré-estabelecidas. Na simulação temos o inverso da manipulação, o blefe: dizer que possui algo, quando na verdade nada tem. Ao contrário da manipulação que está no campo dos signos, a simulação está no campo de influência dos simulacros no sentido atribuído pelo pensador francês Jean Baudrillard.

Blefe: a principal arma contra a mídia



Matéria-prima da Bomba Pós-moderna: simulações e simulacros

Essa é a eficiência da bomba pós-moderna da simulação, pressentida pelo artista plástico Joey Skaags. A mídia acredita no blefe, capta-o através de áudios e imagens na ansiedade de ter encontrado um índice para suas pautas, a matéria-prima de mais uma bomba semiótica. Porém, a simulação implode no interior da bomba semiótica através do anúncio do blefe, expondo a manipulação e a mídia à desmoralização.

E por que uma “bomba pós-moderna?” A simulação é uma sensibilidade e, ao mesmo tempo, uma metodologia da nossa era do espetáculo e das imagens que muitos estudiosos qualificam como pós-moderna: a massificação e fixação dos clichês e estereótipos cria uma espécie de autoconsciência da sociedade em relação ao funcionamento e demandas midiáticas. Fraudes e boatos se sucedem através das mídias, sempre ávidas por notícias, seja por finalidade ideológica (fazer bombas semióticas) ou por necessidades mercadológicas (conteúdo para atrair publicidade).

Em 1962 o historiador Daniel Boorstin no livro The Image – A guide of pseudoevents in America, apresentou essa contradição interna na expansão dos meios de comunicação: o crescimento exponencial da necessidade por notícias – a demanda por notícias é maior do que a capacidade do mundo produzir fatos novos para as mídias. Para suprir essa “deficiência” do mundo, boatos, mentiras e fraudes ganham espaço midiático.

O jornalista norte-americano Chris Berdik classifica cinco tipos de fraudes das fontes midiáticas (veja "Duped! When Journalists Fall for Fake News"): primeiro, eventos criados por pessoas em busca de fama e publicidade; segundo, eventos, boatos ou falsos comunicados à imprensa criados por empresários ou CEOs para manipular mercados de ações; terceiro, citações ou personagens falsos criados por jornalistas para “apimentar” as notícias e alavancar suas carreiras; quarto, brincadeiras de jornalistas que normalmente não se destinam a serem levadas à sério.

E finalmente o quinto: simulações encenadas por não-jornalistas para satirizar a imprensa, no qual se enquadram Joey Skaggs e o gozador estudante da USP.

A simulação armada pelo estudante Flávio de Queiroz abre uma nova perspectiva na guerrilha semiológica atual: combater a manipulação com a simulação. Como fizeram um grupo de manifestantes em Lisboa em outubro: para furar o bloqueio midiático, através de redes sociais fizeram uma simulação de uma manifestação supostamente a favor da política de austeridade imposto pela “Troika” (Banco Central Europeu, FMI e Comissão Européia) à Portugal. Os jornalistas foram na onda e, depois, descobriram que se tratava de uma estratégia irônica de atrair a atenção dos portugueses para o verdadeiro manifesto: “Que se lixe a Troika!”.

sexta-feira, setembro 13, 2013

Programação da festa de Nossa Senhora dos Aflitos 2013

 
 
Saia Rodada, Roberto Vaneirão, Ferro na Boneca e diversas outras atrações já estão confirmadas para animarem a parte social da Festa da Padroeira Nossa Senhora dos Aflitos 2013, que acontece de 12 a 22 de setembro. O evento mais importante do município reúne, todos os anos, milhares de pessoas, filhos ausentes e visitantes e tem se tornado um atrativo turístico do município, ajudando na geração de renda e na divulgação da cidade.

A programação cultural está cheia de atividades que envolverão artistas locais e da região, do teatro e da música. As bandas da cidade também terão espaço para apresentar seus trabalhos. A poesia é outra arte que será lembrada com a realização de show, no dia do agricultor, do poeta e declamador Iponax Vila Nova, filho do grande poeta da viola Ivanildo Vila Nova e uma das referências deste estilo de arte no Nordeste.

Na parte religiosa, além das muitas apresentações, missas, novenas e celebrações organizadas pela Igreja, haverá ainda o tradicional leilão e a tradicional feirinha que reúne os filhos ausentes, como também autoridades do Estado que vêm prestigiar a festa no município. A abertura da festa contará com show religioso do padre Marconi.

