domingo, dezembro 25, 2011

domingo, dezembro 18, 2011

E se houvesse uma prisão-escola para corruptos?

Procurador pede a reeducação de corruptos condenados, o que seria feito em uma prisão especial construída exclusivamente para eles. Por Hugo Souza

Já no apagar das luzes de 2011 surgiu uma das ideias mais, digamos, originais do ano. No início de dezembro o procurador da República no Mato Grosso do Sul Ramiro Rockenbach ajuizou uma ação civil pública pedindo que a União construa uma penitenciária federal exclusiva para um clientela pouco habitual do sistema penal brasileiro: os corruptos.
Sim, uma prisão só para corruptos. Por que? Para “dar uma resposta à sociedade brasileira”. Segundo o pai da ideia, uma penitenciária exclusiva para mensaleiros e que tais  teria um valor “simbólico” para uma sociedade que, no seu entender, estaria se mobilizando com frequência cada vez maior contra a corrupção.
“São poucos presos pela corrupção que a gente vê. A Polícia Federal trabalha, o Ministério Público trabalha, o Judiciário trabalha e só tem 1,4 mil corruptos? Dá a impressão que no fundo, a corrupção é tolerável e não precisa ser punida”, disse o procurador Rockenbach ao jornal O Globo.
‘Estudar o cérebro do corrupto’
Mas a penitenciária para corruptos que o procurador Ramiro Rockenbach solicitou ao governo federal não é uma prisão qualquer. Trata-se de uma prisão-escola. Na ação civil pública ajuizada por Rockenbach, o procurador de ideias férteis pede, além de grades, guardas e guaritas, a contratação de uma equipe profissional multidisciplinar para “reeducar os presos corruptos com ensinamentos sobre ética, moralidade, honestidade e trato correto com a coisa pública”.
A ação pede ainda a construção de um museu contra a corrupção e que as fotos dos condenados sejam colocadas na entrada da prisão só para corruptos. “Vamos estudar o cérebro do corrupto”, diz o procurador Rockenbach.
Ele acredita na recuperação do criminoso pela via do sistema penal para fins de ressocialização, algo que no Brasil só se ouve falar quando o preso não pertence às classes populares. Quando é pobre, prevalece o discurso de Lombroso, Cesare Lombroso, o italiano que desde o século XIX convence muita gente de que existem pessoas nascidas para delinquir.
Concepção vingativa da pena
Até hoje ninguém pensou em “equipe multidisciplinar” para ajudar os ladrões de galinha a entenderem por que eles ficam presos indefinidamente em celas superlotadas e insalubres à espera de um julgamento que não vem, contrariando todas as leis do país.
O procurador também acredita na função dissuasória da prisão, o que fica claro com a inclusão na argumentação da sua ação civil a informação de que o Brasil ocupa apenas a 73ª posição no ranking de nações menos corruptas, segundo pesquisa com 182 países feita pela organização Transparência Internacional neste ano. Pela lógica da qual se vale o procurador, um prisão federal para corruptos vai inibir a corrupção, relação de causa e efeito que até hoje não foi cientificamente comprovada para qualquer tipo de crime.
Por fim, o autor da proposta da prisão só para corruptos parece um entusiasta da concepção vingativa da pena, típica do direito penal arcaico, na qual o afã para “dar uma resposta à sociedade” costuma se sobrepor à própria razão.

'Privataria' chega ao Senado, e PT e PSDB se enfrentam em plenário

Líder petista pede providências ao Ministério Público e desafia PSDB a debater 'capítulo triste'. Serrista fala em 'calúnia' para abafar denúncias contra governo e expõe atrito interno, ao negar aparte a Aécio. Na Câmara, líder do PMDB diz que 'não vai embarcar em CPI', para a qual segue coleta de assinaturas, e ilustra efeito de silêncio da mídia: 'Livro tem documentos mesmo?'

BRASÍLIA – Depois de a Câmara reagir ao livro A Privataria Tucana com pedido de CPI e discursos em plenário, nesta quarta-feira (14) foi a vez do Senado. Da tribuna, o líder do PT, Humberto Costa (PE), provocou o Ministério Público a tomar providências e desafiou o PSDB a debater o que seria “um dos mais tristes capítulos” da história brasileira. Ao responder, os tucanos apontaram “calúnia” para desviar foco de denúncias contra o governo e expuseram diferenças entre aliados de José Serra e Aécio Neves.

Segundo Costa, o livro revelaria “entrega do patrimônio público” durante privatizações no governo Fernando Henrique, com “documentos contuntendes” que mostrariam “como alguns dos mais proeminentes líderes do PSDB e pessoas próximas do ex-governador José Serra conseguiram mandar para fora do país e trazer para o Brasil dinheiro supostamente proveniente de propinas”.

Para o petista, o livro vale a leitura e deveria será objeto de providências de procuradores da República. "Até porque muitos dos crimes descritos no livro não prescreveram”, disse Costa, que lamentou ter havido “pouca atenção da mídia” até agora.

No comando da sessão, a primeira-vice-presidente do Senado, Marta Suplicy (SP), que também é do PT, disse: “Tive acesso a esse livro e realmente é um espanto."

O desafio petista foi respondido pelo senador tucano Aloysio Nunes Ferreira (SP), um dos mais próximos da principal vítima do livro, o ex-governador paulista José Serra, de quem foi chefe da Casa Civil.

A exemplo de outro serrista ilustre, o presidente do PPS, deputado Roberto Freire, Nunes Ferreira afirmou que o livro, que teria “calúnias”, serve apenas para proteger a gestão Dilma. “Temos uma denúncia de malfeitos no governo, e imediatamente já vem uma denúncia contra a oposição.”

Atrito no ninho

Enquanto Nunes Ferreira discursava, o também senador tucano Aécio Neves (MG) pediu um aparte, que na linguagem parlamentar quer dizer algo como “licença para um comentário no meio de pronunciamento alheio”. O pedido foi negado, algo inusual. “Lamento profundamente; eu teria prazer enorme em corroborar com o discurso de Vossa Excelência”, resignou-se.

Na véspera, o ex-governador de Minas Gerais tinha sido questionado pela Agência Estado sobre o livro, e dera uma resposta que não é das melhores para defender Serra: “Não é uma literatura que me interesse. Os que se interessarem devem lê-lo."