PROGRAMÇÃO SOCIAL COMPLETA

DIA 13/09 – SEXTA-FEIRA

21hs – SHOW RELIGIOSO COM PADRE MARCONI

DIA 14/09 – SÁBADO

21hs – OS TRAKINOS
23hs – RODOLFO LOPES
01:30hs – BANDA E2

DIA 15/09 DOMINGO DA FEIRINHA

15hs – ARROXARME
21hs – RANIERE DO FORRO E CANGATI DO ACORDEON

16/09 – SEGUNDA-FEIRA

21hs – HELINIDE VOZ E VIOLÃO

17/09 – TERÇA-FEIRA

10hs – GAROTOS FORROZEIROS (almoço dos Idosos)
21hs – PEGADA PLAY

18/09 – QUARTA-FEIRA

21hs – OS TRAKINOS

19/09 – QUINTA-FEIRA

21hs – REGIO E TECLADOS
23hs – KALBERG AZEVEDO E BANDA

20/09 – SEXTA-FEIRA (BARRACAS)

22hs – OS TRAKINOS (Patrocínio Patos Importado)
00:30hs – ROBERTO VANEIRÃO
03hs – SAIA RODADA

21/09 – SÁBADO (BARRACAS)

23hs FERRO NA BONECA
01hs BANDA E2
03hs ARROXARME

22/09 – DOMINGO ENCERRAMENTO
(Logo após o Leilão) RANIERE DO FORRO E CANGATI DO ACORDEON

Imagens da alvorada de abertura da festa de Nossa Senhora dos Aflitos 2013




 

 















domingo, agosto 11, 2013

terça-feira, julho 16, 2013

O Despertar da Juventude Brasileira (parte I):


A luta pela redução dos preços das passagens dos transportes coletivos
*Prof. Hugo Martins
 A luta pela redução das tarifas do transporte coletivo é uma reivindicação antiga do povo brasileiro, pois incide diretamente sobre a elevação do custo de vida da população, sobretudo, de baixa renda, que necessita desse tipo de serviço para se deslocar no interior das grandes cidades.
Um dos primeiros movimentos de protesto contra o aumento abusivo nos preços das tarifas dos transportes, que se tem notícia, ocorreu no Rio de Janeiro, Capital do Brasil Imperial, a Revolta do Vintém, ocorrida no período de 28 de dezembro de 1879 a 4 de janeiro do ano seguinte, movimento popular contra o aumento das passagens dos bondes.
Segundo consta, “O protesto mobilizou em torno de 5 mil pessoas. Aos gritos de “fora o vintém!” a população espancou os condutores, esfaqueou os burros, virou os bondes e arrancou os trilhos ao longo da Rua Uruguaiana. A estatística de feridos e mortos não é precisa, estima-se entre 15 a 20 feridos e entre 3 a 10 mortos. O ministério, desgastado foi substituído e o novo ministério revogou o aumento de preço. " (Fonte:http://www.historiadigital.org/curiosidades/, acesso em 30/06/2013)
Com a conquista do poder pelos comunistas em Natal, capital do estado do Rio Grande do Norte, na Insurreição de 1935 – levante armado deflagrado na noite do dia 23 de novembro e que se estendera por toda madrugada e manhã do dia seguinte –, uma das primeiras medidas tomadas pelo Governo Popular Revolucionário, após a consolidação da vitória das forças rebeldes, na capital, foi determinar a redução dos preços dos alimentos e das passagens (de 50 para 20 reis) dos bondes que serviam à população da cidade. Porém, como sabemos, os comunistas tiveram uma passagem efêmera à frente do governo potiguar. Após sofrer derrota em confronto com milícias armadas no interior do estado, na madrugada do dia 27 de novembro chega ao fim a primeira experiência de governo popular em terras brasileiras.
Há anos que a juventude brasileira também incorporou a questão da redução do preço das passagens em sua pauta reivindicatória, sendo esta uma importante bandeira de luta do movimento estudantil.
Em maio de 1956, ocorreram manifestações estudantis de protesto contra o aumento no preço das passagens dos bondes no Rio de Janeiro, Capital Federal, convocadas pela União Nacional dos Estudantes (UNE), recebendo apoio popular e adesão de trabalhadores e sindicatos, aliança estudantil-operária que criou o movimento luta contra a carestia. 
Mas os estudantes foram reprimidos com violência pela policia carioca, que solicitou reforços do Exército para combatê-los, causando a morte de uma pessoa. A sede da UNE, localizada na Praia do Flamengo, foi invadida e houve prisões de lideranças estudantis. Após uma semana de manifestações, protestos e confrontos, o Presidente JK recebeu lideranças estudantis para negociar uma solução para o impasse.
Dois anos depois, em 1958, na cidade de são Paulo, noutro movimento de protesto contra o aumento das passagens, a truculenta repressão policial causaria a morte de mais 4 manifestantes e dezenas de feridos.