Um discurso sobre Privataria feito na tribuna da Câmara dos Deputados nesta quarta (14) ajuda a entender o estranhamento entre Nunes Ferreira e Aécio e a declaração do mineiro.

“A idéia de mostrar como funcionava a 'arapongagem' de Serra dentro do partido [PSDB] para atacar o adversário Aécio Neves – questão que motivou o início da investigação de Amaury Ribeiro Jr. – fica quase irrelevante diante de tudo o que o jornalista descobriu, em 12 anos de trabalho, sobre como a turma de Serra se deu bem ao dilapidar o patrimônio público brasileiro nos anos 90”, disse o deputado Ivan Valente (SP), presidente nacional do PSOL.

Nos bastidores de Brasília, fala-se que parte das investigações do autor de Privataria, o jornalista Amaury Ribeiro Jr., começou por interesse de Aécio de se proteger contra Serra na disputa que os dois travavam no PSDB como postulantes a candidato a presidente da República. Amaury foi repórter do jornal O Estado de Minas durante parte da gestão de Aécio como governador do estado.

Quando voltou à tribuna para uma tréplica contra Aloysio Nunes Ferreira, Humberto Costa foi irônico. “É interessante como a oposição se posiciona nesta Casa. São os grandes arautos da moralidade, as vestais da honestidade, que tudo querem investigar. Sai uma nota num jornal, querem convocar o ministro para vir ao Congresso Nacional, pedem a abertura de uma CPI, vão para o Ministério Público. Agora, diante de um livro de 300 páginas, que tem 141 documentos sobre as coisas que estão aqui denunciadas, uma única palavra para se pedir apuração eu não ouço por parte da oposição.”

CPI na Câmara

Autor de um pedido de abertura de uma CPI da Privataria Tucana, o deputado Protógenes Queiroz (PCdoB-SP) continuou a coletar assinaturas nesta quarta-feira (14). Ele está atuando em dobradinha com o deputado Brizola Neto (PDT-RJ), mas os dois ainda não conseguiram atingir o número mínimo de 171 assinaturas necessário.

Em tese interessado no assunto, o PT ainda não decidiu, como partido, como irá se comportar neste caso, embora os líderes no Senado e na Câmara, Paulo Teixeira (SP), estejam dispostos a bancar algum tipo de confronto mais duro com os tucanos. O pedido de CPI tem alguns signatários do PT, mas a reportagem testemunhou quando um petista abordado por Protógenes reagiu dizendo que precisava esperar por um posicionamento do partido.

Sempre um dos fiéis da balança no Congresso, com o peso de uma das duas maiores bancadas da Casa, o PMDB avisa que não quer se meter. “Não vamos embarcar em CPI. Essa é uma briga de PT e PSDB, vamos manter distância”, disse o líder do PMDB na Câmara, Henrique Alves (RN).

Ao conversar com a reportagem, Alves mostrou os efeitos da pouca divulgação do livro pelos veículos de comunicação.

“Não vi o livro ainda, ele tem documentos mesmo?”

“Tem umas 300 páginas, e um terço é de documentos.”

O legado dos EUA no Iraque, oito anos depois da invasão

Passaram-se oito anos e os Estados Unidos fecharam a porta do Iraque deixando um desastre atrás dela. Durante o conflito, morreram mais de 100 mil civis, 4.800 soldados da coalizão perderam a vida (4 .500 dos EUA), junto com 20 mil soldados iraquianos. Para os iraquianos, o legado da invasão é morte, dezenas de milhares de mutilados, insegurança, desemprego, falta de água potável e eletricidade. A democracia exportada com bombas ultramodernas não mudou o curso das coisas. O artigo é de Eduardo Febbro.

Passaram-se oito anos. Como pedras impiedosas que semearam a morte. Como aquelas horrendas imagens que surgiam à beira das estradas no caminho em direção a Bagdá. Fumaça, destruição, cadáveres e silêncio. Parece ontem. O cruzamento de estradas assinalava duas direções : Basra ou Bagdá. Através da estrada até Bagdá, as sucessivas batalhas da ofensiva emergiam como cogumelos despedaçados : ônibus bombardeados, veículos calcinados, tanques arrebentados e crateras imensas cavadas pelos mísseis. Os tanques iraquianos dispostos em fila à beira da estrada pareciam latas de sardinha queimadas. Frente a eles, os tanques Abrams norteamericanos tinham o aspecto de mastodontes invencíveis. « Quando começamos a avançar por esse trajeto, os soldados iraquianos saíam dos tanques para nos pedir água e comida », contava com lástima um oficial norteamericano.

Os primeiros grandes subúrbios de casas baixas pareciam emergir de um pesadelo. As casas e as lojas tinham virado trincheiras e havia centenas de pessoas caminhando pelas ruas, levando colchões, cadeiras, roupas, televisões, máquinas de lavar roupa, velhas máquinas de costura. Bagdá, ao longe, estava envolta em uma espessa nuvem de fumaça escura. Os poços e as trincheiras de petróleo seguiam ardendo. Saddam Hussein havia mandado incendiá-los para impedir que os satélites norteamericanos obtivessem imagens precisas do estado de Bagdá. Depois, a cidade aparecia finalmente. Ferida e assustada.

Em cima do capô de um automóvel que havia avançado sobre a calçada, um livro de capa azul exibia suas páginas milagrosamente intactas. Dentro do veículo, o corpo de um homem com o corpo tombado para a frente tinha a cabeça partida e parte do cérebro esparramado em cima do porta-luvas. Ninguém prestava atenção. A cem metros do automóvel, um grupo de homens tentava, em vão, derrubar uma imensa estátua de Saddam Hussein erguida no centro de uma rótula. Do outro lado, três mortos jaziam à margem da rua. Um grupo de cachorros sarnentos disputava a propriedade do corpo de um dos mortos : um menino de seis anos estava ali também, sem um sapato e sem a metade do rosto.

Saddam Hussein havia desaparecido. O exército ocupante se instalava em tendas nos territórios de sua nova conquista, ocupava os palácios de quem tinha sido seu aliado, se apoderava das ruas da cidade transformada e restaurada pelo ditador com a ajuda dos arquitetos enviados pelo Ocidente nos anos em que Saddam era um sócio confiável e ninguém se importava que ele afogasse seu povo em uma lagoa de sangue. O choque de civilizações acabava de se plasmar em sua versão mais violenta : a de um país milenar e reprimido, a de uma potência ocidental que havia enviado do céu uma chuva de democracia comprimida em cachos de bombas.

Há lugares cujo nome e os símbolos que evoca sobrevivem aos estragos do tempo e das guerras. Bagdá tinha esse dom. Horrível e mágica. Histórica e contemporânea. Ameaçadora e hospitaleira. As Mil e uma Noites, uma grande livro onde, a cada virada de página, havia muitos mortos. O soldado Higins tinha visto inúmeras fotos de Bagdá antes da invasão, mas nunca havia imaginado a cidade real que encontrou quando sua unidade entrou na capital depois do que qualificava como « um combate épico » contra um inimigo « inferior, mas disposto a tudo ». Higins dizia que, até sua chegada a Bagdá, não havia conhecido a morte e tampouco imaginado como seria. Agora já tinha se acostumado ela, mas o primeiro morto seguia fazendo companhia a ele em sua memória. « A primeira vez que matei um homem foi à noite. Fiquei com uma sensação estranha, irreal. Não posso esquecer.

Minha unidade encontrava-se na periferia de Bagdá. Fazíamos parte de uma patrulha avançada que estava por penetrar na capital desde o sul. Tínhamos recebido a ordem de consolidar a zona e seguir adiante. Seguimos as instruções e no início da madrugada começaram a nos atacar. Choviam tiros de metralhadoras e bazucas. Como não se via nada usamos os fuzis com visão noturna. O primeiro homem que apareceu na mira avançava por uma rua lateral, ocultando-se entre as portas. Era um alvo fácil. Deixei que avançasse. Apontei e disparei. Ele cai no chão e voltou a se levantar, cambaleante. Disparei mais duas vezes. Não posso dizer que nesse momento senti que o tinha matado. Com as miras de visão noturna tudo é visto de um modo distinto, como se fosse um jogo informático. A realidade é mais lenta e as coisas têm a forma de silueta ».

« Sei que está por aí, Saddam é eterno. Um império não pode com ele. Saddam vive até no silêncio », dizia o empregado de um hotel que havia desaparecido em um incêndio. A única coisa que estava ali, pulsando no meio da fumaça, era o futuro. O futuro já estava escrito nas múltiplas sequências da queda de bagdá na indolência e ignorância dos ocupantes. Essa ignorância brutal era a matéria prima da ação de Paul Bremer, o ineficiente e teimoso responsável pela CPA, a Autoridade Provisória da coalizão encarrehada de administrar o Iraque com estatuto de autoridade governamental.

A guerra começou em 19 de março de 2003. Cerca de três semanas mais tarde, Bagdá caiu nas mãos da coalizão. No dia 1° de maio de 2003, o presidente George W. Bush deu por encerrada essa fase com a expressão triunfalista « missão cumprida ». No dia 6 de maio, Bush nomeou Paul Bremer. O « vice-rei » Bremer chegou a Bagdá e abriu a caixa de Pandora com um projeto político, econômico e administrativo delirante : converter o Iraque em uma representação dos Estados Unidos no Oriente Médio : liberal, democrática, permissiva, um centro de negócios ao melhor estilo dos falcões da Casa Branca.

Ele não tinha a menor ideia do chão em que estava pisando. Sua primeira decisão consistiu em decretar a « desbaasificação » da sociedade iraquiana. Bremer pretendia sanear o sistema político com uma ordem inaplicável : fazer desaparecer o partido Baas e seus representantes em uma sociedade onde, para conseguir trabalho ou ser membro da administração pública, era obrigatório aderir ao Baas. Paul Bremer decretou a demissão de milhares de empregados e executivos da administração pública, dos organismos encarregados do petróleo, dos bancos, das universidades. Onze dias depois de ter assumido suas funções, Bremer assinou outro decreto enlouquecido : dissolveu o exército, a aviação, a marinha, o Ministério da Defesa, os serviços de inteligência. Seu frenesi ignorante chegou ao ponto de, em um país que saía de um prolongado embargo internacional, que estava em guerra, onde os hospitais estavam destruídos e faltava até algodão, lançar uma campanha contra o tabagismo e elaborar um projeto para distribuir rações alimentares com cartões de crédito.

Passaram-se oito anos e os Estados Unidos fecharam a porta do Iraque deixando um desastre atrás dela. Durante o conflito, morreram mais de 100 mil civis, 4.800 soldados da coalizão perderam a vida (4 .500 dos EUA), junto com 20 mil soldados iraquianos. « Depois de todo o sangue derramado, o objetivo de que o Iraque governe a si mesmo e seja capaz de garantir a segurança se cumpriu », disse o secretário de Defesa estadunidense, Leon Panetta. O legado da invasão é outro : morte, dezenas de milhares de mutilados, insegurança, desemprego, falta de água potável e eletricidade. A democracia exportada com bombas ultramodernas não mudou o curso das coisas. A queda do déspota permitiu que os xiitas, majoritários no país e reprimidos até a barárie por Saddam Hussein, tomasem as rédeas do poder sem que isso implicasse unidade ou estabilidade. O Iraque segue sendo um país em carne viva onde as feridas da ocupação não se fecharam.

Passaram-se oito anos e o espelho de ontem está intacto, a voz de Fatima ainda ressoa naquela cidade em chamas. As lágrimas brotavam de seus olhos e, ainda assim, era capaz de sorrir e chorar ao mesmo tempo. Um sorriso de anjo, de criança, o sorriso da desnudez de um despossuído. Fatima observava os militares norteamericanos com um incessante sinal de pergunta. Eles a tomavam por louca. Quando passava diante dos soldados, a mulher os saudava e perguntava : « por quê ? » Às vezes, davam-lhe comida, água e um pouco de dinheiro. Fátima aceitava, mais para se aproximar daqueles que tinham destroçado sua realidade do que por fome.