Em 1979, ainda sob a Ditadura Militar, após três aumentos consecutivos no preço das passagens de ônibus, pela Prefeitura de São Luís (MA), estudantes secundaristas e universitários travaram uma obstinada luta contra o aumento abusivo das tarifas, reivindicando o direito à meia passagem nos transportes coletivos, movimento conhecido como a Greve da Meia-Passagem (ou Greve de 1979), ocorrido no período de 14 a 22 de setembro daquele ano.
O levante foi marcado por forte adesão estudantil e popular, por grandes manifestações de ruas (atos, assembleias e passeatas), por enfrentamentos, confrontos e por truculenta repressão policial. Felizmente os estudantes maranhenses saíram vitoriosos, conquistando pioneiramente no Brasil o benefício da meia passagem.
A coragem e ousadia da juventude maranhense, na memorável Greve de 1979 simboliza não apenas um marco importante na história de luta do movimento estudantil, mas, acima de tudo, a retomada das ruas pela juventude brasileira, reprimida e massacrada por anos de Ditadura. Foi o princípio do fim do decadente regime militar que se manteve no poder pela força das baionetas, perseguições, cassações, torturas, mortes e desaparecimentos políticos de lideranças juvenis. Foi “a ponta de lança da luta pelo fim do regime dos generais.”
(http://maxsuelubes.blogspot.com.br/2010).

Com o fim da Ditadura, as organizações e entidades juvenis (UNE, UBES, DCEs, Grêmios, UJS, dentre outras) retomaram a luta pela conquista do direito a meia-entrada em eventos culturais, desportivos e de lazer, e meia-passagem nos transportes urbanos, intermunicipais e interestaduais, direito conquistado na maioria dos estados brasileiros. A partir de então a luta passaria a ser pelo passe livre para estudantes nos transportes coletivos.
Outras entidades e organizações juvenis também incorporaram a questão do passe livre como bandeira de luta, como o Movimento Passe Livre (MPL), criado em de 2005, que reivindica a adoção da tarifa zero nos transportes coletivos para estudantes, realizando manifestações públicas (ocupação de ruas, praças e avenidas).
Vale salientar que inúmeras manifestações populares de protesto ocorreram nos últimos 15 anos – precursoras do atual movimento de revolta e contestação da juventude brasileira, em andamento – contra o aumento abusivo das tarifas dos transportes coletivos, dentre as quais destacamos: protestos e paralizações ocorridos em Salvador (BA), em 2001, movimento conhecido como a Revolta do Buzu; protestos em Florianópolis (SC), em 2004 e 2005, denominado Revolta das Catracas; e manifestações de protestos e ocupações ocorridas em Natal (RN), em 2012, chamada Revolta do Busão, integrante do movimento “Fora Micarla”. (A imagem (F.8) ao lado é da Avenida Paulista nas manifestações do dia 20 de junho de 2013).
A atual crise da mobilidade urbana brasileira deve-se a uma opção política de desenvolvimento dos transportes equivocada, adotada por sucessivos governos a partir de 1950, voltada para atender aos interesses das empresas multinacionais (em especial as automobilísticas) estrangeiras. Em linhas gerais, esse modelo de desenvolvimento consiste basicamente em priorizar-se o transporte rodoviário individual-particular (automóvel) ao coletivo-público, nestes prevalecendo os interesses privados.
A prioridade dada ao transporte rodoviário (particular) foi, assim, assegurada pela intervenção política governamental como forma de resguardar os interesses das multinacionais automobilísticas estrangeiras, tanto pela implantação de uma infraestrutura de mobilidade urbana e interurbana necessária ao desenvolvimento do setor, como principalmente pela ausência de uma política nacional de mobilidade urbana de valorização do transporte coletivo.
Tal crise (dos transportes e de mobilidade urbana) incide diretamente na diminuição da qualidade de vida de enorme parcela da população das grandes e médias cidades brasileiras, seja pela precária fluidez do sistema (engarrafamentos das vias públicas), seja pela ineficiência do serviço prestado pelas empresas de transporte coletivo, afetando, sobretudo, a população de baixa renda, especialmente, os estudantes (juventude) que necessitam diariamente desse tipo de serviço.   
Nesse contexto, proliferam-se as manifestações espontâneas, levantes e revoltas populares-estudantis. Os protestos, ocupações, paralizações, passeatas e enfrentamentos, que explodem por todo país, têm como estopim os aumentos abusivos no preço das passagens de ônibus, mas suas verdadeiras causas encontram-se no caos provocado pela crise da mobilidade urbana e dos transportes e, sobretudo, nas chagas sociais ainda gritantes em nosso país, assunto que abordaremos no próximo capítulo de “O Despertar da Juventude Brasileira”, (parte II).
*Professor de Geografia - EE Amaro Cavalcanti e Escola Municipal Monsenhor Walfredo Gurgel