Ninguém entendia sua pergunta. Por trás de seu sorriso tenro e luminoso, a tristeza marcava seus traços. Fátima estava vencida. Enquanto contemplava as ruínas do que uma vez foi sua casa, a mulher voltava a perguntar « por quê ? ». Quando falava, uma careta infantil e piedosa se desenhava como um relâmpago.

Fátima tinha perdido tudo. Dias após dia, com um empenho obstinado, a mulher escavava os escombros do edifício familiar destruído por uma bomba, buscando os restos de seus pertences passados. Seu filhor menor a acompanhava sempre. Ia de um lado a outro de Bagdá apegado a ela como um animal indefeso. Fátima revolvia as entranhas de pedras destroçadas e retirava uma frigideira, um retrato intacto, um cachecol, um par de sapatos, alguma cadeira desconjuntada pela explosão, pedaços de recordações e bens devastados. O living, a sala de estar, a cozinha, o quarto, os espaços de sua intimidade estavam soterrados por toneladas de pedra e poeria.

Fátima mostrava o que havia sobrado de sua casa : um monte de ferro e cimento sobre o qual se superpunha seu eterno sorriso. Ela também tinha no olhar essa marca feita de solidão, de luz, de incompreensão, de pura intempérie : a marca da injustiça. A mulher dizia que, talvez, o futuro de seu filho não seria parecido com o seu, que talvez ele conheceria a liberdade, um trabalho decente e a democracia. Fátima se projetava no filho que restou porque seu presente era um lugar inabitável. Era escombros e a gaveta de uma cômoda miraculosamente intacta de onde tirava, assombrada e agradecida, duas fotos de seu marido e de sua filha morta, esmagada com seu pai nas ruínas, um par de meias e uma caixa de costura.

Tradução: Katarina Peixoto

Leilão da mobília da última casa de Michael supera R$ 1,2 milhão

No leilão estava disponível quase toda a mobília da casa alugada onde o cantor passou seus últimos dias

Foto: Getty Images 
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O leilão da mobília da última casa de Michael Jackson terminou neste sábado hoje com vendas superiores aos US$ 700 mil, entre elas a de um quadro de Adelsteen Norman que atingiu um preço de US$ 46.875 dólares.
Segundo informou a casa de leilões Julien's Auctions, a obra do pintor norueguês, chamada "Fishing Village", foi o artigo que alcançou o preço mais elevado da venda, seguido por outro quadro de dinamarquês Carl Johan Neumann, que chegou a US$ 40.625, e outro do francês Maurice Utrillo, vendido por US$ 34.375.
Um piano vitoriano de Gunther e Sohne alcançou os US$ 9.600, enquanto o armário do quarto privado do "rei do pop", que contém um espelho no qual escreveu a frase "treine para a perfeição", foi vendido por US$ 18.750.
"O armário estava dentro de seu dormitório privado, ao qual só ele tinha acesso ele. Nem seus filhos nem os membros de segurança podiam entrar. Era seu escape, seu lugar para ficar tranquilo", comentou na sexta-feira à Agência Efe Martin Nolan, diretor-executivo da empresa.
Um quadro-negro que contém duas frases escritas pela filha do músico ("amo o papai" e "sorria, é de graça") chegou ao US$ 5.000. No leilão estava disponível a mobília quase ao completo da casa alugada onde Jackson passou seus últimos meses de vida.
Michael morreu no hospital UCLA de Los Angeles em 25 de junho de 2009, apesar dos serviços de urgências que o atenderam o terem dado por morto já em seu próprio domicílio e foi seu médico, Conrad Murray, declarado culpado de sua morte, que insistiu em que fosse levado ao centro médico.
O cantor, de 50 anos, foi vítima de uma intoxicação aguda de sedativos, especialmente de um anestésico chamado propofol, que lhe administrava habitualmente Murray para ajudar a combater a insônia.

Previsões da astrologia para 2012

Amor, carreira, dinheiro e saúde: veja o que 2012 reserva para o seu signo

O fim de um mundo velho....O tão esperado (e temido) ano de 2012 vai começar sob a influência realista e construtiva das três manifestações dos signos de terra: Capricórnio, onde, na virada do ano, vão estar o Sol e Plutão; Touro, onde já está Júpiter e Virgem, onde Marte resolveu se instalar e passar uma longa temporada.
É verdade que na noite de ano novo, a Lua, empolgada com a ideia de ser o planeta regente de 2012, vai estar em Áries, muito perto de Urano. Com uma Lua assim, as festas vão ser animadíssimas e a coisa mais fácil do mundo é se atirar de cabeça na primeira aventura interessante que passar por perto.
É melhor botar as barbas de molho, tomar cuidado com acidentes (que podem acontecer) e não confiar muito nas tais “resoluções de ano novo”. Provavelmente vão ser muito corajosas e radicais, mas muito difíceis de se transformarem em realidade. 
Mas, do ponto de vista da astrologia, o ano só começa quando o Sol entra no signo de Áries e isso só vai acontecer na madrugada do dia 20 de março. É só a partir dessa data que a Lua vai receber a faixa e a coroa de regente e começar a comandar o céu. Até lá, continuamos sendo regidos por Mercúrio, o deus esperto, senhor da linguagem e padrinho dos ladrões.

É o céu do ingresso do Sol em Áries que dá as indicações mais seguras sobre a qualidade do tempo que vai começar. E o panorama vai ser bem diferente do que se avista do dia primeiro de janeiro.

Prá começar, é o Sol que vai estar bem perto de Urano, bradando aos quatro ventos que o céu vai radicalizar as mudanças que já estão acontecendo desde o final de 2008.

A tensão entre Urano e Plutão, que está sacudindo a terra e virando de pernas para o ar todas as hierarquias, continua o ano todo. Pode provocar guerras e tragédias ambientais ou a junção mais perversa dessas duas coisas que é a utilização da energia nuclear. Mais do que nunca, vai ser preciso lutar pela paz e aprender a pensar de maneira diferente...

Menos mal que o grande triângulo dos signos de terra, que prometia tantas realizações no começo do ano, vai estar ainda mais perfeito no início do ano astrológico.
Os dois planetas mais benéficos do céu, Júpiter e Vênus, vão estar juntos no signo de Touro somando forças e espalhando uma confiança, que às vezes vai parecer injustificável, na ideia de que “um novo mundo é possível”.

O poderoso Plutão concorda e não vai ter a menor pena em destruir estruturas velhas e pensamentos antiquados. O senhor das transformações irreversíveis vai fazer girar a roda da fortuna que vai estar bem ao seu lado no momento em que o Sol entrar no signo de todos os começos.

Ao mesmo tempo, Marte, na terceira ponta do triângulo, já arregaça as mangas e avisa que vai ficar até junho no signo de Virgem cuidando de todos os detalhes, para que aquilo que for construído seja útil e muito bem feito..


Mas, e a Lua? Não é a regente do ano?
Ela é mesmo, e no ano novo astrológico vai surgir bem tarde, magrinha por ser minguante e super glamourosa por estar acompanhada por Netuno, o planeta do sonho e da inspiração, no signo que ele mesmo rege: Peixes.

Não se pode esquecer que o deus do mar só abre seus salões submarinos uma vez a cada 180 anos e que quando isso acontece, a magia fica solta no ar... A última vez que isso aconteceu foi em 1848, um ano em que novas ideias fizeram o mundo mudar. Tanto para o bem como para o mal.


Com uma regente tão especial como essa Lua em Peixes o ano vai ser favorável para todas as formas de arte e vai permitir e estimular todos os sonhos. Em 2012, as novas ideias vão ter a força dos encantamentos.
Dos quatro eclipses que acontecem a cada ano, três vão se formar no eixo que une os signos de Gêmeos e Sagitário. Isso indica que a comunicação e todas as formas de aprendizagem vão ter um papel muito importante nas nossas vidas e nos acontecimentos coletivos.

A conjunção entre a Lua e Netuno que vai estar no céu na madrugada do ano novo astrológico avisa que as ideologias estão de volta, mas não necessariamente com a mesma cara das que nós conhecemos até agora.

A revolução provocada e conduzida por Urano, o planeta da liberdade, já está convocando seus militantes que estão super dispostos a lutar, mas não vão aceitar discursos ou propostas anacrônicas...

Tem muita gente dizendo que 2012 vai ser o ano do fim do mundo. E vai mesmo. O fim de um mundo velho e o começo de um mundo novo.

Que seja bem-vindo.

Antigo predador tinha olhos com 16 mil lentes

Descoberta de fóssil mostra que animal marinho tinha olhos parecidos com os da libélula

Foto: Nature Ampliar
Reconstituição do anomalocaris: olhos com 16 mil lentes
Parecido com uma lula, o anomalocaris foi um predador de cerca de um metro de comprimento e dotado de garras que viveu mais de 500 milhões de anos atrás.
Agora, paleontólogos da Austrália descobriram um par de olhos fossilizados que pertenceram à criatura. A descoberta sustenta, no mínimo, a teoria de que o anomalocaris foi um predador bastante visual.

Os pesquisadores relatam que o anomalocaris tinha olhos extraordinariamente complexos, cada um com 16 mil lentes hexagonais. Os resultados estão na última edição da revista Nature.
"Antes não tínhamos nenhuma evidência direta disso, mas agora vemos as lentes, que podem prová-lo", disse o principal autor do estudo, John R. Paterson, paleontólogo da Universidade da Nova Inglaterra, em Armidale, na Austrália. "Como regra geral, é possível pensar nas lentes como os pixels da tela de um computador", disse ele. "Quanto mais pixels houver, mais clara será a imagem".
O único artrópode moderno cujo número de lentes nos olhos pode exceder o do anomalocaris é a libélula. Ela chega a ter até 28 mil lentes em cada olho.
O fóssil, cuja idade é estimada em 515 milhões de anos, foi encontrado no Xisto da Baía de Emu, no Estado da Austrália do Sul. Outros fósseis totalmente intactos do anomalocaris haviam sido encontrados antes, mas esse é o primeiro que revela o esquema óptico de seus olhos.
"Os olhos são importantes nesse caso porque podemos observar as lentes em todo o seu esplendor", disse Paterson.

Emagreça a ceia de Natal e Ano-Novo

É possível comer bem e reduzir as calorias mesmo durante as festas

Foto: Getty Images
Peru é uma boa aposta, já que sua carne é magra
Atenção, criatividade, cuidado e dedicação são as palavras chaves para quem quer comer bem sem abrir mão da boa forma e também de sabores tradicionais da ceia. Nutricionistas indicam algumas substituições a fim de que a comemoração do Natal fique mais leve, não comprometa a silhueta do verão e nem a saúde. “É possível tornar a ceia mais magra, sem deixar de ser saborosa, apenas trocando alguns ingredientes e modificando a maneira como nos portamos à mesa. Isso pode representar uma diminuição significativa da quantidade de calorias ingeridas nas festas de fim de ano”, diz a nutricionista Elaine de Pádua.
Os cuidados podem começar já no café da manhã do dia 24 ou do dia 30. Os especialistas reforçam o alerta que vale para todo o ano: não pule refeições. Nesses dias, tome um bom café da manhã e prefira receitas leves no almoço. “Comer menos durante o dia não funciona. As pessoas não devem ficar sem comer esperando pela ceia, que geralmente ocorre muito tarde, porque acabam exagerando na quantidade depois”, reforça a nutricionista Luciana Bruno.
Nozes, castanhas e amêndoas são ótimos aperitivos. “Além de auxiliarem no controle da saciedade, são ricas em minerais e fibras”, aconselha Celso Cukier, nutrólogo do Hospital São Luis. “Quatro unidades de nozes já são suficientes.”