domingo, junho 02, 2013

Aquela nova literatura

A experiência de leitura na internet é fragmentada, uma alternância constante entre vários tipos de texto, eles mesmos fragmentados

Com a popularização da internet, a literatura passará por uma revolução. O romance morrerá e cederá espaço ao conto, que terá melhor aceitação para um público com déficit de atenção, adaptado à velocidade das novas tecnologias. Mas até mesmo o conto estará irreconhecível daqui a cinco ou dez anos, deformado pelo impacto do hipertexto e dos novos suportes eletrônicos de publicação.
O hipertexto — texto que explora o recurso do hiperlink, permitindo acesso instantâneo a outras partes desse mesmo texto ou de outros textos e conteúdos — enterrará a linearidade e quase todas as estruturas narrativas fundamentais existentes hoje. Os múltiplos caminhos de leitura de “O jogo da amarelinha” passarão a ser regra, ramificando-se para além dos limites físicos do livro de papel. Os limites de um livro poderão ser um site, um conjunto de sites, a internet inteira, o mundo inteiro. A participação do leitor não se reduzirá a virar páginas ou a escolher onde clicar — ele poderá reescrever trechos, adicionar ou apagar conteúdo, intervir de maneiras ainda não previstas. A figura do narrador, tão tematizada e submetida a experiências na literatura pós-modernista, atingirá o paroxismo; a autoria deixará aos poucos de fazer sentido, até ser abolida.
A experiência de leitura na internet é fragmentada, uma alternância constante entre vários tipos de texto, eles mesmos fragmentados. As tradições da prosa literária, picotadas e embaralhadas, vicejarão no miniconto, no microconto, no aforismo, nas tiradas irônicas, no trocadilho certeiro, na informação telegrafada.
A nova narrativa será multimídia. Transitaremos livremente entre texto, voz, música, vídeos, animações, fotos, ilustrações, diagramas. Todas as linguagens existentes hoje serão uma só, e com ela virão novas formas de narrar, de insinuar um subtexto, de construir elipses e significados.
A linguagem escrita, por fim, e se tornará mais sucinta e veloz; novos jargões, predomínio de siglas e contrações, emoticons, promiscuidade inédita entre alfabetos e idiomas. A linguagem das crianças nos chats é um prenúncio da nova linguagem literária.
Descontando alguma pitadinha de sarcasmo, os cinco parágrafos acima descrevem um conjunto de previsões que apareceram na virada do milênio, com o surgimento e popularização da web, e vigoraram em muitos sites literários, artigos de imprensa, discussões acadêmicas, e também na mente de muitos novos autores motivados por preocupações formais. Parte delas sobrevive ainda hoje, em versões mais diluídas ou atualizadas.
A essa altura do campeonato, com um distanciamento de mais de década, já não se pode ignorar que a “revolução literária causada pela internet” não ocorreu. Ou até ocorreu, mas não no sentido de modificar a maneira como escrevemos. Ocorrem mudanças profundas na maneira como lemos, consumimos e debatemos a literatura. Todavia, mesmo pessoas como eu, que fizeram parte da (perdão) “geração internet” mas nunca chegaram a comprar a ideologia da esperada revolução, às vezes ficam perplexas com o fato de que um conto ainda é um conto e um romance ainda é um romance, de que a evolução das formas e linguagens literárias segue atrelada aos mesmos cânones e tradições, alheia aos novos recursos que a tecnologia torna disponíveis.
Muitas tendências que costumavam ser associadas à web, como a escrita autocentrada (o que lá por 1998 alguns chamavam de “egotrip”), podem ter sido incentivadas pela tecnologia até um ponto, mas são decorrência lógica do modernismo, de uma sociedade individualista, e por aí vai. “Por que o romance ainda está aí?” é uma pauta recorrente, e o fato é que está mesmo, nas listas de mais vendidos, nos mais lidos do Skoob, nas premiações, nos favoritos da crítica, nos fenômenos “Harry Potter” e Roberto Bolaño, na constatação de que a literatura de confronto pouco recorre ao digital para tentar sacudir o cânone e os leitores.
Mas é um erro dizer que a nova narrativa dos tempos digitais não se realizou. Ela germinou com os primeiros micreiros, se ramificou nos e-zines e blogs, e hoje se encontra sobretudo nas redes sociais, que incorporaram quase todas aquelas previsões em suas timelines. Quem intuiu aquela nova literatura intuiu o Facebook e assemelhados, os verdadeiros reinos da narrativa fragmentada, multimídia e quase instantânea, fundamentada no hiperlink, onde todo usuário é um pouco personagem e contador de histórias. A unidade estética e o senso de narrativa de alguns Tumblrs são admiráveis.
Enquanto isso, o conto e o romance habitam seu velho jardim, e sabe lá quantas voltas a História teria de dar para torná-los substituíveis. Talvez haja algo perene em suas respectivas formas, cadências e poderes imersivos, características em grande parte imunes às novas tecnologias de comunicação, e das quais não abriremos mão tão facilmente.