Carpaccio de carne, berinjela ou abobrinha, salgados assados, frutas desidratadas, oleaginosas, salada caprese, palitos de cenoura ou pepino com molho de iogurte, frios recheados de frutas, como chester com melão, por exemplo, são opções leves, pouco calóricas e muito legais para servir na chegada dos convidados.
Para evitar o exagero, comece a refeição pela salada. Cenoura em palitos, alface americana, tomate, rúcula, pepino e carpaccio de abobrinha e berinjela são sugestões nutrientes e com baixas calorias. Regados com azeite, um pouco de manjericão ou orégano e sal - em pouca quantidade - , são a combinação perfeita para o início de uma ceia saudável. E atenção: a maionese é desanconselhada. “Pode ter salmonelose, além de haver o problema da refrigeração. A comida fica exposta e não é acondicionada direito”, afirma Claudia Toshimy Itosu, nutricionista responsável do Hospital Santa Virgínia.
CARNES E AFINS
Tradição na mesa da família brasileira, o peru é uma ótima pedida, já que tem pouca gordura. Assim como ele, chester, frango e tender magro são boas opções. Quem quiser variar pode apostar em peixes como o bacalhau ou o robalo. “Se dessalgado da maneira correta, com dois dias de antecedência, o bacalhau não é problema nem mesmo para quem tem hipertensão”, ressalva Claudia.
A carne de porco, no entanto, deve ser evitada devido a seu alto teor de gordura. “Entre todas as opções de carnes existentes para as comemorações de fim de ano, de preferência para as assadas e grelhadas. Se possível, retire a pele, pois ela é rica em gorduras e calorias“, aconselha o cardiologista e nutrólogo Daniel Magnoni, do Hospital do Coração (Hcor).

O cardiologista também não aconselha pratos com molhos e cremes. “Podem estar contaminados devido à exposição em temperatura ambiente, causando distúrbios intestinais“, diz.
Em vez do arroz tradicional, os nutricionistas indicam a versão integral ou ainda o sete grãos. “Essas variações têm grande valor nutritivo e pouco calórico”, completa Magnoni. A dica do nutrólogo Celso Cukier, do hospital São Luis, é incluir legumes entre os acompanhamentos e reforçar o prato.
Para deixar a farofa leve, prefira azeite na hora do preparo em vez da manteiga ou margarina. “Misture legumes picados como pimentão, azeitonas, cenoura, cebola e salsinha no lugar de lingüiça e bacon”, indica Elaine de Pádua.
Na hora de fazer o prato, vale a máxima menos é mais. “Prefira comer uma porção pequena de cada alimento. Uma colher terá o mesmo sabor do restante da travessa, por isso saboreie bem cada garfada”, diz Larissa Cohen, nutricionista do Espaço Stella Torreão, no Rio de Janeiro.
Se os pratos estiverem irresistíveis e você sentir vontade de repetir, siga o conselho da nutricionista Elaine de Pádua: “Circule bastante, converse com as pessoas e relaxe. Assim a mesa deixa de ser seu foco principal”, diz.

SOBREMESAS
Talvez o mais difícil de toda a celebração seja resistir às tentações na hora da sobremesa. Doces caprichados, com chocolate, leite condensado ou sorvete costumam preencher a mesa. A dica nesse momento é apenas uma: moderação. Não dá para deixar de comer aquele doce especial que sua avó faz somente no Natal, mas controle-se para pegar apenas uma fatia pequena.
Se sua força de vontade estiver potente, opte pelas frutas frescas ou secas, principalmente o abacaxi, que é digestivo. “Entre as opções de frutas natalinas prefira melão, melancia, uva, kiwi, morango, pois são menos calóricas”, aconselha Daniel Magnoni.
AFTER PARTY
Para evitar a famosa sensação de peso no estômago pós-ceia, coma uma fruta cítrica ou aposte em um chá verde, de capim limão ou erva cidreira, que têm propriedades digestivas.

Últimas tropas dos EUA deixam o Iraque

Comboio de 100 blindados com 500 soldados parte quase 9 anos após invasão que destituiu Saddam e 13 dias antes de prazo final da retirada

O último comboio de soldados dos EUA a deixar o Iraque entrou no Kuwait, quase nove anos depois da invasão que destituiu Saddam Hussein e 13 dias antes de expirar o prazo para a retirada total das tropas do país árabe, em 31 de dezembro. A coluna final de cerca de 100 veículos blindados com 500 soldados cruzou o deserto no sul do Iraque durante a madrugada deste domingo.
Foto: AP
Soldados dos EUA da 1ª Divisão de Cavalaria, os últimos a deixar o Iraque, chegam a Camp Virginia, Kuwait
A televisão mostrou imagens da última coluna de veículos militares americanos que cruzava a fronteira entre Iraque e Kuwait. Durante os últimos dias, o Exército americano entregou os últimos prisioneiros que tinha em suas mãos às autoridades iraquianas, que na sexta-feira assumiram o controle da última base militar que permanecia em poder dos EUA.
No dia 15, encenou-se a retirada americana de maneira simbólica com o recolhimento da bandeira em cerimônia em Bagdá, da qual participou o secretário de Defesa deste país, Leon Panetta. Com o pacto de segurança assinado entre Washington e Bagdá há três anos, ambos os países acertaram a retirada para o final deste ano.

No pico da operação no país, houve 170 mil soldados e mais de 500 bases americanas no Iraque. Quase 4,5 mil militares dos EUA e estimados 100 mil iraquianos morreram desde que a campanha liderada pelos EUA começou em 20 de março de 2003. A operação custou a Washington quase US$ 1 trilhão.
Tropas dos EUA treinaram as forças de segurança iraquianas que tentarão conter a situação interna de segurança, ainda em um nível de violência que deixa uma média de 350 mortos a cada mês. Mas a segurança tem de fincar raízes na estabilidade política, e essa é apenas um dos muitos desafios que o Iraque enfrenta imediatamente.
Enquanto os soldados americanos dirigiam-se à fronteira, uma crise política começava em Bagdá, com deputados do bloco Iraqiyya, de Ayyad Allawi, renunciando ao Parlamento. Há tumulto em duas províncias majoritariamente sunitas, que querem se autodeclarar regiões autônomas como os curdos no norte. Também há a convicção disseminada de que, com a saída americana, a influência do Irã se espalhará pelo país.
Enquanto muitos iraquianos acreditavam que já havia passado do tempo de os americanos saírem, muitos estão profundamente preocupados com os desafios futuros. As forças dos EUA puseram fim às missões de combate em 2010, e já transferiram boa parte do papel de segurança.
Os únicos militares americanos que continuam no Iraque são 157 soldados responsáveis pelo treinamento na embaixada americana, assim como um pequeno contingente de marines (fuzileiros navais) protegendo a missão diplomática.
O presidente dos EUA, Barack Obama, marcou o fim da guerra no início desta semana em encontro com o primeiro-ministro Nuri al-Maliki. Ele anunciou em outubro que todos os soldados sairiam do país até o fim de 2011, uma data previamente acordada pelo ex-presidente George W. Bush em 2008.
Em um discurso recente na base de Fort Bragg, na Carolina do Norte, Obama prestou tributo aos soldados que serviram no Iraque. Ele reconheceu que a guerra foi controversa, mas disse aos militares que retornam aos EUA que deixavam atrás "um Iraque soberano e estável".

Jornais da Argentina condenam lei de governo sobre papel-jornal

Para oposição, projeto que vai ao Senado é 'estatização encoberta' de única fábrica do país; imprensa a chama de 'inconstitucional'

iG
Foto: Reprodução Ampliar
Capa do jornal argentino Clarín declara incostitucional lei de Cristina Kirchner que regula papel-jornal

Os jornais argentinos Clarín e La Nación criticaram neste fim de semana um projeto que declara de "interesse público" a produção, comercialização e distribuição de papel-jornal a Argentina, cuja única fábrica tem a participação do Estado mas é controlada pelas duas publicações, em conflito com a presidente Cristina Kirchner.
A iniciativa, que foi aprovada na quinta-feira pela Câmara com 134 votos a favor, 92 contra e 13 abstenções, segue para o Senado para votação prevista na quinta-feira de 22 de dezembro.
A iniciativa da presidente declara o papel para jornal como um bem de interesse público, com o argumento de que é necessário regular sua atividade comercial para que deixe de ser controlado apenas pelos princípios de mercado.
O projeto busca "assegurar para a indústria nacional a fabricação, comercialização e distribuição regular e confiável da pasta de celulose para o papel de jornal" a pessoas físicas e jurídicas com domicílio no país. O texto estabelece critérios de preços, comercialização e produção para atender à demanda interna dos jornais por meio de um aparato regulatório a cargo do Ministério da Economia.
Se aprovada no Senado, a lei desrespeitará a Convenção Americana de Direitos Humanos – o Pacto de San José de Costa Rica –, que proíbe expressamente a aplicação de controles sobre papel jornal. Atualmente, a empresa Papel Prensa, controlada por Clarín (49%), La Nación (22%) e pelo Estado (27,46%), é a única fornecedora do país de papel para jornal, com uma produção anual de 170 mil toneladas.
Caso o projeto seja aprovado, o Clarín e o La Nación terão de vender suas ações, já que as novas normas proíbem que empresas de jornais impressos possam ter ações na Papel Prensa.
Durante o debate, a oposição denunciou que a lei faz parte de "uma longa série de ações dirigidas a controlar os meios de comunicação" e é uma "estatização encoberta" da única fábrica de papel jornal do país. O projeto acendeu o sinal vermelho na Sociedade Interamericana de Imprensa (SIP), cujo presidente da Comissão de Liberdade de Imprensa e Informação, Gustavo Mohme, a qualificou de "manobra do governo para controlar os jornais".
Neste domingo, a Associação Nacional de Jornais (ANJ) reagiu ao projeto afirmando que "dará ao governo argentino o poder de limitar o acesso das empresas jornalísticas ao papel, numa evidente ameaça à liberdade de imprensa".
Afirmando se solidarizar com os jornais argentinos, a nota da ANJ afirma que "é inadmissível a disposição das autoridades argentinas, já demonstrada em outras oportunidades, de coagir e interferir na atividade jornalística. Essa permanente postura de confronto com os jornais é fruto do autoritarismo e da dificuldade de convivência com a crítica, essencial nas sociedades democráticas".
Em sua capa deste domingo, o Clarín reproduz o artigo 32 da Constituição argentina para argumentar que o projeto é inconstitucional. Segundo esse artigo, o "Congresso federal não ditará leis que restrinjam a liberdade de imprensa ou estabeleçam sobre ela a jurisdição federal". No sábado, o diretor do diário La Nación, Julio Seguier, disse à AFP que a medida tem a intenção de "silenciar a imprensa independente".
A decisão é mais um capítulo no confronto entre o governo e os jornais Clarín e La Nación, que no ano passado foram acusados de crimes contra a humanidade por supostas manobras para assumir o controle da Papel Prensa durante a última ditadura militar na Argentina, entre os anos de 1976 e 1983.
*Com AFP

ESCOLA ESTADUAL AMARO CAVALCANTI - CONFRATERNIZAÇÃO NATALINA


Em clima natalino, a Escola Estadual Amaro Cavalcanti comemorou na noite de ontem(17 de dez), sua confraternização de natal. A confraternização contou com a presença de professores, especilaistas pedagógicos, direção, funcionários, entre vários convidados.
O evento contou com a distribuição de prêmios, seguido de um jantar e muita cerveja. 
O que se viu durante toda a noite na confraternização, foram momentos de grande alegria.
Veja as fotos:

Escola Amaro Cavalacanti - ornamentação natalina
Professora Rosilda - mensagem natalina
Diretor Francimar - mensagem de boas-vindas
Equipe de professores, especialistas, técnicos e funcionários


Momento da entrega dos brindes:


Jantar coletivo:


O amor esteve presente na confraternização:

E o coleguismo de trabalho também:
 

quinta-feira, dezembro 15, 2011

Pessoas bonitas têm mais chances de ser inteligentes, diz estudo

Homens e mulheres belos teriam QI mais alto do que a média

por Redação Galileu
  Getty Images
Fonte: Frazer Harrison/Getty Images
A afirmação “é só mais um rostinho bonito” pode cair em desuso depois desta pesquisa. A beleza, que muitas vezes chegou a ser associada à falta de inteligência, pode ser sinônimo de QI alto, é o que diz um estudo feito pela Escola de Economia de Londres. Os pesquisadores sugerem que homens e mulheres bonitos teriam QI mais alto do que a média. Segundo eles, a atratividade física estaria significativamente associada à inteligência.

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A beleza teria uma relação mais forte com a inteligência no sexo masculino. O estudo mostrou que os homens inteligentes possuem um QI de 13,6 pontos acima da média. Já as mulheres belas têm 11,4 pontos de vantagem sobre o QI da média.