sábado, março 30, 2013

Foto

Mandela respira sem dificuldades, diz presidência da África do Sul

Ex-presidente sul-africano foi internado na quarta com infecção pulmonar.
Ele está respondendo bem ao tratamento, informou porta-voz.


O ex-presidente sul-africano Nelson Mandela, de 94 anos, segue hospitalizado neste sábado (30) pelo terceiro dia consecutivo devido à recaída de uma infecção pulmonar. De acordo com informações do porta-voz do gabinete da presidência da África do Sul, Mandela respira sem dificuldades e se sente confortável, respondendo bem ao tratamento.
O ex-presidente sul-africano Nelson Mandela em 26 de junho de 2008 em Londres (Foto: AFP) 
O ex-presidente sul-africano Nelson Mandela em 26 de junho de 2008, em Londres (Foto: AFP)
Comunicado transmitido na sexta-feira informava que Mandela, símbolo da luta contra o apartheid, estava bem e que seu estado progredia de forma constante. Na quinta-feira, o porta-voz da presidência afirmou que Mandela reagia bem ao tratamento médico.
Seu neto, Mandla Mandela, e sua ex-mulher Winnie Madikizela-Mandela, também declararam na sexta-feira que Mandela estava bem e realizava exames médicos.
Nelson Mandela já esteve hospitalizado em janeiro de 2011 e em dezembro de 2012 por infecções respiratórias, provavelmente relacionadas com as sequelas de uma tuberculose contraída na ilha prisão de Robben Island, onde passou 18 de seus 27 anos de detenção por lutar contra o regime de segregação racial do apartheid.
Foi libertado em 1990 e quatro anos depois se converteu no primeiro presidente negro da África do Sul.

Polícia do DF prende suspeito de matar professora achada em carro

Segundo agentes, ele apresentou três versões para o crime.
Enterro da vítima ocorre às 11h deste sábado, em Taguatinga.