Para o responsável pela pesquisa, Satoshi Kanazawa, como homens inteligentes estão mais inclinados a atingir o sucesso, eles também teriam mais chances de se casar com belas mulheres. Dado que as duas qualidades – inteligência e beleza – são fortemente determinadas pela genética, deve haver uma correlação positiva entre inteligência e atratividade nos descendentes gerados.

O estudo avaliou 52 mil pessoas do Reino Unido e dos Estados Unidos. Apesar dos resultados encontrados, o pesquisador faz uma ressalva, e diz que não há justificativas para acreditar que os bonitas sejam melhores do que qualquer um. O trabalho foi puramente científico e não dá premissas para tratar as pessoas de maneira diferente por causa de sua aparência.

Rede social para encontros sexuais passa de 130 milhões de usuários


O Badoo alcançou a marca da quarta rede social mais popular do mundo. Ao todo, são 130 milhões de usuários da plataforma criada para o sexo. Com possibilidade de logar no Badoo a partir da sua conta do Facebook, ou criar um perfil exclusivo na rede, o Badoo torna-se cada vez mais popular. São 125 mil novos usuários todos os dias e um universo de 51 milhões deles que desfrutam do serviço mensalmente. O Badoo é, hoje, um dos 65 sites mais visitados do planeta.
badooBadoo cresce ao ritmo de 125 mil usuários ao dia. (Foto: Reprodução)
O Badoo funciona e cumpre sua premissa. Segundo uma pesquisa realizada com 85 mil britânicos, 30% deles afirmam ter conhecido alguém na rede para relações casuais. Como todo serviço do tipo, o Badoo também precisa se esquivar de diversas críticas sobre seus filtros de privacidade e garantias ao usuário. Por exemplo, na plataforma seu e-mail é divulgado e pode ser encontrado via buscas por padrão. É o tipo de coisa contraproducente numa rede voltada para o sexo, porque facilita que cônjuges encontrem seus parceiros atrás de relações extraconjugais no site.
Mulher no laptop (Foto: Reprodução) 
Mulher no laptop (Foto: Reprodução)
A rede é gratuita e nesta modalidade oferece enorme variedade de recursos aos seus usuários. Mas aqueles que preferirem podem pagar uma assinatura que dá acesso a funcionalidades especiais. Em resultado desta prática mista, o Badoo dispensa o uso de publicidade. A rede se adapta ao perfil do usuário e a região de onde ele vem.
A experiência de uso de um homem na Europa é diferente da encontrada por um homem no Brasil. O mesmo vale para diferentes gêneros.

Parabéns aos feras da Amaro Cavalcanti!

Mesmo enfrentando um ano letivo atípico, com uma greve que durou mais de dois meses, alguns dos nossos concluintes conseguiram êxito na primeira fase do vestibular UFRN.
Nossos parabéns para: Brena Dantas, Thiago, Andrielly, Paulinha, Laís (C&T); Jozias (Odonto); Cledineide (Administração)...
Outros podem ter sido aprovados, no entanto seus nomes não chegaram a nossa redação.

quarta-feira, dezembro 14, 2011

Mais de sete mil candidatos foram desclassificados na primeira fase da UFRN

O sonho de ingressar na Universidade Federal do Rio Grande do Norte (UFRN), ainda esse ano, acabou para 7.701 candidatos que fizeram as provas do Vestibular 2012 no mês passado.
Ontem (13), a Comissão Permanente do Vestibular (Comperve) divulgou a lista com o nome dos vestibulandos que terão as provas subjetivas corrigidas e ainda estão na disputa por uma vaga na universidade. Dos iniciais 26.395 concorrentes, 18.694 aguardam o resultado final que ainda não tem data confirmada para ser divulgado. Antes da lista de aprovados, a Comperve vai divulgar a relação de alunos que estudaram em escolas públicas e serão beneficiados com o argumento de inclusão.
Os que não conseguiram atingir o ponto de corte representam 37,9% dos candidatos. O número de inscritos no Vestibular 2012 foi de 30.129, porém, durante os três dias de prova, 3.734 faltaram ou desistiram de concorrer. A UFRN oferece 6.209 vagas distribuídas nos campi de Natal, Currais Novos, Mossoró, Caicó e Santa Cruz.

Da Tribuna do Norte

domingo, dezembro 11, 2011

Rei do Baião

Em Recife, o diretor Breno Silveira (“2 filhos de Francisco”) começa a filmar “Gonzaga de pai para filho”, longa que vai contar a história de Gonzagão e Gonzaguinha.
Quem fará o Rei do Baião é o cantor e sanfoneiro Chambinho.

Meryl Streep e Glenn Close são favoritas para concorrer ao Oscar

Elas eram as maiores estrelas da festa na década de 80 do século passado. Foi nessa época que Meryl Streep e Glenn Close se habituaram a disputar o mesmo Oscar. A rivalidade pode se repetir ano que vem. As duas são favoritas para entrar na lista de indicadas ao Oscar de melhor atriz na edição de 2012 do maior prêmio de cinema.
Meryl Streep vai chegar lá com o "handicap" de ter sido eleita a melhor atriz do ano pelos críticos de Nova York por seu desempenho em "A dama de ferro", filme em que interpreta a primeira-ministra britânica Margareth Tatcher. Glenn Close ainda não foi lembrada na recém-iniciada tempora de prêmios, mas, em "Albert Nobbs", tem um papel imbatível: representa um homem. Ou mais ou menos um homem. Ambientado no século XIX, o filme mostra o personagem-título passando-se por homem para conseguir um emprego.
Meryl é mais escolada em Oscar. Já foi indicada 16 vezes (ganhou duas). Glenn só foi indicada cinco vezes, não ganhou nunca e não está na lista de indicações desde 1989. Neste ano, por sinal, as duas disputaram: Meryl por "Um grito no escuro", Glenn por "Ligações perigosas". As duas perderam para Jodie Foster em "Acusados". Foi a repetição da dobradinha de um ano antes, quando Meryl concorria com "Ironweed", e Glenn com "Atração fatal". A vencedora foi Cher em "Feitiço da lua".
Não será surpresa se, mais uma vez, elas não chegarem lá. Correndo por fora aparece Michelle Williams em "My week with Marilyn" e, na última terça-feira, o National Board Review elegeu Tilda Swinton como a melhor atriz do ano por seu desempenho em "We need to talk about Kevin".