Professora Cristiane Silva Matos, que foi encontrada morta dentro do carro no estacionamento do Parque da Cidade (Foto: TV Globo/Reprodução) 
Professora que foi achada morta dentro do carro
no estacionamento do Parque da Cidade
(Foto: TV Globo/Reprodução)
A Polícia Civil do Distrito Federal prendeu na noite dessa sexta-feira (29) o suspeito de ter estrangulado a professora Cristiane Silva Matos, de 36 anos. O corpo dela foi encontrado dentro do carro no estacionamento do Parque da Cidade na noite de quinta. Segundo agentes, ele confessou o crime.
Ainda segundo a polícia, o suspeito apresentou três versões para o crime. O homem mora e foi detido em Santa Maria, região administrativa do DF. De acordo com agentes, ele não tem passagem pela polícia.
A polícia disse que chegou a ele por meio de impressões digitais deixadas no veículo da vítima.
O enterro da professora está marcado para as 11h deste sábado, em Taguatinga.
Entenda o caso
O marido da vítima registrou o desaparecimento dela após a professora não ter ido buscar os dois filhos na escola, às 17h30 de quinta-feira, como de costume. O carro da professora foi achado no estacionamento 9 com a porta aberta e com estilhaços de vidro ao lado do veículo.
A bolsa e a carteira da professora, com documentos e cartões, não foram levadas. O marido contou à polícia que Cristiane saiu de casa para ir a um shopping comprar ovos de Páscoa. Depois, ela pegaria os filhos, de 2 e 7 anos.

Sábado de Aleluia


O Sábado de Aleluia é o Sábado Santo, o dia depois da morte de Cristo. A referência é sobretudo feita à noite do Sábado Santo, quando, na liturgia, se canta o aleluia pascoal, depois de 40 dias, a quaresma, durante os quais o Aleluia é omitido nas celebrações. É a celebração da Ressurreição de Cristo.
 
O tema da descida de cristo à "mansão dos mortos" é um dos temas da fé cristã. Está presente já numa das primeiras profissões de fé, o Símbolo dos Apóstolos. Também Tomás de Aquino, teólogo medieval, dedicou todo um capítulo de sua Suma Teológica (quaestio 52 della Pars 3) a este argumento. Até mesmo Lutero incluiu essa afirmação nos seus preceitos: Como se deve crer que Cristo morreu e foi sepultado por nós, assim também é necessário crer que ele desceu à mansão dos mortos.
Na Bíblia, o texto mais importante, nesse sentido, encontra-se em 1Pedro 3,18: Também Cristo morreu uma vez pelos pecados, o justo pelos injustos, a fim de vos conduzir a Deus. Morto na carne, foi vivificado no espírito, no qual foi também pregar aos espíritos em prisão, a saber, aos que foram incrédulos outrora...
Esse texto evoca a professia de Jesus, testemunhada por Mateus 12,40: Como Jonas esteve no ventre do monstro marinho três dias e três noites, assim ficará o Filho do Homem três dias e três noites no seio da terra.  Também Atos dos Apóstolos 2,24 diz: Mas Deus o ressuscitou, libertando-o das angústias do Hades, pois não era possível que ele fosse retido em seu poder. Também Efésios 4,9: Que significa "subiu", senão que ele também desceu às profundezas da terra? O que desceu é também o que subiu acima de todos os céus, a fim de plenificar todas as coisas.
O sentido básico dessa expressão teológica é professar que Jesus realmente morreu e que venceu a morte e o Demônio, que tem o poder da morte, como escrito em Hebreus 2,14: Ele participou da mesma condição, a fim de destruir pela morte o dominador da morte, isto é, o diabo.
O Sábado Santo, é um dia muito especial dentro da Semana Santa. É o dia em que três elementos marcam a Vigília Pascal: a celebração da palavra, o batismo, a celebração eucarística.
Todos da assembleia como de costume, acendem suas velas no círio pascal, aceso especialmente simbolizando o Senhor Ressuscitado. A Missa da Vigília Pascal é celebrada em todas as paróquias do mundo.

sexta-feira, janeiro 04, 2013

Emparn prevê fim de semana com sol em quase todo o RN


O fim de semana vai ser de céu claro no litoral do Rio Grande do Norte. De acordo com a previsão da meteorologia da Emparn, a temperatura, em todo o Estado, deve variar entre 22ºC e 34ºC.

No litoral leste, a previsão é de céu parcialmente nublado a claro e temperatura mínima de 23ºC e máxima de 29ºC. Já nas regiões Seridó, Vale do Assu, Alto Oeste e Região de Mossoró, o céu deve permanecer claro, com temperaturas chegando até os 34ºC.

Há possibilidade de pancadas de chuva apenas nas cidades de Apodi, Pau dos Ferros, Martins e Caicó.
Emparn prevê céu claro e temperaturas altasEmparn prevê céu claro e temperaturas altas